VAI UM CHARUTO AÍ? O FILME PIADA NÃO TERÁ FIM? NEM COMEÇO? SERÁ EXIBIDO?
Será que o governo estadunidense continuará a fingir que não aprende que com certas mentes não há brincadeira possível? Não diferenciam- os maluquetes daquela Coréia mais ao norte- entre o que é da ordem ficcional com o que já existia , digamos assim, dito naturalmente? Feito de espontaneidades. É o tal faz de conta que eles não se dão conta. Apesar de um marxismo e o seu conceito de reificação e que é atualíssimo.Seriam marxistas? Claro que não! Isso tem nome. Marx foi um tremendo pensador. Quem atrapalhou foram as comunas...
E para deslocar essa birutice é uma barra pesadíssima. Quase impossível. Imagine um pedregulho do tamanho de um país inteiro? E aí os caras de pau de algum estúdio de cinema decidem fazer piada com os psicóticos. Invertamos então o script.
Num país que tem tradição de matar seus presidentes ( Lincoln, Kennedy, seu irmãozinho candidato e outros ) , de repente, um amigo urso- leia-se Russo- faz uma comédia em que se gargalha em torno da tentativa por parte do seu serviço secreto ( lá é a tal da KGB de Putin) em assassinar o presidente do Mickey?! QUAL SERIA O EMBARGO QUE TENTARIAM IMPOR AO PLANETA? Duraria uns 50 anos de covardia.por exemplo? É óbvio que liberariam o filme, faturariam trilhões, para se armar e soltar bombas no quintal dos outros. Mas liberamos a película. Somos democratas por isso. Até a ku klux klan ( Obama sabe bem) é capaz de lhe saudar com um natalino 'Good Morning, sir'. E depois, tome chumbo, 'my dear friend'.
Esse cineasta, a sua equipe e seus chefes amalucados ( será que o rancheiro texano, Bush, está colaborando?) têm titica irresponsável na cabeça. Tempos explosivos e fazendo graça com aqueles tipos bem dodóis. O que acham que terão como resposta? No Paquistão já se mostrou. Entregam o Nobel da Paz àquela moça e ao "amiguinho querido", indiano, e eles estragam com tudo. E por lá, transportam as bombas atômicas, pelas ruas do país, em VANS!!! Acham que driblam a turma explosiva. E aí, comeu? Isso é que é cinema pra valer.......Golpe de marketing?
'And now', o presidente que disse que 'phodemos', joga nas costas dos Republicanos a responsabilidade em não atrapalhar o seu gesto, no mínimo descente/ descente, pois atinge mais o que está ao Sul, logo abaixo, da sua Chicago natal. Golpe de mestre.
O desafio para os republicanos em manter seu eleitorado, normalmente, mais reacionário. Convencê-los sobre algum avanço mediante esse re-namoro, re-começo. As coisas pegam por lá. O federalismo existe de fato e direito, e o jogo é pesado. O existir de fato é saber que é tudo faz de conta mesmo ( Ao menos para essa espécie que, amalucada ou não, aprecia cinema. Ainda bem).Temos até a impressão que são estados-países distintos. E são.Sabemos o quanto apreciam os cubanos também.. Ao menos aquela formação com fedor específico. 'Un raro Fuente ''arturoso'''. Saboroso.
quinta-feira, 18 de dezembro de 2014
sábado, 13 de dezembro de 2014
FALAÇÕES.
CONVERSANDO UM TIQUINHO SOBRE PSICANÁLISE E SEXO. APENAS PARA RECORDAR.
Sexualidade = secção/ corte. Quebra de simetria. Sexo= seccare ( do latim) ou até mesmo sexão. Impossibilidade de completude, de simetria absoluta.Tentativa vã em se estabelecer qualquer relação biunívoca - aquele ponto a ponto simétrico QUE MATEMÁTICOS de outrora e creio que até hoje enroscam-se com gosto.. Na verdade, como ensinou LACAN- até porque sabia ler com brilhantismo-, em última instância não há relação possível. É um teatro de transas, como a psicanálise contemporânea.ensina. Há o mau hábito de confundirmos a cumbuca em campos de conhecimento outros sem se preocupar com o bom uso dos conceitos.
O fluxo energético, libidinal ( que não se reduz a fornicação entre os corpos, a boa sacanagem entre gente) traduz o movimento do que o austríaco ilustre chamou de pulsão (já traduzido na obra de MD.MAGNO enquanto TESÃO) na sua tentativa de extinção, de zerar o tesão ( Um Nirvana, no Ocidente vide um Schopenhauer, tão bonito e melancólico) Tesão tanto do haver quanto das chamadas Pessoas. Com todos os seus heterônimos. E Pessoa, em Fernando, é mestre. E tem a terceira lei da termodinâmica, as entropias e neguentropias que apresentam a barreira intransponível para uma transcendência requisitada de fato e direito e não alcançada. A cosmologia contemporânea faz coro. Sexo para a psicanálise transa assim. O resto é leitura equivocada ou mal intencionada. Recentemente, um famoso analista carioca- para agradar platéia e ter a audiência incrementada- desfilava desonestidade intelectual pelas páginas de algum periódico local.
Essa é uma enorme ferida narcísica que a psicanálise trouxe, Além dos Copérnicos, dos Giordanos Brunos carbonizados, de um Darwin que trouxe um macaco parente ( e hojendía seria chamado de racista) e outros múltiplos.
A esse recalque originário, esse corte, esse GOZO requisitado interditado, Freud utilizou o termo castração. Péssimo termo. Ninguém arranca o pau de ninguém.Seja dele ou dela. Caso contrário, chamaríamos uma lagartixa para dirigir o tratamento. Elas perdem aquele rabo e nasce outro. E não procuram ninguém , nem mesmo um remédio. Não sofre de angústia.
É simplesmente um querer constante, eterno, que aporrinha e não será realizado. Realizamos as substituições tão necessárias, vitais , mas aquém do que se pede. Comer uma pizza, beber aquele vinho, ouvir aquela música, viajar, matar ( aí o moralista de sempre vai gritar) , namorar, trepar e aí vamos. Hoje é Sábado, galera....Lá nas grimpas do tesão. E as grimpas e pregas são de cada um.
Um saber chamado impregnacionismo relembra que é importante situarmos os autores em sua época devida. Quando são grandes, o cerne da sua obra permanece. O que não quer dizer que parte do que produziu para chegar a uma resultante inteligente, aplicável, profícua, não vá para o lixo. Não vai para o trono do renovado Chacrinha ( está em cartaz na cidade). E se discípulo houver - coisa rara- tem que produzir junto ou para além. Caso contrário, repete-se frase pronta em terra de cego e o que é - infelizmente, até mesmo em algumas teses de mestrado e doutorado- o mais frequente. Ao menos nas ciências ditas humanas ( as outras não seriam humanas?) recorre-se também aos saberes míticos todos, Tão presentes desde o primeiro macaco darwinista; dúvidas trocadas. Até sucesso faz porque é mais reconfortante ao sintoma mal editado: palatável. Suspeita-se que, o que está funcionando é discurso e postura religiosa com outro apelido. E cada um deveria analisar frequentemente a que lhe habita. Análise é para sempre, visto que o tesão não pára . Não que se tenha que ficar frequentando um consultório, esteja ele onde estiver, até o último suspiro. Mas manter a escuta, a postura, vigilantes, duvidando sempre.. Quer ver um modo de se verificar? Não trata um saber, uma técnica , uma prática, uma visão de mundo, uma postura política também. enquanto uma mera ferramente para se aplicar em CERTAS situações ( senão é abuso e cagação imperativa de regra). E para esse campo não há nenhum imperativo categórico valendo. Com todo o respeito que um pensador e viajante virtual como Kant merece. Transforma tudo isso - que é uma coisa só e a lista pode ser bem maior- necessariamente em fundamentalismo. E para todos. O nome disso é perversidade. Está operando direto na contemporaneidade dos amores odientos.. Ou cinismo burro mesmo.
O fluxo energético, libidinal ( que não se reduz a fornicação entre os corpos, a boa sacanagem entre gente) traduz o movimento do que o austríaco ilustre chamou de pulsão (já traduzido na obra de MD.MAGNO enquanto TESÃO) na sua tentativa de extinção, de zerar o tesão ( Um Nirvana, no Ocidente vide um Schopenhauer, tão bonito e melancólico) Tesão tanto do haver quanto das chamadas Pessoas. Com todos os seus heterônimos. E Pessoa, em Fernando, é mestre. E tem a terceira lei da termodinâmica, as entropias e neguentropias que apresentam a barreira intransponível para uma transcendência requisitada de fato e direito e não alcançada. A cosmologia contemporânea faz coro. Sexo para a psicanálise transa assim. O resto é leitura equivocada ou mal intencionada. Recentemente, um famoso analista carioca- para agradar platéia e ter a audiência incrementada- desfilava desonestidade intelectual pelas páginas de algum periódico local.
Essa é uma enorme ferida narcísica que a psicanálise trouxe, Além dos Copérnicos, dos Giordanos Brunos carbonizados, de um Darwin que trouxe um macaco parente ( e hojendía seria chamado de racista) e outros múltiplos.
A esse recalque originário, esse corte, esse GOZO requisitado interditado, Freud utilizou o termo castração. Péssimo termo. Ninguém arranca o pau de ninguém.Seja dele ou dela. Caso contrário, chamaríamos uma lagartixa para dirigir o tratamento. Elas perdem aquele rabo e nasce outro. E não procuram ninguém , nem mesmo um remédio. Não sofre de angústia.
É simplesmente um querer constante, eterno, que aporrinha e não será realizado. Realizamos as substituições tão necessárias, vitais , mas aquém do que se pede. Comer uma pizza, beber aquele vinho, ouvir aquela música, viajar, matar ( aí o moralista de sempre vai gritar) , namorar, trepar e aí vamos. Hoje é Sábado, galera....Lá nas grimpas do tesão. E as grimpas e pregas são de cada um.
Um saber chamado impregnacionismo relembra que é importante situarmos os autores em sua época devida. Quando são grandes, o cerne da sua obra permanece. O que não quer dizer que parte do que produziu para chegar a uma resultante inteligente, aplicável, profícua, não vá para o lixo. Não vai para o trono do renovado Chacrinha ( está em cartaz na cidade). E se discípulo houver - coisa rara- tem que produzir junto ou para além. Caso contrário, repete-se frase pronta em terra de cego e o que é - infelizmente, até mesmo em algumas teses de mestrado e doutorado- o mais frequente. Ao menos nas ciências ditas humanas ( as outras não seriam humanas?) recorre-se também aos saberes míticos todos, Tão presentes desde o primeiro macaco darwinista; dúvidas trocadas. Até sucesso faz porque é mais reconfortante ao sintoma mal editado: palatável. Suspeita-se que, o que está funcionando é discurso e postura religiosa com outro apelido. E cada um deveria analisar frequentemente a que lhe habita. Análise é para sempre, visto que o tesão não pára . Não que se tenha que ficar frequentando um consultório, esteja ele onde estiver, até o último suspiro. Mas manter a escuta, a postura, vigilantes, duvidando sempre.. Quer ver um modo de se verificar? Não trata um saber, uma técnica , uma prática, uma visão de mundo, uma postura política também. enquanto uma mera ferramente para se aplicar em CERTAS situações ( senão é abuso e cagação imperativa de regra). E para esse campo não há nenhum imperativo categórico valendo. Com todo o respeito que um pensador e viajante virtual como Kant merece. Transforma tudo isso - que é uma coisa só e a lista pode ser bem maior- necessariamente em fundamentalismo. E para todos. O nome disso é perversidade. Está operando direto na contemporaneidade dos amores odientos.. Ou cinismo burro mesmo.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2014
SOBRE A LUCIDEZ E CERTOS EFEITOS. O PIANISTA, A DEPRESSÃO , O MALUCÃO. E QUE VENHA O VERÃO.
JOSÉ FEGHALI foi um dos ótimos pianistas brasileiros que abandonaram o país para sobreviver descentemente no dito primeiro mundo. Estava radicado nos EUA, faz muito tempo. Morreu há 3 dias, aos 53 anos. Desistiu.
Antônio Meneses, nosso mestre do violoncelo, foi seu amigo e parceiro em concertos. Disse que o amigo sofria de depressão. O amigo acreditava- segundo ele- no poder miraculoso da farmacologia para resolver o problema. Só através desse meio, botava fé. Ledo engano. Sofria, portanto, igualzinho a todo mundo, em HAVER. O problema são as intensidades que acompanham essa abusada havência e o modo como lidamos. Esse era o sentido da lucidez de um ÉDIPO ( O DE COLONA NÃO O DE TEBAS) quando afirma pela boca de um Sófocles: " Antes não tivesse nascido". Ele não disse a bobagem- sobrevivendo e enchendo o saco nosso- ' Eu não pedi para nascer'. Pediu para continuar, ao menos. E dizer esses outros troços. O que me lembrou Feghali foi que o vi e escutamos o seu piano, por uma única vez, minha pessoinha e minha querida e saudosíssima amiga, Adriana Maria Ítalo, tocando César Franck. O rival de Claude Debussy e favorito de Marcel Proust. O escritor considerava a obra de Franck muito mais sofisticada. Acho que foi na recém-inaugurada, Sala Cecília Meireles. que o concerto aconteceu. Faz muito tempo e agora já é amanhã. Seu dedilhar acaba de tocar profundezas bem resguardadas. Toda memória é seletiva. Aonde me levou, então? A uma situação curiosa que envolvia uma ex-analisanda.
Ela vivia num lugar muito humilde. Ouvia aquele funk-punk insuportável todo maldito santo dia. Na casa da patroa, num raro belo dia, escutou uma música e se apaixonou. Não se apaixonava desde os 5 anos de idade, segundo ela. E não sabia que som seria aquele. Foi abduzida por aquela música. E adorou! Disse-lhe que me trouxesse uma fita para checarmos esse alienígena casanova. Lembram da fita cassete? Do Walk-Man? Aparelhos jurássicos bem úteis ( os ETS sempre os desprezaram) e que me fizeram companhia por muitos anos. E foi assim que descobrimos o Cesar Franck na vida dela. Dei-lhe o tal aparelho arqueológico de presente. E ela mudou para sempre de ritmo.
NOTA NÚMERO 2---
Assustador o depoimento de um serial killer, brasileiro, habitante da baixada fluminense, portador de nome igual ao de medicamento genérico. Ele disse que é viciado nas matanças, que se acha um pouco normal, mas um tanto doente, maluco mesmo. Tudo certo e horrível. Só não nos venham rotulá-lo de psico isso, psico aquilo, pois há o psi-estúpido também.
Ninguém pode saber sem ter o mínimo de contato, de escuta, de estudo, de convívio, de prática. E mesmo assim a gente tem que desconfiar e muito. E ele disse que vai sair e continuar. ESCUTAMOS AUTORIDADES? E ele pediu ao papai noel um novo pescoço de Natal. E ainda diz que foi um bom menino.
Fareja-se portanto um defensor público na área. Afinal, o elemento já falou em trauma ( e quem não tem ou nunca teve? O tal mal estar, essa havência, já não o é suficiente?). E um trauma bastante dramático: o pai foi eletrocutado quando ele era pequenino. Mas o que tem os fundilhos a ver e haver com as calças sujas?
Amanhã, pode demorar um século para aquele mesmo galo despertar, tem churrasco em Piraí! Celebram por lá o nosso desterro.
A mandatária presidencial absoluta- nome próprio de família com brasão e tudo- pede para que não se sirva cachaça ou vodca. Vodka só se vier do Kremlin. Chega de enganação. Melhor recorrer a cervejinha. Nada tão pesado. Um shake de verão.
Ela vivia num lugar muito humilde. Ouvia aquele funk-punk insuportável todo maldito santo dia. Na casa da patroa, num raro belo dia, escutou uma música e se apaixonou. Não se apaixonava desde os 5 anos de idade, segundo ela. E não sabia que som seria aquele. Foi abduzida por aquela música. E adorou! Disse-lhe que me trouxesse uma fita para checarmos esse alienígena casanova. Lembram da fita cassete? Do Walk-Man? Aparelhos jurássicos bem úteis ( os ETS sempre os desprezaram) e que me fizeram companhia por muitos anos. E foi assim que descobrimos o Cesar Franck na vida dela. Dei-lhe o tal aparelho arqueológico de presente. E ela mudou para sempre de ritmo.
NOTA NÚMERO 2---
Assustador o depoimento de um serial killer, brasileiro, habitante da baixada fluminense, portador de nome igual ao de medicamento genérico. Ele disse que é viciado nas matanças, que se acha um pouco normal, mas um tanto doente, maluco mesmo. Tudo certo e horrível. Só não nos venham rotulá-lo de psico isso, psico aquilo, pois há o psi-estúpido também.
Ninguém pode saber sem ter o mínimo de contato, de escuta, de estudo, de convívio, de prática. E mesmo assim a gente tem que desconfiar e muito. E ele disse que vai sair e continuar. ESCUTAMOS AUTORIDADES? E ele pediu ao papai noel um novo pescoço de Natal. E ainda diz que foi um bom menino.
Fareja-se portanto um defensor público na área. Afinal, o elemento já falou em trauma ( e quem não tem ou nunca teve? O tal mal estar, essa havência, já não o é suficiente?). E um trauma bastante dramático: o pai foi eletrocutado quando ele era pequenino. Mas o que tem os fundilhos a ver e haver com as calças sujas?
Amanhã, pode demorar um século para aquele mesmo galo despertar, tem churrasco em Piraí! Celebram por lá o nosso desterro.
A mandatária presidencial absoluta- nome próprio de família com brasão e tudo- pede para que não se sirva cachaça ou vodca. Vodka só se vier do Kremlin. Chega de enganação. Melhor recorrer a cervejinha. Nada tão pesado. Um shake de verão.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
O beijo para uma boa noite. Um falso despertar? Milionésima parte.
Era comum que antes de um certo adormecer um beijo surgisse feito encantamento, naquela casa parisiense de uma época tão distante. Teria lhe acontecido uma nova revelação proustiana? Alguma madeleine a mais a lhe soprar recordações? Ao se provar essa guloseima, o que parece ressurgir é um insaciável movimento de 'quero mais'. Insistente, permanente. Ao menos no que a história romanceada nos traz. É como um rio de palavras descendo desvairadas. Adocicando memórias. Se bem que a nostalgia pode consagrar-se como doença incurável. Mentes privilegiadas ( e aqui no Brasil só são consagradas depois de mortas) repudiam nostalgias.
No caso do Proust francês -através de um dos seus personagens, primeiro volume daquela história comprida-, a criança esperava pelo beijo de boa noite que a mãe sempre lhe trazia, antes que esse pequenino adormecesse. Dormir para sonhar ou sonhar para dormir? Eis uma certa questão.
A família do menino tinha o hábito de receber amigos e conhecidos para as mais diversas celebrações. Boa bebida, mesa farta. Família que enriquecera pela competência do patriarca. Esse homem que conseguira erradicar a cólera ( a doença, mas não a ira. Algo impossível) do continente europeu. Adoravam celebrar as próprias vitórias, promovendo festas. Gente civilizada.
Do seu quarto, naquela casa repleta de convidados e enorme para as possibilidades de alcance infantis,o pequeno escutava as vozes que se entrelaçavam. Estariam a dançar? Poderia até descrever a tonalidade daquele riso ou do talher de prata rara e que cai da mesa fomentando um ritmo novo ao encarar o chão. Mas algo estava errado.E numa noite qualquer. É que faltava pouco para aquela sedução habitual se inciar, e ela o sacaneava assim em não aparecer. Seu corpo ainda meio débil, desconhecido por partes, passa a não lhe obedecer ordens e uma sensação se torna sujeito. É coração palpitando forte e que não responde a um qualquer. Nem por partes. Quem responde é a razão desse coração. E ela está perdida. Parece até com aquele bicho de estimação que se faz de bem querer porque não sabe dizer não. Será fingimento, esperteza de sobrevivência ou sedução por parte do tão estimado cão? Coração fala artérias, ventrículos, válvulas e silencia angústia.
E a festa prossegue animada. E o coração batuca num tom indecifrável naquele quarto escuro. Um cenário ideal para se testar a crença em transcendências mal assombradas. Mas o desconforto bem instalado era colossal. Logo em seguida, a risada de um macho lhe invadia o aposento pela única fresta disponível - sons e gases são elementos muito perspicazes e leais ao seus propósitos ontológicos- fazendo-lhe aumentar o que agora chamar-se-á ódio. Primeira traição, primeiro beijo roubado. O que fazer com tudo isso e que é simplesmente nada?
A porta decidiu se abrir. Mais uma formação a lhe desobedecer.Seria uma assombração? Casa grande, a senzala latente. Vem de longe a crença em assombrações. No coisa ruim. 'Mas o coisa ruim estava por perto. Escutava-se a sua gargalhada rouca, um tanto alegre um tanto sorumbática. Difícil mensurar intensidades. Ri da gente. Estridente'. -contava para algum amigo imaginário, debaixo da coberta acolhedora, íntima.
Porém, tinha sido só o vento a esbarrar na porta errada para depois fugir envergonhado, Afinal, escancarou as intimidades da porta sem lhe pedir permissão. Passo mal dado. Teria pisoteado o pé da moça, se acaso no salão de festa estivesse a desfilar. Desajeitado.
Crer em alma penada dá nisso. Vai enxergar coisa que não há. O que não há não há. Não se pode temer o que não há. Vulgo desconhecido. Bicho morto não coloca medo em ninguém vivo. Já o bicho vivo....
O bicho latente de agora era a própria mãe e que sorria euforia ao se cercar, feliz,daqueles machos todos. Ela contou com uma beleza própria, única, até muito tempo de sua vida. Na verdade, até o seu derradeiro dia. E o pai- a seu ver- tinha sido um fraco. Brilhante com as ciências médicas, com as feridas fétidas, epidemias assassinas. Contudo, meio frouxo na arte do convívio e suas sequelas. E isso irritava e assustava o pequeno. Ele aceitara, pois não havia outro modo de ser, ou seja, aquela presença, desde sempre, daquele senhor que sempre lhe parecera um senhor. Não era um acessório ou opcional. Viera de fábrica com essa carga toda. Na verdade, o senhor ajudara na fabricação. Existem as tais provas laboratoriais. Não apenas o testemunho evidente dos envolvidos e das alcovas imprudentes. Mudou-se de referência ( referência imperial!) com esse testemunho mais rico de exatidões. Hoje em dia, para além do fenótipo aparente existe a genética bastante presente numa combinatória de letrinhas: DNA. Apesar da epigenética que levanta suspeitas importantes e também evidentes. Lamarck não estava errado, portanto. E que também nasceu numa França iluminada.
A mãe lhe falhara. Não apareceu no tal quarto escuro para lhe acarinhar e lhe beijar a face macia daquela pele de pouca idade. O olhar daquela moça- nunca lhe transformou em senhora- era tão apaixonado que o filho, por muitas, adoeceu febril. Mas passava rápido, pois ele se lembrava que poderia viver, degustar se poder tivesse, ao menos mais uma vez ou até mesmo intermináveis vezes o seu romance noturno. E ele sofreria febre de paixão novamente. E estagnaria feito pedra que se deixa lamber pelo vento desencontrado, ainda desajeitado. Feliz assim.
Ela tinha escolhido estar com outros. Era, por conseguinte, uma mocinha contemporânea nossa: uma ficante. Olha só o inconsciente a varrer qualquer tempo ou época.
Trocou-o portanto por aquela gente dissimulada, bêbada, social e infeliz. Não eram provisoriamente felizes, logo, normais. Eram infelizes porque se recusaram a computar a melancolia que se instala a qualquer momento, desde sempre. Aquela decepção, aquilo que não houve- quase fatal- é um momento melancólico. Perguntem ao cobertor? Ao amigo invisível e que não é assombração? Ao vento amalucado que chega sem anunciar presença ou sobrenome? Desfeita imperdoável para o período. Teria havido duelo? Esses tipos nem ao menos conseguem ser os dândis que um personagem-autor poderá vir a encarnar, ao longo da sua obra, ou seja, sua autobiografia. Não terás tampouco a necessidade de restar alquebrado feito um Toulouse Lautrec diletante e seus salões retratados por uma bela época.
Teria sido um sonho ruim ou uma outra forma delírio? Um falso despertar? Aquele beijo.....
Olho se abriu, ainda preguiçoso. Aquelas mãos tocadas pelo rosto e mais ainda a face que beija a boca mais íntima, afastando-se. O olhar ainda apaixonado atravessando a porta escancarada. Vento ficou de fora, E esse sofrer conflitante por um afastamento necessário. Nunca mais.
A família do menino tinha o hábito de receber amigos e conhecidos para as mais diversas celebrações. Boa bebida, mesa farta. Família que enriquecera pela competência do patriarca. Esse homem que conseguira erradicar a cólera ( a doença, mas não a ira. Algo impossível) do continente europeu. Adoravam celebrar as próprias vitórias, promovendo festas. Gente civilizada.
Do seu quarto, naquela casa repleta de convidados e enorme para as possibilidades de alcance infantis,o pequeno escutava as vozes que se entrelaçavam. Estariam a dançar? Poderia até descrever a tonalidade daquele riso ou do talher de prata rara e que cai da mesa fomentando um ritmo novo ao encarar o chão. Mas algo estava errado.E numa noite qualquer. É que faltava pouco para aquela sedução habitual se inciar, e ela o sacaneava assim em não aparecer. Seu corpo ainda meio débil, desconhecido por partes, passa a não lhe obedecer ordens e uma sensação se torna sujeito. É coração palpitando forte e que não responde a um qualquer. Nem por partes. Quem responde é a razão desse coração. E ela está perdida. Parece até com aquele bicho de estimação que se faz de bem querer porque não sabe dizer não. Será fingimento, esperteza de sobrevivência ou sedução por parte do tão estimado cão? Coração fala artérias, ventrículos, válvulas e silencia angústia.
E a festa prossegue animada. E o coração batuca num tom indecifrável naquele quarto escuro. Um cenário ideal para se testar a crença em transcendências mal assombradas. Mas o desconforto bem instalado era colossal. Logo em seguida, a risada de um macho lhe invadia o aposento pela única fresta disponível - sons e gases são elementos muito perspicazes e leais ao seus propósitos ontológicos- fazendo-lhe aumentar o que agora chamar-se-á ódio. Primeira traição, primeiro beijo roubado. O que fazer com tudo isso e que é simplesmente nada?
A porta decidiu se abrir. Mais uma formação a lhe desobedecer.Seria uma assombração? Casa grande, a senzala latente. Vem de longe a crença em assombrações. No coisa ruim. 'Mas o coisa ruim estava por perto. Escutava-se a sua gargalhada rouca, um tanto alegre um tanto sorumbática. Difícil mensurar intensidades. Ri da gente. Estridente'. -contava para algum amigo imaginário, debaixo da coberta acolhedora, íntima.
Porém, tinha sido só o vento a esbarrar na porta errada para depois fugir envergonhado, Afinal, escancarou as intimidades da porta sem lhe pedir permissão. Passo mal dado. Teria pisoteado o pé da moça, se acaso no salão de festa estivesse a desfilar. Desajeitado.
Crer em alma penada dá nisso. Vai enxergar coisa que não há. O que não há não há. Não se pode temer o que não há. Vulgo desconhecido. Bicho morto não coloca medo em ninguém vivo. Já o bicho vivo....
O bicho latente de agora era a própria mãe e que sorria euforia ao se cercar, feliz,daqueles machos todos. Ela contou com uma beleza própria, única, até muito tempo de sua vida. Na verdade, até o seu derradeiro dia. E o pai- a seu ver- tinha sido um fraco. Brilhante com as ciências médicas, com as feridas fétidas, epidemias assassinas. Contudo, meio frouxo na arte do convívio e suas sequelas. E isso irritava e assustava o pequeno. Ele aceitara, pois não havia outro modo de ser, ou seja, aquela presença, desde sempre, daquele senhor que sempre lhe parecera um senhor. Não era um acessório ou opcional. Viera de fábrica com essa carga toda. Na verdade, o senhor ajudara na fabricação. Existem as tais provas laboratoriais. Não apenas o testemunho evidente dos envolvidos e das alcovas imprudentes. Mudou-se de referência ( referência imperial!) com esse testemunho mais rico de exatidões. Hoje em dia, para além do fenótipo aparente existe a genética bastante presente numa combinatória de letrinhas: DNA. Apesar da epigenética que levanta suspeitas importantes e também evidentes. Lamarck não estava errado, portanto. E que também nasceu numa França iluminada.
A mãe lhe falhara. Não apareceu no tal quarto escuro para lhe acarinhar e lhe beijar a face macia daquela pele de pouca idade. O olhar daquela moça- nunca lhe transformou em senhora- era tão apaixonado que o filho, por muitas, adoeceu febril. Mas passava rápido, pois ele se lembrava que poderia viver, degustar se poder tivesse, ao menos mais uma vez ou até mesmo intermináveis vezes o seu romance noturno. E ele sofreria febre de paixão novamente. E estagnaria feito pedra que se deixa lamber pelo vento desencontrado, ainda desajeitado. Feliz assim.
Ela tinha escolhido estar com outros. Era, por conseguinte, uma mocinha contemporânea nossa: uma ficante. Olha só o inconsciente a varrer qualquer tempo ou época.
Trocou-o portanto por aquela gente dissimulada, bêbada, social e infeliz. Não eram provisoriamente felizes, logo, normais. Eram infelizes porque se recusaram a computar a melancolia que se instala a qualquer momento, desde sempre. Aquela decepção, aquilo que não houve- quase fatal- é um momento melancólico. Perguntem ao cobertor? Ao amigo invisível e que não é assombração? Ao vento amalucado que chega sem anunciar presença ou sobrenome? Desfeita imperdoável para o período. Teria havido duelo? Esses tipos nem ao menos conseguem ser os dândis que um personagem-autor poderá vir a encarnar, ao longo da sua obra, ou seja, sua autobiografia. Não terás tampouco a necessidade de restar alquebrado feito um Toulouse Lautrec diletante e seus salões retratados por uma bela época.
Teria sido um sonho ruim ou uma outra forma delírio? Um falso despertar? Aquele beijo.....
Olho se abriu, ainda preguiçoso. Aquelas mãos tocadas pelo rosto e mais ainda a face que beija a boca mais íntima, afastando-se. O olhar ainda apaixonado atravessando a porta escancarada. Vento ficou de fora, E esse sofrer conflitante por um afastamento necessário. Nunca mais.
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
O capote da bisca
O documentário ‘Junho o mês que abalou o Brasil foi dirigido
por Jorge Wainer. Seu ano, 2013. É sobre aquelas manifestações que foram
tomadas pelo país. Diversos depoimentos. O mais interessante a meu ver foi o
depoimento de uma pessoa que vive na periferia de São Paulo. Um bairro bastante
violento. Ele começou dizendo que algumas de suas vizinhas que perderam seus filhos
para balas policialescas, e que não eram de borracha, adorariam que por lá
desfilassem essas tais balas de borracha. Quem sabe recicláveis?
A indignação que ele ostentava se dava mediante o jargão
cantarolado por multidões sem rosto de que o gigante acordara... Na sua
concepção, periferia não dorme nunca. Tem que estar de olho muito aberto,
insone, o tempo todo. E ele fuzila com um sorriso no rosto e contagiante
gargalhada: ‘ Nós somos covardes mesmo. Tem brasileiro que deveria ser açoitado
todo fim de tarde, por fingir que não somos cúmplices de alguma forma com esse
bando de ladrões que só existem, governam, para isso, ou seja, sacanear as
pessoas. A gente sabe. Eles não escondem mais. É covarde, é babaca mesmo’. Perfeito.
Diria eu que o máximo que alguns dos canalhas podem fazer é
dizer que nunca viram, nunca souberam. E o pior que cola. Sei que não me foi
dado o direito de desconhecer as leis, mas se um pouco de humanidade houver
sabemos o que pode ultrapassar ou ficar bem aquém do que se pode chamar de alguma
dose de civilidade.
O Brasil sempre fingiu resolver muitas das suas mazelas com
métodos denegatórios. Afirma-se algo, foi reconhecido, mas nego. Nada mais
cínico, doente. Anistia sempre foi um problema, por exemplo. Desde Rui Barbosa.
O jurista, diplomata, escritor, político e que tratou do tema desde o Império.
Na era Vargas, aconteceram vários movimentos para se anistiar pessoas ou instituições
que tivessem cometido erros graves, desobediência civil, atos abusivos, arbitrariedades,
crimes contra o estado ou cidadãos, tanto por parte da situação quanto da
oposição. Por aqui, o que houve foi esquecimento. Na verdade, denegação. É esse
‘esquecimento’ que tanto Barbosa quanto o filósofo francês, Paul Ricouer, e que
morreu há uma década, combatem. Ricoeur só via algum aspecto positivo num
processo de anistia se esse ‘esquecimento daquilo que ocorreu’ fosse levado às
últimas consequências. Um luto elaborado, analisado, rasgado. Ele usa o luto quase
como um conceito. Filósofos adoram conceitos. E por certo, os responsáveis
seriam devidamente chamados às falas. O único país da América do Sul que não
pune os seus torturadores e algozes ainda é o Brasil. Daqui a pouco, nem os próprios
protagonistas se lembrarão. Continuarão inimputáveis. Feito índio guerreiro
inocente ou algum desorientado de Bagé – sem analista ou tampouco humor- a
encobrir seu Garrastazu Médici local. A
fundação que levava o nome desse senhor morreu também, na também terra de
Carlos Scliar. Feito rua que muda de nome sem saber.
Alegarão que estão sofrendo do mal do alemão. Não mais da
ameaça soviética de então. E ele, esquadra germânica, costuma enfiar pelo menos
uns sete. É o chamado capote da bisca.
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
Os eruditos.
Artur Xexéo escreveu uma crônica sobre as invasões bárbaras e que são justamente a intromissão devida, não indevida, dos chamados estranhos, portanto vizinhos, familiares, na vidinha de quem se torna uma figura um pouco mais vulgar, ou seja, pública. Tem gente que passa a vida toda tentando alçar esse posto. Muito inteligente, o texto dele. Fiquei atento, porém, ao comentário final em que ele desanca um desafeto que cometera um erro de concordância. Sapecou um "Houveram" no seu discurso. Como se trata de um político do parlamento federal- e carregado de acusações, logo um bom nome para presidir o Congresso- fica mais fácil proferir desaforos. Ele não fez nenhum,o cronista. Exagero meu. Ele só mudou de canal. A falação do 'nobre' parlamentar se dava num canal televisivo. É curioso como somos eruditos. E contra os desafetos então.... Brasileiro erudito. Uma formação inédita.
Quando Arnaldo Jabor- o corretor ortográfico insiste em profanar Jaburu- disse durante a transmissão de uma festa do Oscar que tal e tal órgão- não genital- 'premeia' uma certa coisa ou aquilo, caímos de pau. Ele deveria então dizer premia. Faz alguns meses que li um livro- comprado em Lisboa- em que o autor tenta articular algum vínculo entre Salazar- ditador-presidente português e que completa 40 anos de sua queda esse ano, 2014- e o futebol. Eusébio, o Pelé deles, morrera no início do ano. Nada. Nenhum vínculo.Diferentemente da estreita relação entre o general Franco ( Real Madri/clube espanhol) e Mussolini ( Lazio/clube romano) . Para ficar só no velho continente.
Salazar desprezava o tal esporte. Aliás, não gostava tampouco da capital, Lisboa. Preferia as aldeias portuguesas e que realmente são tão belas, aconchegantes, melancólicas. Como qualquer idiota, ele aparecia somente para 'selfies' e crianças no colo a fotografar, durante as inaugurações dos bons estádios da nossa ex-patroa.Dar beijinhos nos putos ( criancinhas por lá e crescidinhos por aqui) e estabelecer enquanto esquema de jogo dúzias de promessas. Formava assim o seu ataque. Deixar-se aplaudir.
O jornalista lusitano, lisboeta-alfacinha, que escreveu a obra, e é respeitado por lá, em alguns momentos sacou um premeia também. E no mesmo sentido - na sentença que estabelece- do que tentou dizer o cronista global. Está no seu livro e está correto. Ao menos de onde se supõe que a língua tenha brotado. O sotaque é nosso. Além do Xexéo, do Arnaldo e também do deputado.
Já imaginaram a junção das línguas? Um encontro diplomático entre senhores mandatários? ' Entre na bicha com o puto para ele levar uma pica'. Não. Não é um desaforo. Salazar pede para que se entre na fila com o menino para que ele tome uma injeção. Era um governante,digamos, com sensibilidade social. Só isso.
Quando Arnaldo Jabor- o corretor ortográfico insiste em profanar Jaburu- disse durante a transmissão de uma festa do Oscar que tal e tal órgão- não genital- 'premeia' uma certa coisa ou aquilo, caímos de pau. Ele deveria então dizer premia. Faz alguns meses que li um livro- comprado em Lisboa- em que o autor tenta articular algum vínculo entre Salazar- ditador-presidente português e que completa 40 anos de sua queda esse ano, 2014- e o futebol. Eusébio, o Pelé deles, morrera no início do ano. Nada. Nenhum vínculo.Diferentemente da estreita relação entre o general Franco ( Real Madri/clube espanhol) e Mussolini ( Lazio/clube romano) . Para ficar só no velho continente.
Salazar desprezava o tal esporte. Aliás, não gostava tampouco da capital, Lisboa. Preferia as aldeias portuguesas e que realmente são tão belas, aconchegantes, melancólicas. Como qualquer idiota, ele aparecia somente para 'selfies' e crianças no colo a fotografar, durante as inaugurações dos bons estádios da nossa ex-patroa.Dar beijinhos nos putos ( criancinhas por lá e crescidinhos por aqui) e estabelecer enquanto esquema de jogo dúzias de promessas. Formava assim o seu ataque. Deixar-se aplaudir.
O jornalista lusitano, lisboeta-alfacinha, que escreveu a obra, e é respeitado por lá, em alguns momentos sacou um premeia também. E no mesmo sentido - na sentença que estabelece- do que tentou dizer o cronista global. Está no seu livro e está correto. Ao menos de onde se supõe que a língua tenha brotado. O sotaque é nosso. Além do Xexéo, do Arnaldo e também do deputado.
Já imaginaram a junção das línguas? Um encontro diplomático entre senhores mandatários? ' Entre na bicha com o puto para ele levar uma pica'. Não. Não é um desaforo. Salazar pede para que se entre na fila com o menino para que ele tome uma injeção. Era um governante,digamos, com sensibilidade social. Só isso.
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
Brasil? Brazil? Braaaaaaaasillllllllll!
Eleições ( The End?) Viva O Brasil. Ou Brazil? Braaaaaaa-sillllll!
Agora é que deveriam começar, para valer, as conversas, as discussões. Já acabou?
A entidade Corinthians Paulista - do presidente que mais entende sobre o que pode ser esse múltiplo brasileiro- só ganhou 2 turnos. O campeonato é de pontos corridos sempre. E tem o mata um e mata o outro também.Do ponto de vista de um programa de governo a coisa é muito precária. O que você observa são programas unicamente partidários, regionais, pessoais. Um nível muito baixo que mescla soberba- o pior dos pecados para muitos dos religiosos- e estupidez. Alguém- concordo inteiramente com uma colega e amiga e que tem inteligência contemporânea- parece só falar para boçais, ou seja, subestima as pessoas, sobretudo, aqueles que não concordam. Espantoso! É a ditadura de uma certa maioria.Mas é assim mesmo. O melhor é que pode piorar. A não ser para aquele pedaço que suponho meu- e só de sacanagem- também suponho nosso. Comum a todos, e que insiste- resiste ao estacionar num certo mundo fantasístico, romanceado; iludido. Gabriel Garcia nunca foi tão habitado. Nada mais anti-analítico. Pouca reflexão. E portanto não há desconstrução alguma, porque nunca houve análise, partição. Mesmo a coisa sendo partida, feito os 3.000 partidos que confundem brasis.. Só falta dizer agora que aprendeu com algum Derrida desconstruído, islamicamente, há décadas, a tal desconstrução eleitoreira.
Ouço alguém calar que Chico Buarque resolveu acrescentar à Geni apedrejada, amada, um apelido contemporâneo: P.M.D.B. E sem o P.M.D.B Não há você. Talvez haja um Mais você! Com aquele papagaio falante e as deliciosas guloseimas. Lembram quando a gente acreditava que o homem era só um falante-ser? Lembram quando a gente levava o papagaio ou o cachorrinho para passear e não o contrário?
A Argentina poderia aprender.apreender e inventar um P ,M D.B por lá. Quem sabe não mudariam de religião? Sabe-se que desde os anos 30 - século passado- só quem termina o mandato presidencial por lá são os peronistas. E aqui, São Ulisses Guimarães, cujo cadáver navega por precisão de Pessoa, garante com seus olhos azuis da cor da poluição do céu ( ou seria do mar, Tim Maia?) que a Geni PMdebista,PMputana, garante a governança. E o Sarney- amigo-aliado- finalmente poderá ter a sua obra literária percorrida- Maribondos esfogueados-, por 34% dos pequeninos maranhenses que não aprendem a ler ou a escrever até os 8 anos de idade. A imortalidade por debaixo dos seus belos lençóis até pousar, candidamente, no colo de um santo, Luís, afrancesado.
Apesar de tudo e por nada, nadinha,vidinha; Viva o Brasil.Fazer mais o quê?
A entidade Corinthians Paulista - do presidente que mais entende sobre o que pode ser esse múltiplo brasileiro- só ganhou 2 turnos. O campeonato é de pontos corridos sempre. E tem o mata um e mata o outro também.Do ponto de vista de um programa de governo a coisa é muito precária. O que você observa são programas unicamente partidários, regionais, pessoais. Um nível muito baixo que mescla soberba- o pior dos pecados para muitos dos religiosos- e estupidez. Alguém- concordo inteiramente com uma colega e amiga e que tem inteligência contemporânea- parece só falar para boçais, ou seja, subestima as pessoas, sobretudo, aqueles que não concordam. Espantoso! É a ditadura de uma certa maioria.Mas é assim mesmo. O melhor é que pode piorar. A não ser para aquele pedaço que suponho meu- e só de sacanagem- também suponho nosso. Comum a todos, e que insiste- resiste ao estacionar num certo mundo fantasístico, romanceado; iludido. Gabriel Garcia nunca foi tão habitado. Nada mais anti-analítico. Pouca reflexão. E portanto não há desconstrução alguma, porque nunca houve análise, partição. Mesmo a coisa sendo partida, feito os 3.000 partidos que confundem brasis.. Só falta dizer agora que aprendeu com algum Derrida desconstruído, islamicamente, há décadas, a tal desconstrução eleitoreira.
Ouço alguém calar que Chico Buarque resolveu acrescentar à Geni apedrejada, amada, um apelido contemporâneo: P.M.D.B. E sem o P.M.D.B Não há você. Talvez haja um Mais você! Com aquele papagaio falante e as deliciosas guloseimas. Lembram quando a gente acreditava que o homem era só um falante-ser? Lembram quando a gente levava o papagaio ou o cachorrinho para passear e não o contrário?
A Argentina poderia aprender.apreender e inventar um P ,M D.B por lá. Quem sabe não mudariam de religião? Sabe-se que desde os anos 30 - século passado- só quem termina o mandato presidencial por lá são os peronistas. E aqui, São Ulisses Guimarães, cujo cadáver navega por precisão de Pessoa, garante com seus olhos azuis da cor da poluição do céu ( ou seria do mar, Tim Maia?) que a Geni PMdebista,PMputana, garante a governança. E o Sarney- amigo-aliado- finalmente poderá ter a sua obra literária percorrida- Maribondos esfogueados-, por 34% dos pequeninos maranhenses que não aprendem a ler ou a escrever até os 8 anos de idade. A imortalidade por debaixo dos seus belos lençóis até pousar, candidamente, no colo de um santo, Luís, afrancesado.
Apesar de tudo e por nada, nadinha,vidinha; Viva o Brasil.Fazer mais o quê?
Carlucho- 27-10-2014 0u seria 2014 AC?
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
Para amenizar as baixarias que são reflexos dos mandatários que ignoraram o recado dado nas ruas, ano passado, - " Não queremos mais um país desse jeito"- diziam os passos, calejados ou não, de algumas manifestações- relembro um momento da campanha de um amigo de um tio meu, ambos já morreram, numa capital do nordeste.
Seguia-se o cortejo por um bairro periférico. Naquela época, Natal era uma cidade pequena. Capital do estado, mas pequenina.Logo, muito mais agradável para se viver. O candidato era novato no ofício. Filho de família financeiramente rica e pobre no resto todo. Experiente, o tio cabelo gomalina ouvia o que os moradores do local solicitavam, pediam, reclamavam. A tecnologia naquele momento era made in Flintstones, e se um celular ou tablet surgisse seria excomungado feito desconjuro. Reza braba pra espantar o coisa ruim. Reclamava-se pouco também. Havia uma ditadura. Não havia cidadão. O único que dali brotou foi um Boçalnaro com aparências de um Fidélix. Há controvérsias se ali tem Pessoa.Pois bem. Uma moça, moradora do local, aconchegou-se no tio que adorava um flerte. Ele então lhe perguntou sobre os quereres e como estava a vida. Antes, vasculhou com as garras e a lábia de quem conhecia campanha se a donzela tinha , além dos quereres, uma aliança ou voto de compromisso declarado. Se estivesse registrado em cartório, o tal compromisso, ele anularia, pois era dono de um e o outro era da família do amigo candidato. Ah! O candidato amigo, apalermado, continuava caminhando-caminhando.....sem rumo. A moça era brejeira, brasileira: 'Sr: preciso de uma casa para minha mãe doente, hospital para um outro parente que não tem aonde ir. Também necessito de um carro para o transporte e um amor fiel para o chamego. Ah! Uma bicicleta. E não precisa ser feito aquela do boneco da TV, do cinema, e que avoa'. Ela se referia ao bonequinho do ET , filme do Steven Spielberg e aquela cena linda. Aliás, sonho meu. Bicicleta que avoa.
O tio escutou, levou um beijinho inocente na face, alertou o assessor que pegasse o telefone dela ( ele sempre foi muito cuidadoso com as questões sociais) e falou ao candidato (Aquele! Estão acompanhando ainda ou já se cansaram?):
' Sem problema. Tudo fácil de solucionar. Até amor verdadeiro a gente dá um jeito. Você ainda é novato. Um dia entenderá. O problema aqui, meu caro, é a tal bicicleta. Essa que avoa então....Americano dá um trabalho!'
Seguia-se o cortejo por um bairro periférico. Naquela época, Natal era uma cidade pequena. Capital do estado, mas pequenina.Logo, muito mais agradável para se viver. O candidato era novato no ofício. Filho de família financeiramente rica e pobre no resto todo. Experiente, o tio cabelo gomalina ouvia o que os moradores do local solicitavam, pediam, reclamavam. A tecnologia naquele momento era made in Flintstones, e se um celular ou tablet surgisse seria excomungado feito desconjuro. Reza braba pra espantar o coisa ruim. Reclamava-se pouco também. Havia uma ditadura. Não havia cidadão. O único que dali brotou foi um Boçalnaro com aparências de um Fidélix. Há controvérsias se ali tem Pessoa.Pois bem. Uma moça, moradora do local, aconchegou-se no tio que adorava um flerte. Ele então lhe perguntou sobre os quereres e como estava a vida. Antes, vasculhou com as garras e a lábia de quem conhecia campanha se a donzela tinha , além dos quereres, uma aliança ou voto de compromisso declarado. Se estivesse registrado em cartório, o tal compromisso, ele anularia, pois era dono de um e o outro era da família do amigo candidato. Ah! O candidato amigo, apalermado, continuava caminhando-caminhando.....sem rumo. A moça era brejeira, brasileira: 'Sr: preciso de uma casa para minha mãe doente, hospital para um outro parente que não tem aonde ir. Também necessito de um carro para o transporte e um amor fiel para o chamego. Ah! Uma bicicleta. E não precisa ser feito aquela do boneco da TV, do cinema, e que avoa'. Ela se referia ao bonequinho do ET , filme do Steven Spielberg e aquela cena linda. Aliás, sonho meu. Bicicleta que avoa.
O tio escutou, levou um beijinho inocente na face, alertou o assessor que pegasse o telefone dela ( ele sempre foi muito cuidadoso com as questões sociais) e falou ao candidato (Aquele! Estão acompanhando ainda ou já se cansaram?):
' Sem problema. Tudo fácil de solucionar. Até amor verdadeiro a gente dá um jeito. Você ainda é novato. Um dia entenderá. O problema aqui, meu caro, é a tal bicicleta. Essa que avoa então....Americano dá um trabalho!'
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
eleições em 2014.
O SR. ROMÁRIO candidatou-se ao Senado Federal porque não gostava muito de treinar. Mas ,se a falecida seleção de futebol não tivesse ido tão bem na última Copa , ele teria maiores dificuldades para jogar futevôlei pelos próximos 8 anos. Com toda aquela mordomia. Quanto à praia....Eles providenciam alguma coisa semelhante, seca, próximo ao Planalto.
O Sr César Maia-uma das maiores decepções que tive na combalida política brasileira- contava com o efeito Saturnino Braga, ex-senador e prefeito nos anos 80. O tiro saiu por algum poste torto ou pela cidade hiper-faturada da música. Resta esclarecer:
Caiu sobre Saturnino a marca de uma falência local, logo após assumir a prefeitura em 1986. Eleição vencida no ano anterior. Tinha até Alvaro Valle na disputa e o seu PL de beatas tijucanas. O prefeito eleito não foi o único responsável pelo desastre que se seguiu. Ele herdou uma máquina já falida, desmoralizada, burocratizada em excesso, fora os boicotes midiáticos. Vocês sabem a quem me refiro. Discordou e discutiu seriamente com Brizola- então Governador- em vários pontos, e esse lhe conferiu um cerco político intransponível junto ao partido, PDT,- que o abandonou-, e por conseguinte ficou perdido na Câmara Municipal. Até com Gilberto Rodrigues - então presidente da Alerj e espécie de Picianni do high-society - o político gaúcho fez acordo. A briga foi feia.
O ex- professor de Kant quase sumiu da vida pública. Candidatou-se então ao cargo de vereador. Perdeu. Humilhação completa. No ano seguinte ou dois anos depois, elegeu-se senador. Eram duas vagas ao senado que o Rio dispunha Eleição para o Senado tem essa conotação. Há uma preocupação com certa postura, trajetória.. É cara a eleição para o Senado também. Partido aposta alto. Mas a cabeça do eleitor é singular. Até porque, eles adoram declarar que não se interessam por política. Logo, não deveriam votar. Eu não aposto no que não me interessa. Se o voto deixar de ser obrigatório, o comparecimento cairá pela metade. Por isso que obrigam até quem não sabe ler o que a telinha mostra a se perpetuar como escravo. E tem os modismos.Aquele penteado, aquele rabo de cavalo. Muito divertido. E nenhuma graça. Tem a multa. É baratinha para quem pode pagar. Tem sanções. Passaporte, empréstimo, concurso público... Diante de tantos múltiplos, que nos caracteriza, seres de múltiplas personalidades, Pessoas com heterônimos, o voto é inconsciente. E há de se respeitar cada um. Até os votos nulos, os votos brancos, os votos negros , coloridos,...E abstenções. Não sei porque esse último tipo de voto- o que não quer votar - não vence. Acho que estão certos. O professor de Kant talvez discorde, mas ressoa estranheza esse imperativo categórico "democrático". Boas urnas. E olho na fraude.
O Sr César Maia-uma das maiores decepções que tive na combalida política brasileira- contava com o efeito Saturnino Braga, ex-senador e prefeito nos anos 80. O tiro saiu por algum poste torto ou pela cidade hiper-faturada da música. Resta esclarecer:
Caiu sobre Saturnino a marca de uma falência local, logo após assumir a prefeitura em 1986. Eleição vencida no ano anterior. Tinha até Alvaro Valle na disputa e o seu PL de beatas tijucanas. O prefeito eleito não foi o único responsável pelo desastre que se seguiu. Ele herdou uma máquina já falida, desmoralizada, burocratizada em excesso, fora os boicotes midiáticos. Vocês sabem a quem me refiro. Discordou e discutiu seriamente com Brizola- então Governador- em vários pontos, e esse lhe conferiu um cerco político intransponível junto ao partido, PDT,- que o abandonou-, e por conseguinte ficou perdido na Câmara Municipal. Até com Gilberto Rodrigues - então presidente da Alerj e espécie de Picianni do high-society - o político gaúcho fez acordo. A briga foi feia.
O ex- professor de Kant quase sumiu da vida pública. Candidatou-se então ao cargo de vereador. Perdeu. Humilhação completa. No ano seguinte ou dois anos depois, elegeu-se senador. Eram duas vagas ao senado que o Rio dispunha Eleição para o Senado tem essa conotação. Há uma preocupação com certa postura, trajetória.. É cara a eleição para o Senado também. Partido aposta alto. Mas a cabeça do eleitor é singular. Até porque, eles adoram declarar que não se interessam por política. Logo, não deveriam votar. Eu não aposto no que não me interessa. Se o voto deixar de ser obrigatório, o comparecimento cairá pela metade. Por isso que obrigam até quem não sabe ler o que a telinha mostra a se perpetuar como escravo. E tem os modismos.Aquele penteado, aquele rabo de cavalo. Muito divertido. E nenhuma graça. Tem a multa. É baratinha para quem pode pagar. Tem sanções. Passaporte, empréstimo, concurso público... Diante de tantos múltiplos, que nos caracteriza, seres de múltiplas personalidades, Pessoas com heterônimos, o voto é inconsciente. E há de se respeitar cada um. Até os votos nulos, os votos brancos, os votos negros , coloridos,...E abstenções. Não sei porque esse último tipo de voto- o que não quer votar - não vence. Acho que estão certos. O professor de Kant talvez discorde, mas ressoa estranheza esse imperativo categórico "democrático". Boas urnas. E olho na fraude.
segunda-feira, 29 de setembro de 2014
Na seca da Capital.
E na manhã desinteressante e ainda seca na capital do país a exalar melancolia dissimulada e a uma semana do pleito ( essa palavra é péssima e rima mais com uma outra que exala gases fedorentos), e cujo resultado pode acarretar em certo temor-terror para os próximos anos-, o amalucado do Tocantins - pode ser um estado de espírito- invadiu um hotel e sequestrou um cidadão. Conclamava o cumprimento da lei de ficha limpa. Acrescentou em seu programa de governo que se resolvesse o imbróglio envolvendo o bandido italiano, refugiado aqui, e o nosso governo.
Quando estive há 4 anos na Itália, nenhum italiano estava interessado no assunto. As Brigadas Vermelhas já tinham passado do ponto. Aldo Moro- o primeiro ministro assassinado pelo bando- não era flor para se contemplar na primavera que se aconchega.
Esse rapaz provavelmente estará em algum desses programas desesperados por audiência (Quem sabe um Novo Network, Rede de intrigas, 1976? Seria um novo Howard Beale? ( interpretado maravilhosamente por Peter Flnch e que recebeu o Oscar postumamente).
Podemos vê-lo sentado, bem comportado, dirigindo-se a sua mãe _ a quem escreveu uma carta_ na bancada do Jornal Nacional. Olhos lacrimejantes , A senhorita Poeta lhe dirá coisas maternais. Todo maluco tem mãe que adora cartas de amor. Incrível esse dado. Foi divulgado- tal fato- na data folha ou no Ibope. E no fim, o Bonner lhe dirá que ele tem apenas 5 minutos para nos dizer como resolver os problemas do país. Sem armas falsas ou bombinhas de estalinho. Tudo bem. Também gosto de minimalismos. Mondrian, aquela turma. Mas 5 minutos? O jornal leva meia-hora para não comunicar? Sei não. Pode ser explosivo. De fato.
E o maluco escapou por um triz! O Lutador Minotauro estava no Hotel. E ele lhe ordenou que saísse imediatamente. Quando recebi a notícia do sequestro, em 1978, do Aldo Moro, eu estava preocupado com a Emília, o Pedrinho, O Saci. Era Monteiro Lobato derrotando o minotauro de verdade.Aquele vizinho de Aristóteles, Platão....
Quando estive há 4 anos na Itália, nenhum italiano estava interessado no assunto. As Brigadas Vermelhas já tinham passado do ponto. Aldo Moro- o primeiro ministro assassinado pelo bando- não era flor para se contemplar na primavera que se aconchega.
Esse rapaz provavelmente estará em algum desses programas desesperados por audiência (Quem sabe um Novo Network, Rede de intrigas, 1976? Seria um novo Howard Beale? ( interpretado maravilhosamente por Peter Flnch e que recebeu o Oscar postumamente).
Podemos vê-lo sentado, bem comportado, dirigindo-se a sua mãe _ a quem escreveu uma carta_ na bancada do Jornal Nacional. Olhos lacrimejantes , A senhorita Poeta lhe dirá coisas maternais. Todo maluco tem mãe que adora cartas de amor. Incrível esse dado. Foi divulgado- tal fato- na data folha ou no Ibope. E no fim, o Bonner lhe dirá que ele tem apenas 5 minutos para nos dizer como resolver os problemas do país. Sem armas falsas ou bombinhas de estalinho. Tudo bem. Também gosto de minimalismos. Mondrian, aquela turma. Mas 5 minutos? O jornal leva meia-hora para não comunicar? Sei não. Pode ser explosivo. De fato.
E o maluco escapou por um triz! O Lutador Minotauro estava no Hotel. E ele lhe ordenou que saísse imediatamente. Quando recebi a notícia do sequestro, em 1978, do Aldo Moro, eu estava preocupado com a Emília, o Pedrinho, O Saci. Era Monteiro Lobato derrotando o minotauro de verdade.Aquele vizinho de Aristóteles, Platão....
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
O prefeito não tem pai, Graciliano.
Graciliano Ramos, em 2013, fez sessenta anos de morto. Interessante como um morto tem o seu recorte e existência determinada. Celebra-se o nascimento, mas também o aniversário da sua morte. Essa última celebração ocorre mediante uma presença dolorida chamada saudade. Já as suas Vidas Secas rememoraram setenta anos de eternidade em 2008. A televisão resolveu homenagear Graciliano no ano de 2014. Teria sido pela aridez ou pela secura do clima? Um recorde nesse último verão, temporada 2013/14, e ao que tudo indica deve prosseguir. São Paulo, orgulho caipira do país ao olhos de um carioquismo provinciano, em pleno século XXI ( e tem gente que já conclama pelo 22), promove racionamento de água. Vale lembrar que estamos no Brasil. Não estamos no deserto chileno do Atacama. Mas com um bocadinho a mais de negligência , poderemos nos igualar. Metamorfose de palmeira - dos índios ou não- em cacto.
Graciliano também era alagoano feito Paulo Gracindo, feito Ledo Ivo. Foi prefeito de Palmeira dos Índios - cidade no interior do estado de Alagoas-, e administrou sua região com esferográfica de ferro. Seu pai, um velho coronel local, fora reclamar de alguma coisa e anunciou a sua pessoa imperial como pai do prefeito. E ouviu do ordenança da prefeitura a resposta seca, árida, feito o clima do sertão: ' O prefeito avisou que prefeito não tem pai'.
O escritor-político foi membro do partidão. Como é sabido, o país tem pelo menos uns 3 partidos comunistas para um zilhão de outros religiosos. Nem a Albânia, maior contrabandista de tabaco do mundo, quiça Coréia do Norte- maior detentora de zumbis por metro cúbico- tem tanto foice para pouco martelo por lá quanto por aqui se alavanca. Foi preso na Ilha Grande durante a ditadura do populista Vargas, Getúlio Vargas, presidente símbolo desse Brasil a ser reinventado, garantia que não ordenou a sua prisão , mas que também nada fez para que ele fosse solto.
O autor das vidas secas era a favor de uma certa dose de censura à imprensa. Curioso. Dizia que textos mal escritos deveriam ser proibidos de ser publicados. Poderiam causas danos aos jovens leitores, novas gerações. Interessante. Talvez Graciliano ordenasse à mesma ordenança que fosse enviado um torpedo viral para esse modesto blog, agora umedecido pela garoa que faz dengo e cai devagarinho.. Aliás, como é divertido ser um tanto invisível. Pode-se dizer as bobagens não caladas em certa prosa. A única bendita sacanagem é que ela pode se espalhar mundo a fora. E essa é a boa intenção e um alívio que a tecnologia nos oferece. E o grande risco também. Portanto, a tecnologia- esse espírito acolhedor e indiferente- apresenta certos mundos de mentirinhas de fazer rir, porque bem arriscados. Imagina-se Diadorim ou Riobaldo- personagens de um Rosa versado também em sertões-, a teclar algoritmos cibernéticos? Suassuna implicaria. " Pra que tanta frescurice só pra contar mentiras"? Ainda mais naquela secura toda. E nem ao menos uma gota d'água para iludir as ideias.
E as ideias de Graciliano eram potentes, contundentes. Deve-se lembrar que o autor de Angústia- ele não era homem feliz feito zumbis guaranis e suas mucamas- levava tempo infinito para canetar um parágrafo. Ele esculpia as letrinhas. Dizia de Amado, Jorge; ' Incrível como ele consegue escrever 170 páginas enquanto eu escrevo 17 linhas. Escreve como se fosse mijar'. Seria alguma rixa antiga oriunda do velho partido? Uma contenda de classe? Jorge foi o único escritor brasileiro a ganhar dinheiro nesse país. Tinha o partidão no suporte. E depois, um canal de concessão pública- uma emissora de televisão- a encenar suas Gabrielas e quetais. Jorge foi grande. Além do que, muito hábil nas atuações para sustentar os seus vínculos.Um outro coronel, ACM-Magalhães, político semi-dono do estado baiano ( aparentado ficcional de um coronel Jesuíno), era íntimo. Nunca o político de olhos claros e sorriso de Don Corleone, um godfather com sarapatel, mandou cortar as luzes de sua casa ou do bairro em que vivia e produzia sua vasta obra, por causa de algum entrevero acontecido. Mandava cortar, sim, as luzes dos adversários de urnas ou golpes. Lançava a patota alheia no colo da escuridão. Sob às bençãos dos orixás - mais de um senão perde-se voto, magia- e regadas ao melhor dendê. ACM- que não se confunda essas letrinhas com qualquer abreviação ou sigla de empreiteira- era homem dadivoso e bastante religioso.
Já o escultor de letrinhas alagoano não tinha essa mesma habilidade e das igrejas não se aproximava de modo algum. Ou seria sinceridade por demais? Essa postura que mesclava e confundia rigor com rigidez? Mas isso pode ser deletério do ponto de vista das mediações afetivas. Afinal, vivemos de mentirinhas de fazer rir e chorar. Pra que tanto fricote? Já ensinou o pernambucano Suassuna. Ele, Vidas Secas, arrumava confusões. Era contemporâneo do seu haver. Tinha guerra mundial esparramada aos quatro cantos.
Muita gente insiste que aquela primeira grande confusão datada- oficialmente de 1914 a 1918- não terminou até hoje. O que é bem provável, pois não há como apagar qualquer trauma que tenha se fixado. Uma vez marcado, marcado estará. E a marcação acontece porque havia predisposição para tal. O que se resta a fazer é administrar as consequências do estrago.
E administrar um câncer agressivo não foi possível para ele. O homem das vidas secas sofreu um bocado. Seu câncer foi uma mistura de exílio na bela Ilha Grande com probidade nos atos públicos , mais o preciosismo com as letras e falas, somado à morfina que lhe era ministrada pela filha apaixonada. Até hoje, vigora a paixão. Ela brilha Graciliano nos olhos. Nos últimos dias de agonia, presenciou o pai chamar pela mãe. A mãe dele, diga-se. Mãe morta e presente. Coisa fixada e que não se apaga. Está marcado.
Como num delírio, um sertanejo em busca de água para o seu poço fundo avista um ordenança arrastando-se pela terra seca feito lagarto que muda de cor. Seria miragem? O ordenança se aproxima com palmo de língua pra fora a lhe indicar o alvo a ser sugado. Cada um tem o GPS que pode. Repete então a reza com bastante cuidado para não fazer errado. Para que não lhe censurem o dito. Não espantem o espanto.Não lhe cubram o sol. Sua única luz. Entendeu, coronel?! Ofegante e quase morto. "Terei festa daqui a 50 anos? A celebrar minha existência que mais parece grão de areia"?- continuou com a reza. Ele consegue:
' O prefeito mandou avisar que prefeito não tem pai'.
E as ideias de Graciliano eram potentes, contundentes. Deve-se lembrar que o autor de Angústia- ele não era homem feliz feito zumbis guaranis e suas mucamas- levava tempo infinito para canetar um parágrafo. Ele esculpia as letrinhas. Dizia de Amado, Jorge; ' Incrível como ele consegue escrever 170 páginas enquanto eu escrevo 17 linhas. Escreve como se fosse mijar'. Seria alguma rixa antiga oriunda do velho partido? Uma contenda de classe? Jorge foi o único escritor brasileiro a ganhar dinheiro nesse país. Tinha o partidão no suporte. E depois, um canal de concessão pública- uma emissora de televisão- a encenar suas Gabrielas e quetais. Jorge foi grande. Além do que, muito hábil nas atuações para sustentar os seus vínculos.Um outro coronel, ACM-Magalhães, político semi-dono do estado baiano ( aparentado ficcional de um coronel Jesuíno), era íntimo. Nunca o político de olhos claros e sorriso de Don Corleone, um godfather com sarapatel, mandou cortar as luzes de sua casa ou do bairro em que vivia e produzia sua vasta obra, por causa de algum entrevero acontecido. Mandava cortar, sim, as luzes dos adversários de urnas ou golpes. Lançava a patota alheia no colo da escuridão. Sob às bençãos dos orixás - mais de um senão perde-se voto, magia- e regadas ao melhor dendê. ACM- que não se confunda essas letrinhas com qualquer abreviação ou sigla de empreiteira- era homem dadivoso e bastante religioso.
Já o escultor de letrinhas alagoano não tinha essa mesma habilidade e das igrejas não se aproximava de modo algum. Ou seria sinceridade por demais? Essa postura que mesclava e confundia rigor com rigidez? Mas isso pode ser deletério do ponto de vista das mediações afetivas. Afinal, vivemos de mentirinhas de fazer rir e chorar. Pra que tanto fricote? Já ensinou o pernambucano Suassuna. Ele, Vidas Secas, arrumava confusões. Era contemporâneo do seu haver. Tinha guerra mundial esparramada aos quatro cantos.
Muita gente insiste que aquela primeira grande confusão datada- oficialmente de 1914 a 1918- não terminou até hoje. O que é bem provável, pois não há como apagar qualquer trauma que tenha se fixado. Uma vez marcado, marcado estará. E a marcação acontece porque havia predisposição para tal. O que se resta a fazer é administrar as consequências do estrago.
E administrar um câncer agressivo não foi possível para ele. O homem das vidas secas sofreu um bocado. Seu câncer foi uma mistura de exílio na bela Ilha Grande com probidade nos atos públicos , mais o preciosismo com as letras e falas, somado à morfina que lhe era ministrada pela filha apaixonada. Até hoje, vigora a paixão. Ela brilha Graciliano nos olhos. Nos últimos dias de agonia, presenciou o pai chamar pela mãe. A mãe dele, diga-se. Mãe morta e presente. Coisa fixada e que não se apaga. Está marcado.
Como num delírio, um sertanejo em busca de água para o seu poço fundo avista um ordenança arrastando-se pela terra seca feito lagarto que muda de cor. Seria miragem? O ordenança se aproxima com palmo de língua pra fora a lhe indicar o alvo a ser sugado. Cada um tem o GPS que pode. Repete então a reza com bastante cuidado para não fazer errado. Para que não lhe censurem o dito. Não espantem o espanto.Não lhe cubram o sol. Sua única luz. Entendeu, coronel?! Ofegante e quase morto. "Terei festa daqui a 50 anos? A celebrar minha existência que mais parece grão de areia"?- continuou com a reza. Ele consegue:
' O prefeito mandou avisar que prefeito não tem pai'.
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
Um conhecidíssimo empresário carioca, morto há 10 anos mais ou menos e com quase 100 anos de idade, detestava se reunir para conversar sobre seus negócios, com a sua diretoria se houvesse mais de duas pessoas presentes. Não há concentração. Fica tudo mais ou menos disperso.Fica difícil gerenciar aquilo tudo com toda essa multidão. Ele dizia. Imaginem se esse mesmo empresário testemunhasse as reuniões ministeriais do ex-presidente sindicalista- um oráculo de massas- com mais de 250 mil ministérios a coordenar. Secretarias com status de ministério e por aí foi.Em alguns momentos não havia cadeira para todos os srs ministros pousarem seus traseiros oficiais. É uma espécie de Sarney Way of Life que se eterniza na política do país. O capitão do mato maranhense reiniciou a praticagem ao inchar a máquina estatal, até porque não existe cabo eleitoral mais fiel e fácil de se manobrar e retaliar. Quem diria? O velho senhor adotava algumas práticas comunas.E quem diria que o ator a reduzir esse número de ministérios drasticamente ( acho que eram 15) foi o amalucado- dentre outros adjetivos possíveis- do alagoano Collor. Aí é que ele ficou sem apoio algum no congresso. Congressista carnavalesco é muito sensível a essas reduções. Como diminuir o meu número de blocos e serpentinas? Fora o confisco da grana. Ele se achava um George Marshall. Aquele ex-secretário de estado dos USA, logo após a segunda guerra que completa 75 anos esse ano. A sua ministra da grana queria na verdade um casamento e filhos. Tão original esse querer vindo de muitas mulheres...Vindo sobremaneira de um Gozador. Afinal, era um Chaplin- Anísio- Coalhada-Painho. Fernando Sabino-escritor- que marcou minha vida num Encontro Marcado- dedicou-lhe- dedicado à moça que vive na estranja- uma longa prosa. Quase foi linchado pela opinião jornalística.O dia em que o hoje senador, Fernando Collor, desceu a rampa, expulso do poder por outros poderes, era o último dia do prazo para devolução da grana que tungou da população. Era algo em 1992. Significante mesmo é o dinheiro. Já ensinou Lacan.
Aliás, temos uma constituição parlamentarista em regime presidencialista e com federalismo de mentirinha. Não parece papo de psicótico não. É mesmo.
É quase certo, papo reto, que elegemos um quase rei, agora rainhas, ao invés de republicanos. Nunca escapamos da Casa Grande e da senzala, do patriarcalismo moreno. Um país tão jovem em sua cronologia e tão velho de posturas. E o tal empresário global era freudiano no que diz respeito ao tempo e suas ficções. Ele não reconhecia a idade quase centenária que atravessava. Pensava-se menino.
Aliás, temos uma constituição parlamentarista em regime presidencialista e com federalismo de mentirinha. Não parece papo de psicótico não. É mesmo.
É quase certo, papo reto, que elegemos um quase rei, agora rainhas, ao invés de republicanos. Nunca escapamos da Casa Grande e da senzala, do patriarcalismo moreno. Um país tão jovem em sua cronologia e tão velho de posturas. E o tal empresário global era freudiano no que diz respeito ao tempo e suas ficções. Ele não reconhecia a idade quase centenária que atravessava. Pensava-se menino.
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
Terror eleitoral gratuito
Uma curiosidade me assola nesse início de terror eleitoral. Talvez até um sonho ruim. Como terá sido - assim mesmo no futuro do pretérito que é onde a cura pode advir- o álbum de figurinhas ou as brincadeiras infantis do sempre candidato à presidência , O abominável Sr Eymael e o não menos 'adorável' , também candidato a esse cargo aparentemente sem a menor importância, ou seja, a presidência da Res-pública do Brasil, O SR FÉLIX.? Esse último- cujo nome tem a minha simpatia pela lembrança do goleiro Félix (um dos grandes artistas da Copa de 1970)- , promete ENDIREITAR O país. Parece uma cantilena Bolsonariana. Variações boçais à direita.
Na Pernambuco dos anos 40/50, um rapaz magricela ficava na soleira da porta de casa observando e anotando quantos automóveis de chapa fria, ou melhor, os tais carros oficiais- aqueles carros que exibem carteiras modelo " Sabe com quem estás a falar"-, exibidos de placas brancas, atravessavam a sua vista e ambição. De nada adiantava os amiguinhos convocarem o magrela a jogar bola ou se banhar nas águas do oceano mais próximo junto com as belas sereias vizinhas. Sereias à prova de tubarões, dizia a placa do salva vidas. O garoto focado não arredava alma. Hoje, algumas mães de meninos não tão focados avistam tão somente Ritalinas e tarjas pretas.
O futuro político de pouco peso preferia a contabilidade formal do veículo oficial. Décadas depois, anos 90 , século passado, tornou-se vice-presidente da res-pública brasileira. Marco Maciel foi uma espécie de Joseph Fouché tupiniquim. Aquele francês que foi monarquista, bonapartista e republicano. Quem sabe de Fouché é o alemão Stefan Zweig. Escreveu a história dele. Quem sabe de Stefan pelos nossos lados é Alberto Dines. Jornalista de proa e popa. Aquele do programa Observatório da Imprensa. Atravessou quase tudo, o francês invisível. Feito o personagem pernambucano em questão.
Pernambuco sempre esteve nas decisões políticas importantes do país. Stefan não aguentou a paranoia própria e matou a si e a esposa com um balaço, Na verdade, dois balaços. A lógica pode ser unária , mas quando se decanta temos as bifididades e alguma pólvora,Logo ali em Petrópolis. Terra de Pedro. Gosto muito da serra petropolitana. Não gosto desse Félix nem tampouco do pastor de Acari. E o Açaí me traz alergias. Uma pena, pois é ferroso. Aliás, do pastor nada sei. E tenho raiva se vier a saber.
Chamar o aristocrata Fouché de canalha ou mau caráter porque sambava para lá ou para cá é uma tolice moralista de quem rejeita nossa origem macunaímica. Macunaíma de Andrade é gênio brasileiro. É maneirismo de alta qualidade. Algo que Eymael e outros tais não entendem. Deve ser o tal brinquedo de criança que não houve. Ou haveria por demais?
Perversidades estão na moda. Basta ver o doutor monstro, especialista em estupros, que vivia de esbanjar, na rua próxima ao endereço do Presidente do Paraguai. E o Paraguai já teve ministro da marinha! Ah! Eymael- na verdade Joseph Mary-, traz ao esquecimento que o Brasil já teve ministro da Justiça.
Não confundir flexibilidade com pusilanimidade ou sacanagem mesmo.
Na Pernambuco dos anos 40/50, um rapaz magricela ficava na soleira da porta de casa observando e anotando quantos automóveis de chapa fria, ou melhor, os tais carros oficiais- aqueles carros que exibem carteiras modelo " Sabe com quem estás a falar"-, exibidos de placas brancas, atravessavam a sua vista e ambição. De nada adiantava os amiguinhos convocarem o magrela a jogar bola ou se banhar nas águas do oceano mais próximo junto com as belas sereias vizinhas. Sereias à prova de tubarões, dizia a placa do salva vidas. O garoto focado não arredava alma. Hoje, algumas mães de meninos não tão focados avistam tão somente Ritalinas e tarjas pretas.
O futuro político de pouco peso preferia a contabilidade formal do veículo oficial. Décadas depois, anos 90 , século passado, tornou-se vice-presidente da res-pública brasileira. Marco Maciel foi uma espécie de Joseph Fouché tupiniquim. Aquele francês que foi monarquista, bonapartista e republicano. Quem sabe de Fouché é o alemão Stefan Zweig. Escreveu a história dele. Quem sabe de Stefan pelos nossos lados é Alberto Dines. Jornalista de proa e popa. Aquele do programa Observatório da Imprensa. Atravessou quase tudo, o francês invisível. Feito o personagem pernambucano em questão.
Pernambuco sempre esteve nas decisões políticas importantes do país. Stefan não aguentou a paranoia própria e matou a si e a esposa com um balaço, Na verdade, dois balaços. A lógica pode ser unária , mas quando se decanta temos as bifididades e alguma pólvora,Logo ali em Petrópolis. Terra de Pedro. Gosto muito da serra petropolitana. Não gosto desse Félix nem tampouco do pastor de Acari. E o Açaí me traz alergias. Uma pena, pois é ferroso. Aliás, do pastor nada sei. E tenho raiva se vier a saber.
Chamar o aristocrata Fouché de canalha ou mau caráter porque sambava para lá ou para cá é uma tolice moralista de quem rejeita nossa origem macunaímica. Macunaíma de Andrade é gênio brasileiro. É maneirismo de alta qualidade. Algo que Eymael e outros tais não entendem. Deve ser o tal brinquedo de criança que não houve. Ou haveria por demais?
Perversidades estão na moda. Basta ver o doutor monstro, especialista em estupros, que vivia de esbanjar, na rua próxima ao endereço do Presidente do Paraguai. E o Paraguai já teve ministro da marinha! Ah! Eymael- na verdade Joseph Mary-, traz ao esquecimento que o Brasil já teve ministro da Justiça.
Não confundir flexibilidade com pusilanimidade ou sacanagem mesmo.
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
A criança e o bicho de pelúcia.
Queria mesmo é fazer umas carícias num animal feroz, perigoso. Passar-lhe o dedo, tocar seu pelo. Estaria o bichano com alguma carência específica? Tem fome? Um titã lhe perguntaria sobre essa fome. É fome do quê?
Primeiro flerte foi com uma jaguatirica. Apelido bem dado para alguém bastante invocado. Depois, o leãozinho. O leãozinho é aquela formação que se acha. Acha-se, segundo estudiosos e que talvez tenham fetiche pela juba imponente, o rei da selva. Porém, esse reinado se restringe a uma selva específica que ele habita. Porque na selva em que vivemos- tenha ela a constituição que tiver- quem anda rugindo mais é essa nossa espécie meio estranha. O leão tem uma constituição física- apesar dos pareceres- bem pior do que a nossa humana insignificância cósmica diante de uma quarenta e cinco bem engatilhada ou uma espingarda calibre doze. Mas há de se estar acompanhado desse outro bicho de pólvora. Caso contrário, os caninos da realeza da selva causarão estrago irreversível.
Um pouco mais que depois, um belo tigre a visitar. Abobalhado pelo cativeiro criado pela tal espécie humana. Trancam o animal ali para contemplá-lo e sacaneá-lo. Seria inveja? Seria uma resultante da fome insaciável do boneco gente? Imaginemos uma cena inusitada: a mamãe tigre trancafiada em sua suíte de grades e lambendo com seus caninos o bonequinho filho de gente que embala no seu colo de patas e garras. Caminhadas, protestos, manifestações. Faríamos um barulho danado em defesa do filhote de gente. Acontece que eles não têm essa competência sígnica, articulatória. Eles não são tão malucos. Não frequentam, por exemplo, salas escuras com seus projetores e sons que exibem ilusões. Nunca vi um deles por lá. Muito menos frequentando o divã de analistas. Aliás, divã é uma peça de mobiliário pouco comum na cultura dos trópicos abaixo do Equador e sua linha imaginária. Seria constituída de cinema e ilusão essa linha? Tudo então se faz cinema. Uma tela de sonhos na sala escura com gente desconhecida.
O tigre continuou a sua brincadeira. Quem disse que não era só brincadeira? Que formações podem garantir que aquilo que estava sendo mordido e arrancado não era um brinquedo para pular-sacudir ou cuspir-engolir?
O importante era poder acariciar aquele monstrengo lindo. Aquela carcaça colorida de pelos e aquele corpanzil. Olhos claros. Seria um galã? Por que raios não se pode brincar com o gatinho cheio de testosterona? Ele passou no antidoping? Vai participar do próximo 'ultimate rinha de galo fight'? Tem galo que briga.
Não. Não se deve. Poder pode. E perder o dedo, o braço e a vida, também se pode. Não se deve. Mas esse não se deve também é moralismo e intromissão de quem ainda arrisca supor que sabe o que é menos ruim para o outro. E esse outro bate na gente que pensa que é gente mesmo. Portanto, se queres arriscar partes do corpo que poderão lhe faltar já tens um atalho a trilhar. E que merda também. Só porque o corpo impotente de cá tem essas vontades e o tigre a me arrancar o braço-alma. Digamos assim: papai. Perdoai-vos porque o tigre não sabe o que faz! Não sabe? Claro que sabe. Se tem algo que o tigre sabe é o que ele tem para fazer. Seu programa etológico é perfeito. Mas se quiser convidá-lo para ir ao cinema, ele não topará. E se por lá der pinta, pode-se comportar bem mal. Mal para quem? Para a humana convenção de como se comportar em certos locais. E isso pode ser amplo......
O tigre não está confuso. Ele estava somente agitado com o estranho amiguinho a lhe aporrinhar a paciência. Quem sabe para retirá-lo do tédio diário? ''Poderiam ao menos pintar aquela grade. Com as mesmas cores que enfeitam o meu pelo vistoso''- resmunga com sobriedade e sem cerimônia o felino acorrentado. E acrescenta: ' Não tenho esse tal de fair-play'. O novo amiguinho, contudo, parece decidido em não saber o que faz. Como não? Claro que sabe. O quê parece até agora não saber é sobre alguns riscos. Sobre a vida que se exibe dentro e fora das grades. No mais é só entretenimento. Princípio do prazer e suas diversidades. Diversidades de meninos e meninas.
Dizer portanto que o menino está, ou estava, assim ou assado, é especulação delirante. Quem ousa fazê-lo deve estar parecido com o tigre. Que também anda falando muito. O bichano exige até um advogado, já que querem assassiná-lo. Acusam-no de tentativa de homicídio com dolo. Que é aquele onde se presume alguma intenção. Mais ou menos como penalidade no futebol. E quem avalia as intenções? Nunca se percebeu um ator de fato? Aquele que é fingidor pessoal, poeticamente?
Havia também um responsável pelo guri no circo humano. Pai desse mesmo menino que tem idade menor. Diz que não viu o flerte entre a última fera e o mancebo porque cuidava da outra cria. O menino que não sabia o porquê fazia essas coisas de brincar com feras indomáveis tinha total liberdade para prosseguir fazendo o quê queria sem saber bem ao certo o quê fazia. Ao menos do risco que corria. Cansamos. Desse cansaço pode emergir um ponto. Vírgula para respirar.
Recuperado, pergunta-se: e o quê ou quem não corre riscos? Há uma estatística que determina que certas práticas apresentam perigos maiores. Bem como uma outra certa estatística que afirma que o menino por achar que jaguatirica, leão ou tigre são bichos de pelúcia e mansos feito o coelhinho de páscoa, implica em delírio ou maluquice de sua parte.Consideram assim-assado porque eles e uma maioria de outros - ditadura epistemológica- acham que o coelhinho da páscoa é realmente mais manso do que os animais listados e visitados pelo garoto naquela manhã de inverno ao sul do Brasil. Mesmo que tal coelhinho não exista de fato. Pois ele há de direito. Caso contrário não falaríamos dele e nem besuntaríamos o mundo com serotonina de cacau, vulgo chocolate benzido.
No último final de semana, o garoto, Destemido- Sem Saber-O- Porquê- Da- Silva, falou à imprensa. Gesticulou com um braço só. O pai- provedor de sua vida- só faz chorar. Ele talvez possa reger uma orquestra. Um novo modo de regência. Já está disponível na grande rede a imagem. Só falta pagar os direitos ao tigre. Senão, ele vai rugir de novo. E está certo.
Primeiro flerte foi com uma jaguatirica. Apelido bem dado para alguém bastante invocado. Depois, o leãozinho. O leãozinho é aquela formação que se acha. Acha-se, segundo estudiosos e que talvez tenham fetiche pela juba imponente, o rei da selva. Porém, esse reinado se restringe a uma selva específica que ele habita. Porque na selva em que vivemos- tenha ela a constituição que tiver- quem anda rugindo mais é essa nossa espécie meio estranha. O leão tem uma constituição física- apesar dos pareceres- bem pior do que a nossa humana insignificância cósmica diante de uma quarenta e cinco bem engatilhada ou uma espingarda calibre doze. Mas há de se estar acompanhado desse outro bicho de pólvora. Caso contrário, os caninos da realeza da selva causarão estrago irreversível.
Um pouco mais que depois, um belo tigre a visitar. Abobalhado pelo cativeiro criado pela tal espécie humana. Trancam o animal ali para contemplá-lo e sacaneá-lo. Seria inveja? Seria uma resultante da fome insaciável do boneco gente? Imaginemos uma cena inusitada: a mamãe tigre trancafiada em sua suíte de grades e lambendo com seus caninos o bonequinho filho de gente que embala no seu colo de patas e garras. Caminhadas, protestos, manifestações. Faríamos um barulho danado em defesa do filhote de gente. Acontece que eles não têm essa competência sígnica, articulatória. Eles não são tão malucos. Não frequentam, por exemplo, salas escuras com seus projetores e sons que exibem ilusões. Nunca vi um deles por lá. Muito menos frequentando o divã de analistas. Aliás, divã é uma peça de mobiliário pouco comum na cultura dos trópicos abaixo do Equador e sua linha imaginária. Seria constituída de cinema e ilusão essa linha? Tudo então se faz cinema. Uma tela de sonhos na sala escura com gente desconhecida.
O tigre continuou a sua brincadeira. Quem disse que não era só brincadeira? Que formações podem garantir que aquilo que estava sendo mordido e arrancado não era um brinquedo para pular-sacudir ou cuspir-engolir?
O importante era poder acariciar aquele monstrengo lindo. Aquela carcaça colorida de pelos e aquele corpanzil. Olhos claros. Seria um galã? Por que raios não se pode brincar com o gatinho cheio de testosterona? Ele passou no antidoping? Vai participar do próximo 'ultimate rinha de galo fight'? Tem galo que briga.
Não. Não se deve. Poder pode. E perder o dedo, o braço e a vida, também se pode. Não se deve. Mas esse não se deve também é moralismo e intromissão de quem ainda arrisca supor que sabe o que é menos ruim para o outro. E esse outro bate na gente que pensa que é gente mesmo. Portanto, se queres arriscar partes do corpo que poderão lhe faltar já tens um atalho a trilhar. E que merda também. Só porque o corpo impotente de cá tem essas vontades e o tigre a me arrancar o braço-alma. Digamos assim: papai. Perdoai-vos porque o tigre não sabe o que faz! Não sabe? Claro que sabe. Se tem algo que o tigre sabe é o que ele tem para fazer. Seu programa etológico é perfeito. Mas se quiser convidá-lo para ir ao cinema, ele não topará. E se por lá der pinta, pode-se comportar bem mal. Mal para quem? Para a humana convenção de como se comportar em certos locais. E isso pode ser amplo......
O tigre não está confuso. Ele estava somente agitado com o estranho amiguinho a lhe aporrinhar a paciência. Quem sabe para retirá-lo do tédio diário? ''Poderiam ao menos pintar aquela grade. Com as mesmas cores que enfeitam o meu pelo vistoso''- resmunga com sobriedade e sem cerimônia o felino acorrentado. E acrescenta: ' Não tenho esse tal de fair-play'. O novo amiguinho, contudo, parece decidido em não saber o que faz. Como não? Claro que sabe. O quê parece até agora não saber é sobre alguns riscos. Sobre a vida que se exibe dentro e fora das grades. No mais é só entretenimento. Princípio do prazer e suas diversidades. Diversidades de meninos e meninas.
Dizer portanto que o menino está, ou estava, assim ou assado, é especulação delirante. Quem ousa fazê-lo deve estar parecido com o tigre. Que também anda falando muito. O bichano exige até um advogado, já que querem assassiná-lo. Acusam-no de tentativa de homicídio com dolo. Que é aquele onde se presume alguma intenção. Mais ou menos como penalidade no futebol. E quem avalia as intenções? Nunca se percebeu um ator de fato? Aquele que é fingidor pessoal, poeticamente?
Havia também um responsável pelo guri no circo humano. Pai desse mesmo menino que tem idade menor. Diz que não viu o flerte entre a última fera e o mancebo porque cuidava da outra cria. O menino que não sabia o porquê fazia essas coisas de brincar com feras indomáveis tinha total liberdade para prosseguir fazendo o quê queria sem saber bem ao certo o quê fazia. Ao menos do risco que corria. Cansamos. Desse cansaço pode emergir um ponto. Vírgula para respirar.
Recuperado, pergunta-se: e o quê ou quem não corre riscos? Há uma estatística que determina que certas práticas apresentam perigos maiores. Bem como uma outra certa estatística que afirma que o menino por achar que jaguatirica, leão ou tigre são bichos de pelúcia e mansos feito o coelhinho de páscoa, implica em delírio ou maluquice de sua parte.Consideram assim-assado porque eles e uma maioria de outros - ditadura epistemológica- acham que o coelhinho da páscoa é realmente mais manso do que os animais listados e visitados pelo garoto naquela manhã de inverno ao sul do Brasil. Mesmo que tal coelhinho não exista de fato. Pois ele há de direito. Caso contrário não falaríamos dele e nem besuntaríamos o mundo com serotonina de cacau, vulgo chocolate benzido.
No último final de semana, o garoto, Destemido- Sem Saber-O- Porquê- Da- Silva, falou à imprensa. Gesticulou com um braço só. O pai- provedor de sua vida- só faz chorar. Ele talvez possa reger uma orquestra. Um novo modo de regência. Já está disponível na grande rede a imagem. Só falta pagar os direitos ao tigre. Senão, ele vai rugir de novo. E está certo.
quarta-feira, 16 de julho de 2014
Não falarei mais sobre isso. De mentirinha.
Doeu. Se não tivesse sido doído não haveria tantos comentários, conversas na esquina, piadinhas.Ainda que de indignação. As piadas são boas. Inteligência como sinal. Reverte uma posição dolorida transformando-a em gozação sobre o que quer que esteja. E que nos perdoem os moralistas de prontidão. São os mesmos tarados que não saem do armário para o que quer que haja e o que se possa. O verdadeiro racismo contemporâneo esconde-se assim. Não está no caricato de uma suástica ou uma discriminaçãozinha - que todos temos em algum nível- aqui ou ali. No Brasil o que é da nossa lavra tem que ser destruído. O que vier da estranja- sobretudo Europa e Estados Unidos- sempre muito valorizado deverá ser. Mesmo que lixo seja. E eles sabem. Por isso, deitam e rolam. Seja no gramado dos campos de futebol ou em outros campos; em outras áreas e com outros artistas. Nas articulações políticas então....
Em 1970, abraçado a uma bandeira que trazia um urubu enquanto escudo-símbolo - ave sem vergonha que finge não ter predador- ouvi uma história contada por meu pai sobre aquele campeonato de bola mundial e que era- nesse ano setenta- disputado no México. Curioso: para as emissoras outras o México fica - está correta essa afirmação- na América do Norte. E para uma determinada filial oficial estadunidense localiza-se na América Central.
A história encantava o fato de que quatro ou cinco feras, leia-se jogadores, do então técnico- naquele momento ex-técnico, João Valentão Saldanha-, alertaram o técnico de direito e seu substituto , Zagallo, que o esquema de jogo pensado até então estava equivocado. O esquema do comandante anterior deveria sofrer razoáveis modificações, segundo os jogadores. Dentre os manifestantes, um rei negro. Zagallo é uma pessoa inteligente, séria, ambiciosa, e tendo visto o que acontecera com seu antecessor, acatou a reivindicação sugerida. Existem outros pais a encantar pequenos com as suas histórias que garantem que aquela conversa teve um tom um pouco mais forte. Feito zagueiro robusto ao despachar para o mato a pelota, sem escrúpulos, pois o carnaval e suas bandas valem campeonato. O resultado dessa mistura de feras, acolhimentos e gladiadores, a gente sabe e se orgulha. E joga a história para frente.
O que dói, como diria Saldanha - e esse é um lamento, quase epifania, de um lendário jornalista na sua última transmissão pela Rede Manchete, na Copa de 1990, ao antever a eliminação da equipe para a Argentina de Don Diego Maradona-, é que existe material humano nos nossos lados para se fazer direito.
De uma década para cá, a seleção de futebol do Brasil e seus órgãos incompetentes confundem Copa das Confederações com o campeonato mundial que vem a seguir. Esse torneio- confederativo de mentirinha- existe de fato para checar se o país sede obteve a média mínima no dever de casa e para que os bancos suíços e afins ( seus inúmeros sócios) faturem sem parar-, virou uma micareta carnavalesca. O carnaval de fato vem depois. A micareta é a preliminar do jogo. E as preliminares são importantes em todos os jogos sexuais. O time brasileiro tem estado muito bem de micaretas. Contudo, quando o torneio é para valer- outras coisas por fazer- o amadorismo desfila passarelas. As equipes europeias na sua grande maioria - e isso já foi dito por gente do meio esportivo de lá-não estão tão interessadas em micaretas. Interessam-se pela guerra sem fim entre eles - uma tal de Eurocopa- e até pela Copa Oficial. Se deixarem seguirão o bloco de mijões mais próximo. Porém, o que almejam mesmo é conquistar outras batalhas. Portanto, seriam eles mais ambiciosos? Menos conformados com o que já fora ganho? Visto que esses artistas de passar bolas ao chegarem nesse patamar já conquistaram independência financeira, prestígio, fama? E cada vez mais jovens são esses protagonistas, num esporte em que se pode postergar cada vez mais a aposentadoria graças aos avanços da medicina, da fisioterapia, da nutrição e quetais. Atleta de fuleca se metamorfoseou de fisiculturista com velocista. Junte-se a isso um empresário e um marqueteiro sem freio para suas perversões e o resultado pode ser um vexame na terra pátria mãe pouco gentil. Nesse caso, pelo menos.
Outro fato se impõe: por que canarinhos não conseguem voar mais alto quando podem? Não foi o caso de agora, pois não eram os tais com a fuleca pelos pés. Se a memória não nos abandona, nas Copas de 1982 ( malabaristas sem igual) , 1950 ( pelas circunstâncias, pelo mando de campo e pelo time) e 2006 ( por causa da artilharia que dispunha) , a turma que jogou esses torneios era de primeiríssima. Então em que posição jogou o erro? No esquema pouco contemporâneo dos professores doutores da pelada? Na convocação dos reservistas menos preparados para essas guerras desportivas? Reservista que se preza hoje em dia tem que ter ótimos contatos na estranja. Uma mediação política que decide escalações.
Pois bem. Antes mesmo do enfrentamento que se faria derradeiro nessa enganação de anteontem, o vira-lata que não se assume como tal ao procurar por um pedigree distante e que não percebe que virar as latas todas lhe dá uma condição de flexibilidade, de expansão cada vez maior de conhecimentos, assiste ao viaduto padrão negligência em se erguer, vir abaixo. Soterrou uma trabalhadora do transporte público , sempre desprezado, e um outro civil em seu carro privado. Dias depois, na mesma cidade do monumento mal arquitetado, a petulância associada à incompetência desmoronou diante da engenharia germânica. Um genocídio futebolístico num horizonte nada belo. Fuzilamento implacável e que fora testemunhado por meninos e meninas de olhar esperança. A única fantasia respeitável naquela multidão de sonâmbulos. Sonho para dormir? Durmo para sonhar?
Mantenho com essa pátria uma relação inquebrantável de afeto. Fazer o quê? Felizmente, existe gosto para tudo e o meu esquema tático na manutenção dos vínculos continua com laterais que apoiam e volantes solidários com a artilharia. Que a nossa bola seja sempre macunaímica. Que um pensante-inventivo, Miguel Nicolelis- camisa 10- possa continuar produzindo golaços-próteses Pode ser o gol da rodada, um gol Nobel. Em horário nobre. Ele também brinca de Pelé e Mané.
Em 1970, abraçado a uma bandeira que trazia um urubu enquanto escudo-símbolo - ave sem vergonha que finge não ter predador- ouvi uma história contada por meu pai sobre aquele campeonato de bola mundial e que era- nesse ano setenta- disputado no México. Curioso: para as emissoras outras o México fica - está correta essa afirmação- na América do Norte. E para uma determinada filial oficial estadunidense localiza-se na América Central.
A história encantava o fato de que quatro ou cinco feras, leia-se jogadores, do então técnico- naquele momento ex-técnico, João Valentão Saldanha-, alertaram o técnico de direito e seu substituto , Zagallo, que o esquema de jogo pensado até então estava equivocado. O esquema do comandante anterior deveria sofrer razoáveis modificações, segundo os jogadores. Dentre os manifestantes, um rei negro. Zagallo é uma pessoa inteligente, séria, ambiciosa, e tendo visto o que acontecera com seu antecessor, acatou a reivindicação sugerida. Existem outros pais a encantar pequenos com as suas histórias que garantem que aquela conversa teve um tom um pouco mais forte. Feito zagueiro robusto ao despachar para o mato a pelota, sem escrúpulos, pois o carnaval e suas bandas valem campeonato. O resultado dessa mistura de feras, acolhimentos e gladiadores, a gente sabe e se orgulha. E joga a história para frente.
O que dói, como diria Saldanha - e esse é um lamento, quase epifania, de um lendário jornalista na sua última transmissão pela Rede Manchete, na Copa de 1990, ao antever a eliminação da equipe para a Argentina de Don Diego Maradona-, é que existe material humano nos nossos lados para se fazer direito.
De uma década para cá, a seleção de futebol do Brasil e seus órgãos incompetentes confundem Copa das Confederações com o campeonato mundial que vem a seguir. Esse torneio- confederativo de mentirinha- existe de fato para checar se o país sede obteve a média mínima no dever de casa e para que os bancos suíços e afins ( seus inúmeros sócios) faturem sem parar-, virou uma micareta carnavalesca. O carnaval de fato vem depois. A micareta é a preliminar do jogo. E as preliminares são importantes em todos os jogos sexuais. O time brasileiro tem estado muito bem de micaretas. Contudo, quando o torneio é para valer- outras coisas por fazer- o amadorismo desfila passarelas. As equipes europeias na sua grande maioria - e isso já foi dito por gente do meio esportivo de lá-não estão tão interessadas em micaretas. Interessam-se pela guerra sem fim entre eles - uma tal de Eurocopa- e até pela Copa Oficial. Se deixarem seguirão o bloco de mijões mais próximo. Porém, o que almejam mesmo é conquistar outras batalhas. Portanto, seriam eles mais ambiciosos? Menos conformados com o que já fora ganho? Visto que esses artistas de passar bolas ao chegarem nesse patamar já conquistaram independência financeira, prestígio, fama? E cada vez mais jovens são esses protagonistas, num esporte em que se pode postergar cada vez mais a aposentadoria graças aos avanços da medicina, da fisioterapia, da nutrição e quetais. Atleta de fuleca se metamorfoseou de fisiculturista com velocista. Junte-se a isso um empresário e um marqueteiro sem freio para suas perversões e o resultado pode ser um vexame na terra pátria mãe pouco gentil. Nesse caso, pelo menos.
Outro fato se impõe: por que canarinhos não conseguem voar mais alto quando podem? Não foi o caso de agora, pois não eram os tais com a fuleca pelos pés. Se a memória não nos abandona, nas Copas de 1982 ( malabaristas sem igual) , 1950 ( pelas circunstâncias, pelo mando de campo e pelo time) e 2006 ( por causa da artilharia que dispunha) , a turma que jogou esses torneios era de primeiríssima. Então em que posição jogou o erro? No esquema pouco contemporâneo dos professores doutores da pelada? Na convocação dos reservistas menos preparados para essas guerras desportivas? Reservista que se preza hoje em dia tem que ter ótimos contatos na estranja. Uma mediação política que decide escalações.
Pois bem. Antes mesmo do enfrentamento que se faria derradeiro nessa enganação de anteontem, o vira-lata que não se assume como tal ao procurar por um pedigree distante e que não percebe que virar as latas todas lhe dá uma condição de flexibilidade, de expansão cada vez maior de conhecimentos, assiste ao viaduto padrão negligência em se erguer, vir abaixo. Soterrou uma trabalhadora do transporte público , sempre desprezado, e um outro civil em seu carro privado. Dias depois, na mesma cidade do monumento mal arquitetado, a petulância associada à incompetência desmoronou diante da engenharia germânica. Um genocídio futebolístico num horizonte nada belo. Fuzilamento implacável e que fora testemunhado por meninos e meninas de olhar esperança. A única fantasia respeitável naquela multidão de sonâmbulos. Sonho para dormir? Durmo para sonhar?
Mantenho com essa pátria uma relação inquebrantável de afeto. Fazer o quê? Felizmente, existe gosto para tudo e o meu esquema tático na manutenção dos vínculos continua com laterais que apoiam e volantes solidários com a artilharia. Que a nossa bola seja sempre macunaímica. Que um pensante-inventivo, Miguel Nicolelis- camisa 10- possa continuar produzindo golaços-próteses Pode ser o gol da rodada, um gol Nobel. Em horário nobre. Ele também brinca de Pelé e Mané.
quarta-feira, 9 de julho de 2014
1974-1994-2014, O primeiro beijo e a primeira Copa. Desilusões.
Soube , mas não li, que a escritora e jornalista Míriam Leitão escreveu um artigo intitulado " A Copa da Minha Vida". Um ótimo título para se tagarelar sobre o carnaval suíço- canivetes, relógios e vultosas cifras bancárias - que nos assombra a cada 4 anos. Parece até desconjuro de ano bissexto. Aquela voltinha do planeta terra que deixa o mês de Fevereiro um tiquinho mais comprido. Pensei em falar sobre isso numa entrevista para uma televisão holandesa, para qual uma amiga estava realizando um trabalho, antes dessa Copa do Mundo de 2014 começar. Infelizmente, não rolou a tal entrevista. Eu falaria sobre a Copa de 1994, mas que nem de longe foi a minha Copa inesquecível. A Copa de 1994 me fora sugerida porque a seleção brasileira de futebol venceu esse torneio depois de quase 25 anos de castidade. Portanto, um gozo aguardado tantricamente. Talvez por isso é que freudianamente se pode aferir que, quando ocorreu de fato, o tal gozo aguardado em bodas de prata, ele se mostrou muito aquém do que aquilo que fora requisitado, ou seja: um gozo total.
Fato é que nesses idos de 90s ( american way) a expectativa era outra. O país aguardava pelo resultado que uma novidade monetária- que se propunha reger as suas economias isto é, os seus ou os nossos, tesões, poderia apresentar. Uma espécie de trampolim de salvação para algo que se desenhava como impossível. O Brasil era uma piada mundial. Não se levava a sério uma economia que apresentava índices inflacionários de 3 ou 4 dígitos ao ano. Sem contar os índices de desenvolvimento dessa espécie que por aqui - até hoje- não são dos mais elogiáveis. Foram tantas as trocas monetárias- em três décadas houve pelo menos umas cinco- que por pouco não se retornou a períodos primevos da nossa civilização onde podia-se cambiar um cordeiro por uma casa no campo ou título de nobreza. ' Eu quero uma casa no campo'...Canção de ilusões.Quem sabe não foi uma sábia previsão de Zé Rodrix?
Na entrevista não concedida, falaria-se sobre a expectativa desse novo momento para um jovem de 28 anos. O jogo de bola teria ficado num segundo plano sem acréscimos ou prorrogação. Morte súbita já experimentávamos desde sempre. O país sede- para essa hollywood-cup- não tinha tradição alguma no esporte. A maioria dentre a sua gente não sabia porque a bola, desenhada com os pés e que buscava por alguma consagração não tinha aquele formato de dirigível, um Zeppelin Fuleco, e que o Football estadunidense utiliza nas suas arenas. Além da disponibilidade, lúcida e generosa, que o futebol ( soccer para eles) viabiliza aos seus praticantes quando decretam o empate ( um armistício desportivo) ao fim de uma batalha . Repartem ali, sangue feito de grama, os trunfos de uma igualdade momentânea. Porém, postergando-se tal igualdade chegamos a mais uma ilusão. Desde a declaração dos direitos humanos- após a guerra que parece não ter fim-, que a mentira sobre uma igualdade, impossível de fato, só nos afasta do que nos especifica.
Em 1994, a lembrança se mescla com as cenas de um 1974 ( 40 anos! ) e que desabaram sobre a cabeça, hoje pelada, feito um torpedo à Rivelino ou um furacão soprado de Jairzinhos. Quem disse que não ocorrem tornados abaixo do Equador? Pelas pontas, naquele período, ainda à direita. E não somente à direita das cabines de rádio ou à esquerda das tribunas de honra e cujo público que ali frequenta muitas vezes não merece honraria qualquer.
Hum mil novecentos e setenta e quatro - era assim que se escrevia num talão de cheque, hoje um quase objeto para leilões e sebos- foi a data que marca a estréia do pequeno ser- 8 anos então- nos mundiais futebolísticos.O primeiro jogo aconteceu num Sábado à tarde. Casa de amigo primeiro. Parece título de nobreza, e é. O amigo primeiro era o único irmão da menina do primeiro beijo. Ela treinava com os amigos do irmão a performance bucal, linguageira, para poder beijar futuros amantes entre boas e más maneiras. Olhinhos cerrados e ponto. Iniciados pela mocinha bem mais experiente que a gente. Claudia já tinha 10 anos de idade. Depois, descobrimos que esse órgão muscular- relacionado ao paladar e localizado na parte ventral da boca , segundo estudiosos-, chamado de língua, podia movimentar-se para os lados, para cima, para baixo, para outros órgão também podia. Vivendo e desaprendendo e aprendendo de novo.
Não queria portanto que a copa - realizada em território alemão, 1974- acabasse tão cedo. 'Pôxa ( expressão dos anos 70); Agora que a vida faz algum sentido, ele acaba? O sentido? Talvez? Mas qual? O da língua! Aquele gosto novo, macio. Aquele 'pas de deux' entre germes, fungos e outros micro elementos taradinhos. Aquela menina generosa e sua existência castanho-claro com óculos desde cedo a lhe facilitar as audiências. O irmão não se importava. Desfrutava de uma casquinha vez ou outra. E se divertiam à beça. Risos francos sem constrangimentos ou falsos moralismos. Enquanto essa felicidade aparece em memória, um livro de Marcel Duchamp se ilumina na mesa ao lado. Um pouquinho da sua história e por ali circulava aquela sua irmã predileta. Aquele tesão proibido que se articulou de um outro jeito, de outras formas.
Vinham de família da alta burguesia- os amiguinhos beijoqueiros- com toques de nobreza diplomática. A mãe se tornou consulesa na Itália. A madrasta por sua vez figurou de comandante num famoso hotel. Um cartão postal mundial de uma cidade conhecida como: Bacanas em Copa. As melhores e piores coisas - e por coisas tomemos tudo o que a nossa ignorância pode alcançar ou não- ocorrem em camadas extremas da sociedade. Aqui e somente dessa vez ( algo difícil para quem é viciado nisso) uma pequena digressão de quem aprendeu - com outros mestres e línguas próprias-, que um dos males que acometem certas produções científicas nesse país verde-amarelo e também com a famigerada Psicanálise é que ela está nas mãos de uma classe média paralisada, estacionada, cínica e encagaçada. E da América Ladrina. Não estou tirando o meu da reta. Muito pelo contrário. Até porque não há como fazê-lo. Qualquer ato de denegação evidencia a afirmação daquilo que está sendo negado e portanto recalcado, esquecido. Afastado do que se conhece como consciência. Nos anos setenta era comum a expressão 'semancol'. A figura insistia na recusa de não se mancar. Hojendía, fala-se em 'sem noção'. E os sem noção se multiplicam. Retornamos à Copa e algumas vicissitudes.
Assentados conforme o tamanho do traseiro de cada um, aquele primeiro jogo ( Brasil x Iugoslávia em 1974) terminou empatado. Algo que um estadunidense e sua voracidade típica não se conformam. Preferem até mesmo perder e sofrerem com a humilhação em serem xingados de 'losers' ( ofensa grave por lá) àquela igualdade impossível. No máximo algumas aproximações. Pode-se dizer o que se puder sobre eles, mas o pragmatismo que os caracteriza é de uma lucidez invejável.
O segundo embate foi contra a turma que veste uma saia colorida, eles a chamam de 'kilt', e são amamentados por um bom destilado. O embate foi testemunhado naquele colégio onde não me sentia tão bem. Tinha modos de uma prisão. Meia três quartos no vestir, hino nacional a ser cinicamente cantado ( adoravam cortejar a ditadura vigente) e um clima de esnobismo no ar. Típico de uma classe média com aspirações de deslumbramento. O primeiro dia foi terrível. Separando-se da mamãezinha, apavorado. Quem disse que sintomas próximos com o que se xingam as pessoas de autistas ou outras querelas não se apresentam a qualquer um enquanto mera possibilidade? Estão presentes em todas as mentes. A questão é saber onde está o gatilho para se ver como fazer.
Uma televisão com imagens preto no branco, pequenina e colocada no centro da sala de aula, encantava os pequenos. Era uma espécie de recreio extraordinário. Novamente o embate terminou empatado e com os mesmos gols não marcados. 'Cadê o Pelé?' - alguém reclamou. 'Parece que amarelou'- concluiu um segundo especialista. ' Vai se tornar astro de cinema estadunidense'- profetizou erroneamente um terceiro colega, cujo pai havia morrido e ele para mim era uma criança infeliz. Um dia, o namorado da mãe veio acompanhado-a num evento escolar. Ele fingiu um sorriso. Esse evento celebrava o dia dos pais. O filho sabia. Perguntei-lhe se queria o meu emprestado, mas ele disse que não era preciso e que estava bem. Leonardo, seu nome próprio, era o melhor aluno de matemática da minha série e eu tentei persegui-lo nesse talento durante algum tempo. Houve até um campeonato de matemática em que os nossos acertos eram metaforicamente transformados em espaçonaves feitas de papel ( espaçonave brasileira com tecnologia de época e própria). A cada acerto a espeçonave -e que fora desenhada por cada aluno- avançava universo a dentro. O filme de Stanley Kubrick , 2001 Uma Odisseia no espaço, era realidade recente. Kubrick parece que anteviu que o século XXI teria início em 2001 mesmo. Só que não foram naves e sim uns aviões malcriados, meio tortos, cambaleantes e repletos de boas intenções a assombrar os céus de Nova Iorque , num Setembro iniciado.
Eu admirava Leonardo do alto dos seus 8 anos incompletos. Contudo, como seria sem o pai? Já entendi que ele morreu, mas porque não retorna para jantar? Essa é a pergunta freudiana para exemplificar a não inscrição de morte no inconsciente. Fora feita por um garoto da sua época. E o mestre vai nos indicar então que aquilo que conceitou como Inconsciente- e que se tornou frase qualquer do botequim ao lado, mas profundo- não se trata de um adjetivo, e sim um substantivo. Melhor dizendo: uma estrutura.
Veio o terceiro embate contra uma seleção africana cujo país mudou de nome: o Zaire. Finalmente, uma vitória convincente. A primeira para o garoto. E depois houve mais um. Novamente contra um país que não há mais: Alemanha Oriental. Cabe o esclarecimento. A Alemanha comunista morreu no fim dos anos 80 , início dos 90, século passado. Juntou-se ao lado Ocidental e rico. Apesar dos muros e afins fizeram um pacto durante essa copa de 1974 - disputada na Alemanha Ocidental- para que fosse ela, a oriental e não a anfitriã, a enfrentar a seleção canarinho nas oitavas de final do torneio. Quanto receberam pelo acordo é segredo que nem os muros derrubados revelaram. Afonso Romano de Sant'Ana, poeta brasileiro, escreveria 15 anos depois (1989) que algo se erguera sobre ele com a queda desse muro. Bonito texto. Então, contra essa parte oriental da Alemanha, o craque Rivelino e sua patada atômica decidiram a peleja numa cobrança de falta.
Em seguida, as quartas de final que costumam ser os primeiros jogos mais difíceis para quem almeja acariciar troféus ao final da brincadeira de bola. E não poderia ser outro senão o vizinho mais conhecido e odiado, porque muito querido em algum canto da alma.: aquela Argentina. Aquele sintoma clássico que está mais ao sul e que sempre pretende se fingir de alguma outra coisa que tenha lhe atingido via a vetusta - quiça sofisticada- Europa. Primeiro jogo colorido. Televisão recém comprada na loja que exibia essa novidade da tecnologia de outrora: a vida mais colorida. Tudo isso se passando na casa de um tio que nos levou após a partida para um boteco em que ele iniciou pós graduação. Tornou-se pós-doutor e sócio atleta do local. É quase uma lenda por lá. Bebeu com os amigos e a garotada brindou com umas balinhas infantis. Ah! A seleção venceu por 2 x 1 ( O furacão Jairzinho ainda a soprar e Leivinha. Os seus algozes), e alguns garotos tornaram-se pós doutores em outros botecos afins.
Numa tarde-noite de uma terça-feira ( o dia da semana pode não ser bem esse, mas passa a ser), do mês de Junho de 1974, fiz um dos primeiros lutos da vida. A esperança morria diante daquele aparelho - nesse caso descolorido pela apatia do resultado- e da irreversibilidade do fato. Não se podia passar o jogo novamente e mudar o seu resultado. Aquele chute torto, aquele goleiro feito de intransponibilidades, aquela falta equivocada, A equipe atônita diante de uma laranjada que não se fazia com laranjas tropicais. Não se conhecia aquele sabor. Pareciam o menino e seu beijo primeiro. Aquela formação boca macia de uma menina. Não havia rede de satélites, faxes, e-mails, internet, celulares e outros brinquedos deliciosamente chatos de hoje. Um autorama era o máximo que um garoto queria para se pretender Emerson Fittipaldi ou Ronnie Peterson. Esse último foi um sueco que voava com armas gravíticas. Morreu asfixiado pela fumaça do seu carro que se incendiou na largada de um desses grandes prêmios.
Ninguém naquela comissão técnica tinha estudado o esquema dos caras da Holanda. Achavam que Van Gogh poderia estar no ataque batendo bola com Rembrandt ou até um Spinoza, excomungado por todos os lados, a provocar algum Erasmo e o seu catolicismo fervoroso. Partida entre artistas e artistas. Chamados filósofos. O Ajax, clube da capital do país, era tricampeão europeu e a base daquele mágico sabor laranjada. Não se conhecia a artilharia inimiga e tínhamos o caneco anterior nas mãos ( 1970). Ignorância ao transar com arrogância pode ter efeitos colaterais amargos. Era coisa de um outro mundo. Hum mil novecentos e setenta e quatro teve início há muito tempo e prossegue por aqui. Não mais pela caneta esferográfica a dar-lhe sentido, mas pelo tec-tec de um teclado computadorizado com seu binarismo contemporâneo.
Já não há lembrança se havia escola descente, transporte tampouco. Segurança pública era desnecessária , pois os militares e a sua autossuficiência- que se revelaria impotente com os anos a correr- supunham possuir uma blindagem intransponível. Nas cidades, cujo crescimento era histérico, as favelas se multiplicavam. Nunca aquela planta- daí a etiologia do nome que batiza esses condomínios- pudera supor que brotaria de tal modo e com tamanha extensão. Ao lado da janela do quarto de dormir ( Nosso obrigado a Beto Guedes pela canção), hoje, exibe-se um monstro tal, arquitetado pelo poder público e com a cumplicidade da sociedade civil, podendo-se avistar nesses dias de inverno- verão ( é bipolar a estação) a destruição que um dia se chamara de engenharia. Vejam no que transformamos a cidade ex-maravilha! Esse engalfinhar de cimentos, pedras e rochas e almas penadas a viver imprensados e imprensando a todos os mesmos. Ah! É que o espaço por aqui é curto- advertiu um moço que destrói sonhos. E um certo tipo de ganância é a mãe de todas as histerias- lembrei-o.
A única manifestação que importa, pela qual insisto em gozar, e com palpitações e um corpo aquecido pela tara que nos estrutura é daquele primeiro esbarrão de línguas e lábios da minha infância presente. Toda neura perece de infantilismos.Obtenho de retorno esses nossos 8 anos que prosseguem.
Fato é que nesses idos de 90s ( american way) a expectativa era outra. O país aguardava pelo resultado que uma novidade monetária- que se propunha reger as suas economias isto é, os seus ou os nossos, tesões, poderia apresentar. Uma espécie de trampolim de salvação para algo que se desenhava como impossível. O Brasil era uma piada mundial. Não se levava a sério uma economia que apresentava índices inflacionários de 3 ou 4 dígitos ao ano. Sem contar os índices de desenvolvimento dessa espécie que por aqui - até hoje- não são dos mais elogiáveis. Foram tantas as trocas monetárias- em três décadas houve pelo menos umas cinco- que por pouco não se retornou a períodos primevos da nossa civilização onde podia-se cambiar um cordeiro por uma casa no campo ou título de nobreza. ' Eu quero uma casa no campo'...Canção de ilusões.Quem sabe não foi uma sábia previsão de Zé Rodrix?
Na entrevista não concedida, falaria-se sobre a expectativa desse novo momento para um jovem de 28 anos. O jogo de bola teria ficado num segundo plano sem acréscimos ou prorrogação. Morte súbita já experimentávamos desde sempre. O país sede- para essa hollywood-cup- não tinha tradição alguma no esporte. A maioria dentre a sua gente não sabia porque a bola, desenhada com os pés e que buscava por alguma consagração não tinha aquele formato de dirigível, um Zeppelin Fuleco, e que o Football estadunidense utiliza nas suas arenas. Além da disponibilidade, lúcida e generosa, que o futebol ( soccer para eles) viabiliza aos seus praticantes quando decretam o empate ( um armistício desportivo) ao fim de uma batalha . Repartem ali, sangue feito de grama, os trunfos de uma igualdade momentânea. Porém, postergando-se tal igualdade chegamos a mais uma ilusão. Desde a declaração dos direitos humanos- após a guerra que parece não ter fim-, que a mentira sobre uma igualdade, impossível de fato, só nos afasta do que nos especifica.
Em 1994, a lembrança se mescla com as cenas de um 1974 ( 40 anos! ) e que desabaram sobre a cabeça, hoje pelada, feito um torpedo à Rivelino ou um furacão soprado de Jairzinhos. Quem disse que não ocorrem tornados abaixo do Equador? Pelas pontas, naquele período, ainda à direita. E não somente à direita das cabines de rádio ou à esquerda das tribunas de honra e cujo público que ali frequenta muitas vezes não merece honraria qualquer.
Hum mil novecentos e setenta e quatro - era assim que se escrevia num talão de cheque, hoje um quase objeto para leilões e sebos- foi a data que marca a estréia do pequeno ser- 8 anos então- nos mundiais futebolísticos.O primeiro jogo aconteceu num Sábado à tarde. Casa de amigo primeiro. Parece título de nobreza, e é. O amigo primeiro era o único irmão da menina do primeiro beijo. Ela treinava com os amigos do irmão a performance bucal, linguageira, para poder beijar futuros amantes entre boas e más maneiras. Olhinhos cerrados e ponto. Iniciados pela mocinha bem mais experiente que a gente. Claudia já tinha 10 anos de idade. Depois, descobrimos que esse órgão muscular- relacionado ao paladar e localizado na parte ventral da boca , segundo estudiosos-, chamado de língua, podia movimentar-se para os lados, para cima, para baixo, para outros órgão também podia. Vivendo e desaprendendo e aprendendo de novo.
Não queria portanto que a copa - realizada em território alemão, 1974- acabasse tão cedo. 'Pôxa ( expressão dos anos 70); Agora que a vida faz algum sentido, ele acaba? O sentido? Talvez? Mas qual? O da língua! Aquele gosto novo, macio. Aquele 'pas de deux' entre germes, fungos e outros micro elementos taradinhos. Aquela menina generosa e sua existência castanho-claro com óculos desde cedo a lhe facilitar as audiências. O irmão não se importava. Desfrutava de uma casquinha vez ou outra. E se divertiam à beça. Risos francos sem constrangimentos ou falsos moralismos. Enquanto essa felicidade aparece em memória, um livro de Marcel Duchamp se ilumina na mesa ao lado. Um pouquinho da sua história e por ali circulava aquela sua irmã predileta. Aquele tesão proibido que se articulou de um outro jeito, de outras formas.
Vinham de família da alta burguesia- os amiguinhos beijoqueiros- com toques de nobreza diplomática. A mãe se tornou consulesa na Itália. A madrasta por sua vez figurou de comandante num famoso hotel. Um cartão postal mundial de uma cidade conhecida como: Bacanas em Copa. As melhores e piores coisas - e por coisas tomemos tudo o que a nossa ignorância pode alcançar ou não- ocorrem em camadas extremas da sociedade. Aqui e somente dessa vez ( algo difícil para quem é viciado nisso) uma pequena digressão de quem aprendeu - com outros mestres e línguas próprias-, que um dos males que acometem certas produções científicas nesse país verde-amarelo e também com a famigerada Psicanálise é que ela está nas mãos de uma classe média paralisada, estacionada, cínica e encagaçada. E da América Ladrina. Não estou tirando o meu da reta. Muito pelo contrário. Até porque não há como fazê-lo. Qualquer ato de denegação evidencia a afirmação daquilo que está sendo negado e portanto recalcado, esquecido. Afastado do que se conhece como consciência. Nos anos setenta era comum a expressão 'semancol'. A figura insistia na recusa de não se mancar. Hojendía, fala-se em 'sem noção'. E os sem noção se multiplicam. Retornamos à Copa e algumas vicissitudes.
Assentados conforme o tamanho do traseiro de cada um, aquele primeiro jogo ( Brasil x Iugoslávia em 1974) terminou empatado. Algo que um estadunidense e sua voracidade típica não se conformam. Preferem até mesmo perder e sofrerem com a humilhação em serem xingados de 'losers' ( ofensa grave por lá) àquela igualdade impossível. No máximo algumas aproximações. Pode-se dizer o que se puder sobre eles, mas o pragmatismo que os caracteriza é de uma lucidez invejável.
O segundo embate foi contra a turma que veste uma saia colorida, eles a chamam de 'kilt', e são amamentados por um bom destilado. O embate foi testemunhado naquele colégio onde não me sentia tão bem. Tinha modos de uma prisão. Meia três quartos no vestir, hino nacional a ser cinicamente cantado ( adoravam cortejar a ditadura vigente) e um clima de esnobismo no ar. Típico de uma classe média com aspirações de deslumbramento. O primeiro dia foi terrível. Separando-se da mamãezinha, apavorado. Quem disse que sintomas próximos com o que se xingam as pessoas de autistas ou outras querelas não se apresentam a qualquer um enquanto mera possibilidade? Estão presentes em todas as mentes. A questão é saber onde está o gatilho para se ver como fazer.
Uma televisão com imagens preto no branco, pequenina e colocada no centro da sala de aula, encantava os pequenos. Era uma espécie de recreio extraordinário. Novamente o embate terminou empatado e com os mesmos gols não marcados. 'Cadê o Pelé?' - alguém reclamou. 'Parece que amarelou'- concluiu um segundo especialista. ' Vai se tornar astro de cinema estadunidense'- profetizou erroneamente um terceiro colega, cujo pai havia morrido e ele para mim era uma criança infeliz. Um dia, o namorado da mãe veio acompanhado-a num evento escolar. Ele fingiu um sorriso. Esse evento celebrava o dia dos pais. O filho sabia. Perguntei-lhe se queria o meu emprestado, mas ele disse que não era preciso e que estava bem. Leonardo, seu nome próprio, era o melhor aluno de matemática da minha série e eu tentei persegui-lo nesse talento durante algum tempo. Houve até um campeonato de matemática em que os nossos acertos eram metaforicamente transformados em espaçonaves feitas de papel ( espaçonave brasileira com tecnologia de época e própria). A cada acerto a espeçonave -e que fora desenhada por cada aluno- avançava universo a dentro. O filme de Stanley Kubrick , 2001 Uma Odisseia no espaço, era realidade recente. Kubrick parece que anteviu que o século XXI teria início em 2001 mesmo. Só que não foram naves e sim uns aviões malcriados, meio tortos, cambaleantes e repletos de boas intenções a assombrar os céus de Nova Iorque , num Setembro iniciado.
Eu admirava Leonardo do alto dos seus 8 anos incompletos. Contudo, como seria sem o pai? Já entendi que ele morreu, mas porque não retorna para jantar? Essa é a pergunta freudiana para exemplificar a não inscrição de morte no inconsciente. Fora feita por um garoto da sua época. E o mestre vai nos indicar então que aquilo que conceitou como Inconsciente- e que se tornou frase qualquer do botequim ao lado, mas profundo- não se trata de um adjetivo, e sim um substantivo. Melhor dizendo: uma estrutura.
Veio o terceiro embate contra uma seleção africana cujo país mudou de nome: o Zaire. Finalmente, uma vitória convincente. A primeira para o garoto. E depois houve mais um. Novamente contra um país que não há mais: Alemanha Oriental. Cabe o esclarecimento. A Alemanha comunista morreu no fim dos anos 80 , início dos 90, século passado. Juntou-se ao lado Ocidental e rico. Apesar dos muros e afins fizeram um pacto durante essa copa de 1974 - disputada na Alemanha Ocidental- para que fosse ela, a oriental e não a anfitriã, a enfrentar a seleção canarinho nas oitavas de final do torneio. Quanto receberam pelo acordo é segredo que nem os muros derrubados revelaram. Afonso Romano de Sant'Ana, poeta brasileiro, escreveria 15 anos depois (1989) que algo se erguera sobre ele com a queda desse muro. Bonito texto. Então, contra essa parte oriental da Alemanha, o craque Rivelino e sua patada atômica decidiram a peleja numa cobrança de falta.
Em seguida, as quartas de final que costumam ser os primeiros jogos mais difíceis para quem almeja acariciar troféus ao final da brincadeira de bola. E não poderia ser outro senão o vizinho mais conhecido e odiado, porque muito querido em algum canto da alma.: aquela Argentina. Aquele sintoma clássico que está mais ao sul e que sempre pretende se fingir de alguma outra coisa que tenha lhe atingido via a vetusta - quiça sofisticada- Europa. Primeiro jogo colorido. Televisão recém comprada na loja que exibia essa novidade da tecnologia de outrora: a vida mais colorida. Tudo isso se passando na casa de um tio que nos levou após a partida para um boteco em que ele iniciou pós graduação. Tornou-se pós-doutor e sócio atleta do local. É quase uma lenda por lá. Bebeu com os amigos e a garotada brindou com umas balinhas infantis. Ah! A seleção venceu por 2 x 1 ( O furacão Jairzinho ainda a soprar e Leivinha. Os seus algozes), e alguns garotos tornaram-se pós doutores em outros botecos afins.
Numa tarde-noite de uma terça-feira ( o dia da semana pode não ser bem esse, mas passa a ser), do mês de Junho de 1974, fiz um dos primeiros lutos da vida. A esperança morria diante daquele aparelho - nesse caso descolorido pela apatia do resultado- e da irreversibilidade do fato. Não se podia passar o jogo novamente e mudar o seu resultado. Aquele chute torto, aquele goleiro feito de intransponibilidades, aquela falta equivocada, A equipe atônita diante de uma laranjada que não se fazia com laranjas tropicais. Não se conhecia aquele sabor. Pareciam o menino e seu beijo primeiro. Aquela formação boca macia de uma menina. Não havia rede de satélites, faxes, e-mails, internet, celulares e outros brinquedos deliciosamente chatos de hoje. Um autorama era o máximo que um garoto queria para se pretender Emerson Fittipaldi ou Ronnie Peterson. Esse último foi um sueco que voava com armas gravíticas. Morreu asfixiado pela fumaça do seu carro que se incendiou na largada de um desses grandes prêmios.
Ninguém naquela comissão técnica tinha estudado o esquema dos caras da Holanda. Achavam que Van Gogh poderia estar no ataque batendo bola com Rembrandt ou até um Spinoza, excomungado por todos os lados, a provocar algum Erasmo e o seu catolicismo fervoroso. Partida entre artistas e artistas. Chamados filósofos. O Ajax, clube da capital do país, era tricampeão europeu e a base daquele mágico sabor laranjada. Não se conhecia a artilharia inimiga e tínhamos o caneco anterior nas mãos ( 1970). Ignorância ao transar com arrogância pode ter efeitos colaterais amargos. Era coisa de um outro mundo. Hum mil novecentos e setenta e quatro teve início há muito tempo e prossegue por aqui. Não mais pela caneta esferográfica a dar-lhe sentido, mas pelo tec-tec de um teclado computadorizado com seu binarismo contemporâneo.
Já não há lembrança se havia escola descente, transporte tampouco. Segurança pública era desnecessária , pois os militares e a sua autossuficiência- que se revelaria impotente com os anos a correr- supunham possuir uma blindagem intransponível. Nas cidades, cujo crescimento era histérico, as favelas se multiplicavam. Nunca aquela planta- daí a etiologia do nome que batiza esses condomínios- pudera supor que brotaria de tal modo e com tamanha extensão. Ao lado da janela do quarto de dormir ( Nosso obrigado a Beto Guedes pela canção), hoje, exibe-se um monstro tal, arquitetado pelo poder público e com a cumplicidade da sociedade civil, podendo-se avistar nesses dias de inverno- verão ( é bipolar a estação) a destruição que um dia se chamara de engenharia. Vejam no que transformamos a cidade ex-maravilha! Esse engalfinhar de cimentos, pedras e rochas e almas penadas a viver imprensados e imprensando a todos os mesmos. Ah! É que o espaço por aqui é curto- advertiu um moço que destrói sonhos. E um certo tipo de ganância é a mãe de todas as histerias- lembrei-o.
A única manifestação que importa, pela qual insisto em gozar, e com palpitações e um corpo aquecido pela tara que nos estrutura é daquele primeiro esbarrão de línguas e lábios da minha infância presente. Toda neura perece de infantilismos.Obtenho de retorno esses nossos 8 anos que prosseguem.
quarta-feira, 25 de junho de 2014
O mazombo atacou outra vez.
La hinchada argentina é incomparável. E querem uma final com eles. Boleiro de verdade não quer. Recordo João Saldanha em sua última copa quando respondia ao narrador Paulo Stein , hoje na Sport TV e ainda tricolor, avisado por ele que faríamos a primeira partida eliminatória contra a Argentina. Eram as oitavas de final da Copa de 1990, no gramado em forma de bota. Itália, seu pouso. Saldanha, O valentão, dizia: ' Não temos como evitar essa desgraça'? Profético. Morreu antes. Seu coração lhe poupou o sacrifício de mais uma agonia lazaronica, lazarenta.
O país confundia o técnico Sebastião Lazaroni- cria do meu falido clube- e o jogador Dunga como sendo protagonistas do confisco da grana- roubaram até a poupança dos velhinhos- ocorrido alguns meses antes de Copa pelo governo Collor. Fez uma primeira fase, canarinhos, só com vitórias. A vizinha perdeu de cara para Camarões. Diego, para os íntimos e Maradona para nosotros, estava lá. Foram sacaneados. Algumas semanas depois, eliminavam a Itália em Roma. Diego- tornei-me íntimo agora- jogou no ventilador que o Sul da Itália- ele criou uma esquadra que não havia chamada Nápoles- era discriminada pelo Centro- Norte do País da bota. Fez seu gol de placa. Criou uma confusão dos diabos na Itália. São catimbeiros como ninguém. Chegaram à decisão. Perderam, mas deixaram o resto de sangue das Malvinas naquele Coliseu romano.
Portanto, se a desgraça não puder ser evitada que ao menos a humilhação nas arquibancadas- que acontecerá- seja mitigada. Mudar um pouco o abominável e mentiroso refrão ( como diz o poeta e amigo Marcelo Henrique Marques de Souza " esse souvenir de estações travestido de patriotismo") , "Com muito orgulho...e certo horror", por algo mais maneirista, ou seja, mais brazuca, mais Rodriguiano, Magniniano, Caetânico e Roseado de Guimarães com seus Machados nos pés. Um Jobim Brasileiro.
Duvido que A Fifa se meta com eles. Transformar a Caixa de Bombons mais famosa e mais ensurdecedora, por exemplo, num conglomerado de Arteplex para deslumbrados subservientes em vislumbre de meio HD. Cadê que barraram a hinchada! Barraram a nossa. Vuvuzela neles.
O país confundia o técnico Sebastião Lazaroni- cria do meu falido clube- e o jogador Dunga como sendo protagonistas do confisco da grana- roubaram até a poupança dos velhinhos- ocorrido alguns meses antes de Copa pelo governo Collor. Fez uma primeira fase, canarinhos, só com vitórias. A vizinha perdeu de cara para Camarões. Diego, para os íntimos e Maradona para nosotros, estava lá. Foram sacaneados. Algumas semanas depois, eliminavam a Itália em Roma. Diego- tornei-me íntimo agora- jogou no ventilador que o Sul da Itália- ele criou uma esquadra que não havia chamada Nápoles- era discriminada pelo Centro- Norte do País da bota. Fez seu gol de placa. Criou uma confusão dos diabos na Itália. São catimbeiros como ninguém. Chegaram à decisão. Perderam, mas deixaram o resto de sangue das Malvinas naquele Coliseu romano.
Portanto, se a desgraça não puder ser evitada que ao menos a humilhação nas arquibancadas- que acontecerá- seja mitigada. Mudar um pouco o abominável e mentiroso refrão ( como diz o poeta e amigo Marcelo Henrique Marques de Souza " esse souvenir de estações travestido de patriotismo") , "Com muito orgulho...e certo horror", por algo mais maneirista, ou seja, mais brazuca, mais Rodriguiano, Magniniano, Caetânico e Roseado de Guimarães com seus Machados nos pés. Um Jobim Brasileiro.
Duvido que A Fifa se meta com eles. Transformar a Caixa de Bombons mais famosa e mais ensurdecedora, por exemplo, num conglomerado de Arteplex para deslumbrados subservientes em vislumbre de meio HD. Cadê que barraram a hinchada! Barraram a nossa. Vuvuzela neles.
quinta-feira, 19 de junho de 2014
Pegadinhas do futebol.
Um jogo entre Japão e Grécia foi feito para derrubar os locutores esportivos. Passando a pelota para Osako ou Kagawa, mas o Grego Papastathopoulos ( cético pirrônico) a atrapalhar. Lembro aqui o episódio que o jornalista Washington Rodrigues, Apolinho, do Rio, viveu e compartilhou conosco.
Jogavam Brasil e Áustria. Um jogo amistoso, ou seja, embromação enfarpelada. No time austríaco havia um jogador cujo nome praticamente só tinha consoantes: Thwschjyrwya ( algo assim). E não é que a figura- que estava no banco de reservas- foi chamado para entrar em campo! Apolinho avisou ao lendário locutor que transmitia o jogo pela Rádio Globo (Waldir Amaral , a quem tive o prazer de escutar suas prosas, ao vivo, no Clube Caiçaras) : "Substituição na Áustria, Waldir".
- Quem vai entrar?- indagou o narrador
-Thwsschynya- xingou Apolinho.
-Quem?-insistiu o dono da voz.
-Sdrtwtplkgfrsdi- tentou novamente- com esse outro algoritmo um pouco mais simples- o rubro-negro jornalista.
Após o terceiro 'QUEM?', Washington, trepidante Apolinho, resolveu a agonia:
- Zé!!! Quem entra no time da Áustria é o ponta-direita ( não existe mais isso no futebol de hoje) ZÉ, Waldir!
Waldir achou ótimo e narrou até o fim aquele jogo entre os ZÉS Cariocas e aquele único Zé que se lambuzava feito menino pelas pontas. E naquela época, o país estava mesmo mais à direita.
Esse Zé específico, conterrâneo de Freud. Quem sabe nascido, há controvérsias, na tropical Salzburg ou na não menos bela Innsbruck.
Jogavam Brasil e Áustria. Um jogo amistoso, ou seja, embromação enfarpelada. No time austríaco havia um jogador cujo nome praticamente só tinha consoantes: Thwschjyrwya ( algo assim). E não é que a figura- que estava no banco de reservas- foi chamado para entrar em campo! Apolinho avisou ao lendário locutor que transmitia o jogo pela Rádio Globo (Waldir Amaral , a quem tive o prazer de escutar suas prosas, ao vivo, no Clube Caiçaras) : "Substituição na Áustria, Waldir".
- Quem vai entrar?- indagou o narrador
-Thwsschynya- xingou Apolinho.
-Quem?-insistiu o dono da voz.
-Sdrtwtplkgfrsdi- tentou novamente- com esse outro algoritmo um pouco mais simples- o rubro-negro jornalista.
Após o terceiro 'QUEM?', Washington, trepidante Apolinho, resolveu a agonia:
- Zé!!! Quem entra no time da Áustria é o ponta-direita ( não existe mais isso no futebol de hoje) ZÉ, Waldir!
Waldir achou ótimo e narrou até o fim aquele jogo entre os ZÉS Cariocas e aquele único Zé que se lambuzava feito menino pelas pontas. E naquela época, o país estava mesmo mais à direita.
Esse Zé específico, conterrâneo de Freud. Quem sabe nascido, há controvérsias, na tropical Salzburg ou na não menos bela Innsbruck.
sexta-feira, 30 de maio de 2014
Nos tempos de Mujica e dos baseados oficiais. Uma figura do Leblon: General Artigas.
Primeiro a rua Igarapava; rua Aperana em seguida e depois sobe-se mais um pouquinho, pois quando o fôlego não lhe fizer mais companhia aproveite o tronco solidário de uma das muitas árvores que ali residem para uma pausa. Pode-se optar pela sobrevivência. Não é necessário, não é preciso. Nenhum tipo de imperativo em jogo diante do alerta que sopra um poeta lusitano. À sua época, navegar era preciso. Numa jangada de saramagos e os novos mundos à vista.
Portugal se constituía de descobrimentos e terremotos. Fizeram pelos mares o que estadunidenses, russos e agora chinos fazem no espaço. Não sucumbira, sua capital lisboeta, quase dois séculos antes, porque um nobre Pombal, um certo marquês, agiu através da frase, quase profecia, e que também fora dita por um alcaide novaiorquino diante do terremoto árabe, torres univitelinas massacradas, ano 2001, em seu próprio território: " Enterremos os mortos e cuidemos dos vivos". Em estados de exceção, precisam-se de atos soberanos. Mas para existir soberania há de se fazer estado, nação de fato. Caso contrário pode não sucumbir mas transformar-se em estado sucupira. Aquela nação dos Odoricos, dos Zecas Endiabrados. Jangada de Dias Gomes.
Perambulando por dentre ruas até navegáveis um pedaço da história brasileira surge. E ela surge através da estranja e sua presença quase onipotente diante dos olhar subserviente de nossa gente. Pelos lados do fim do mundo, parece terminar na Patagônia, o estrangeiro detém um monopólio de saberes. Eles podem pensar. A gente por aqui consente. Se juízo tem. Felizmente, há herói desajuizado. E já houve muitos.
Desde ali, reside também, fazendo companhia aos troncos e tantas árvores, aquela rua daquele general uruguaio que junto com seus aliados paraguaios rebelou-se contra a província de Buenos Aires, contra os mandatários de sua capital, Montevidéu, para se livrar de uma vez por todas e para todos dos seus colonizadores espanhóis. General Artigas, seu posto. Encontra-se com um San Martin festejado e não esquecido. Em alguma esquina da cidade. Artigas ao responder a alguns dos seus inquisidores lembrava-lhes que era possível uma terra com jeito e cara uruguaia. Conseguiu. Estamos no século XIX e ele teve que se exilar por trinta anos, já que fora traído pela própria turma que supunha ser sua também. Foi resgatado por um pintor compatriota ( Juan Manoel Blanes) que teve acesso aos desenhos pintados por quem fora enviado- um espião espanhol- para assassinar o General em seu acampamento, no seu front. Fracassou pois aderiu ao movimento. De fato, martirizou-se pela morte de um soldado, e amigo do militar herói , a quem plantou uma armadilha fatal para não ter a identidade revelada. Quem o matou foram os mesmos portenhos que o enviaram para assassinar Artigas.
Como se vê pouco mudou abaixo das calcinhas do equador.
O quadro pintado, rejeitado algumas vezes na sua versão primeira, tem cópias espalhadas pelo país inteiro. Lá no pequenino e tinhoso Uruguai que se assemelha em dimensões ao Leblon. Bairro onde essas ruas descansam e se exibem em guerra e paz. Alusões ao Tolstói rebelde.
Mormente por um ataque de saudosismo ao antever a ameaça presente do buraco fundo em que mundo algum faz morada. A melancolia analisada, desnuda, por Freud e aquela que Lars Von Trier sonhou em filme recente. ' Tenho pânico de me ver presa nas ferragens'- dizia sempre uma voz saudosa que não se cala. No que lhe foi apontada: ' Você já está nas ferragens. Relaxe.'
Misturam-se sentimentos contrários, opostos que não se fundem, mas que podem formar uma boa piada nova. Um chiste não é condensação de contrários. É uma nova versão com alguns opostos existentes e que se disseram presentes. E poderia ser uma outra. Mundo mundo vasto mundo. Também houve essa de Carlos Drummond. Ele virou para além de autor que não morre uma estátua de bronze que vigia o vai e vem dos andarilhos na calçada famosa do Oceano Copacabana. Postada há alguns poucos quilômetros, direção ao centro, de Artigas e Martín. Sacaneada quase sempre por algum imbecil ressentido por ignorâncias e que insiste em lhe afanar os óculos.
O eterno retorno traz eventos que se sucedem de tempos em tempos. O roteiro parece ser igual mas não é. Algumas repetições por certo são previsíveis e arrefecem - ao menos faz de conta- a desilusão que todo caso a caso, todo imponderável, toda fortuna que chamamos de sorte ou azar, todo o infinito pelo qual se estende a mão na direção do coisa alguma, como numa invocação por salvação. 'Você sempre esteve nas ferragens'. Resta saber como soltar o cinto para continuar saltando bem para dentro. Saltando sobre as pedrinhas lusitanas, da terra do poeta primeiro; dobrando a outra rua, escorando o tronco de mais uma árvore e saudando - continência respeitosa- ao General-Rua que não temeu- sofreu muito.Isso sim- reconhecer que estava desde sempre sozinho e muito bem acompanhado. Ele, as suas referências, as suas ideias, os seus projetos. O país Artigas.
Portugal se constituía de descobrimentos e terremotos. Fizeram pelos mares o que estadunidenses, russos e agora chinos fazem no espaço. Não sucumbira, sua capital lisboeta, quase dois séculos antes, porque um nobre Pombal, um certo marquês, agiu através da frase, quase profecia, e que também fora dita por um alcaide novaiorquino diante do terremoto árabe, torres univitelinas massacradas, ano 2001, em seu próprio território: " Enterremos os mortos e cuidemos dos vivos". Em estados de exceção, precisam-se de atos soberanos. Mas para existir soberania há de se fazer estado, nação de fato. Caso contrário pode não sucumbir mas transformar-se em estado sucupira. Aquela nação dos Odoricos, dos Zecas Endiabrados. Jangada de Dias Gomes.
Perambulando por dentre ruas até navegáveis um pedaço da história brasileira surge. E ela surge através da estranja e sua presença quase onipotente diante dos olhar subserviente de nossa gente. Pelos lados do fim do mundo, parece terminar na Patagônia, o estrangeiro detém um monopólio de saberes. Eles podem pensar. A gente por aqui consente. Se juízo tem. Felizmente, há herói desajuizado. E já houve muitos.
Desde ali, reside também, fazendo companhia aos troncos e tantas árvores, aquela rua daquele general uruguaio que junto com seus aliados paraguaios rebelou-se contra a província de Buenos Aires, contra os mandatários de sua capital, Montevidéu, para se livrar de uma vez por todas e para todos dos seus colonizadores espanhóis. General Artigas, seu posto. Encontra-se com um San Martin festejado e não esquecido. Em alguma esquina da cidade. Artigas ao responder a alguns dos seus inquisidores lembrava-lhes que era possível uma terra com jeito e cara uruguaia. Conseguiu. Estamos no século XIX e ele teve que se exilar por trinta anos, já que fora traído pela própria turma que supunha ser sua também. Foi resgatado por um pintor compatriota ( Juan Manoel Blanes) que teve acesso aos desenhos pintados por quem fora enviado- um espião espanhol- para assassinar o General em seu acampamento, no seu front. Fracassou pois aderiu ao movimento. De fato, martirizou-se pela morte de um soldado, e amigo do militar herói , a quem plantou uma armadilha fatal para não ter a identidade revelada. Quem o matou foram os mesmos portenhos que o enviaram para assassinar Artigas.
Como se vê pouco mudou abaixo das calcinhas do equador.
O quadro pintado, rejeitado algumas vezes na sua versão primeira, tem cópias espalhadas pelo país inteiro. Lá no pequenino e tinhoso Uruguai que se assemelha em dimensões ao Leblon. Bairro onde essas ruas descansam e se exibem em guerra e paz. Alusões ao Tolstói rebelde.
Mormente por um ataque de saudosismo ao antever a ameaça presente do buraco fundo em que mundo algum faz morada. A melancolia analisada, desnuda, por Freud e aquela que Lars Von Trier sonhou em filme recente. ' Tenho pânico de me ver presa nas ferragens'- dizia sempre uma voz saudosa que não se cala. No que lhe foi apontada: ' Você já está nas ferragens. Relaxe.'
Misturam-se sentimentos contrários, opostos que não se fundem, mas que podem formar uma boa piada nova. Um chiste não é condensação de contrários. É uma nova versão com alguns opostos existentes e que se disseram presentes. E poderia ser uma outra. Mundo mundo vasto mundo. Também houve essa de Carlos Drummond. Ele virou para além de autor que não morre uma estátua de bronze que vigia o vai e vem dos andarilhos na calçada famosa do Oceano Copacabana. Postada há alguns poucos quilômetros, direção ao centro, de Artigas e Martín. Sacaneada quase sempre por algum imbecil ressentido por ignorâncias e que insiste em lhe afanar os óculos.
O eterno retorno traz eventos que se sucedem de tempos em tempos. O roteiro parece ser igual mas não é. Algumas repetições por certo são previsíveis e arrefecem - ao menos faz de conta- a desilusão que todo caso a caso, todo imponderável, toda fortuna que chamamos de sorte ou azar, todo o infinito pelo qual se estende a mão na direção do coisa alguma, como numa invocação por salvação. 'Você sempre esteve nas ferragens'. Resta saber como soltar o cinto para continuar saltando bem para dentro. Saltando sobre as pedrinhas lusitanas, da terra do poeta primeiro; dobrando a outra rua, escorando o tronco de mais uma árvore e saudando - continência respeitosa- ao General-Rua que não temeu- sofreu muito.Isso sim- reconhecer que estava desde sempre sozinho e muito bem acompanhado. Ele, as suas referências, as suas ideias, os seus projetos. O país Artigas.
domingo, 25 de maio de 2014
A coluna de Fernando Gabeira no Estadão de ontem, dia 24/05, traz um olhar importante sobre a famigerada Copa Do Mundo. Eu acrescentaria duas coisas:uma é que resolvi crer que nenhum mandatário no país vai faturar ( ou tenha faturado) tanto politicamente quanto àquela que ocupa o palácio candango no momento. Se perder, perde pouco. Mas se ganhar.. Segundo que , há 7 anos, quando houve a escolha do país para sediar a pelada suíça, fui voz apupada ( chamada de pessimista, derrotista) junto com outros muitos sobre o quê poderia acontecer. Gastos, roubalheira, populismo, desfaçatez, mentiras, arbitrariedades apelidadas oportunamente de democráticas e por aí vai. A lista é enorme. É onde o país carnaval faz série, seriação,seriedades...
Faltando pouco mais de duas semanas, não adianta. O estrago já está bem feito. Que ao menos se receba bem e com civilidade os que por aqui se aventuram. É bom saber que não se é otário sozinho. Há otário na estranja, hablando, speaking quelque chose..... Caso contrário será ainda pior. E não será pior para os mesmos que desmandam. Será o sempre pior adivinhem para quem?
A FIFA é uma organização sadomasoquista de primeira. A próxima Copa Suíça será na brisa fresca do Qatar. E por lá, acredito que sheik algum vai se submeter aos sorteios para compra de ingressos para suas odaliscas feministas. Elas se rebelarão. Vão tomar um porre de petróleo divino, safra milenar, de canudinho. A conferir.
Faltando pouco mais de duas semanas, não adianta. O estrago já está bem feito. Que ao menos se receba bem e com civilidade os que por aqui se aventuram. É bom saber que não se é otário sozinho. Há otário na estranja, hablando, speaking quelque chose..... Caso contrário será ainda pior. E não será pior para os mesmos que desmandam. Será o sempre pior adivinhem para quem?
A FIFA é uma organização sadomasoquista de primeira. A próxima Copa Suíça será na brisa fresca do Qatar. E por lá, acredito que sheik algum vai se submeter aos sorteios para compra de ingressos para suas odaliscas feministas. Elas se rebelarão. Vão tomar um porre de petróleo divino, safra milenar, de canudinho. A conferir.
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