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terça-feira, 12 de junho de 2012

Fato bruto.

A vida é o que nos acontece enquanto planejávamos outras coisas.
Essa frase vem do Sr.John Lennon,falecido em 1980.
Lembro-me do dia em que o ex-Beatle foi morto.
Dia de semana,dirigia-me ao meu curso de inglês para receber uma medalha por desempenho obtido naquele semestre.Nada demais.Era o início de uma trajetória em torno da língua inglesa e que perdura até hoje.
Rádio do carro ligado,meu pai escutava a notícia.Houve silêncio.Meu pai não gostava de rock.Aliás, meu pai só gosta do efeito festeiro que alguns ritmos podem suscitar. Era conhecido como pé de valsa.Apelido que lhe fora dado nos tempos do Cassino da Urca.Ele gostava mesmo era de agarrar pela cintura as mocinhas de sua época.Se lhe perguntassem qual era o cantor,qual era a canção, provavelmente não saberia a resposta.Não era disso que se tratava.
Lembro-me do noticiário em torno do crime.Um porra louca,parece que havaiano, resolveu matar aquele que dizia amar.
É assim .A turma que não sabe o que é o tal do amor faz assim.Pois, recalcam o ódio que vem junto.Se há consideração sobre os opostos, há jogo e lucidez possíveis.
A vida corre assim assim: amódio.
 Sai do meu campo de arrogante certeza, sobre o que suponho conhecer, um imponderável.
Ele varre a minha pretensa serenidade com promessa alguma.Tão somente um fato bruto.Uma porrada.Por vezes,irreversível,indecidível.
Vejo-me então feito poeira de estrela,solta num espaço.Sem chão.Nefelibata com purpurinas.Somos também carnaval,caos organizado.
Atectônia ou um homem que flutua.Parado  no ar feito nuvem que sopra ,que range.E passando por lá, há de tudo: de trovão a  lumiar.