Efeito Gabriel Medina. Praia e surpresas -parte 2.
Oceano de calmaria. Sedução posta e arrisco pegar um jacaré. Aquela gracinha que se fazia nos tempos de molecagens praianas e sem prancha. Você é a prancha.
Lá vem a onda e não é que se consegue. O problema é que havia uma parte nesse oceano tão familiar- são 52 anos de convivência- e onde essa bendita onda quebraria, e que estava bem mais rasa e ornamentada por um razoável banco de areia. Que nos aguardava, contente.
Joelho ralado, capotada discreta , short quase arrancado ( seria um 'nude' de fim de ano?) e eis que aparece um herói. Daqueles cantarolados na música da Baby Consuelo e cujo trecho famoso diz ( nunca fiz a passagem para Baby do Brasil): ' ...calção corpo aberto no espaço'.
-E aí, tio? Tudo bem? Pouso forçado?- o calção corpo aberto, calor que provoca arrepio, diverte-se.
-Pois é sobrinho. O reverso abriu de repente...
Uma gracinha esse meu novo sobrinho desconhecido. 🤬
quinta-feira, 20 de dezembro de 2018
terça-feira, 11 de dezembro de 2018
PInTANGUS TE VIU.
Primeiro, chegou só. Depois, trouxe a namorada. Fizeram ninho no ar condicionado vizinho. Lugar , provavelmente, mais seguro e quente. Meses se passaram. Cria criada, voo alçado. Emporcalharam o parapeito da minha janela, dia sim e dia também. Bem te vi. Marisa Monte nasceu e voou com um 'Bem que se quis'.
Retornaram cantando, felizes. Prova do crime doloso e o 'Pintangus Sulphuratus' encara o desafio e avisa destemido: 'vai encarar, careca?'
Retornaram cantando, felizes. Prova do crime doloso e o 'Pintangus Sulphuratus' encara o desafio e avisa destemido: 'vai encarar, careca?'
sexta-feira, 16 de novembro de 2018
O moço que voava;
--'Moço'- indagou-me a jovem. Esse trem vai para o Jardim Oceânico?
-Sim.- acho que respondi.
-Lá é bonito? Tem jardim?- continuou.
-Sim. E tem até um 'marzão' te esperando.É só caminhar em direção à Praia do Pepê. - falei.
-Pepê?- insistiu.
-Era uma pessoa-pássaro. Voava. - brinquei sério.
Sorriu, feliz.
Bom fim de semana.
-Sim.- acho que respondi.
-Lá é bonito? Tem jardim?- continuou.
-Sim. E tem até um 'marzão' te esperando.É só caminhar em direção à Praia do Pepê. - falei.
-Pepê?- insistiu.
-Era uma pessoa-pássaro. Voava. - brinquei sério.
Sorriu, feliz.
Bom fim de semana.
sábado, 10 de novembro de 2018
Isso daí.
E a gente com isso?
Quantos foram pegos , pelas águas fétidas da Baía Guanabara ? Quantos , dentre esses pegos, foram reeleitos?
Não nos esqueçamos que aqui, no País Tropical, os direitos sociais vieram antes dos direitos políticos que por sua vez vieram antes dos direitos Civis. Movimento inteiramente contrário ao que se fez no chamado mundo civilizado ocidental se considerarmos os ensinamentos de Montaigne. Um clássico.
E os direitos sociais foram designados em mandatos di...tatoriais. Vide o Presidente Militar, Dutra, e o velhinho , Getúlio Vargas. Por exemplo.
Um poder executivo hiper poderoso, messiânico ( alguns já carregam até no nome essa "função"), gerando um legislativo enfraquecido e, por conseguinte, corrupto. Alguns eleitos para o executivo sempre subestimaram ou até tiranizaram o Parlamento com o seu fechamento e uma sonoplastia do tipo "cala essa boca ou te arrebento".
Tiranizam ou desdenham da sociedade civil e militar. Mesmo estando desse suposto lado.
Com as devidas bênçãos e sanções de um judicialismo que quase sempre se coloca enquanto " O vitimizado". Quem socorre ou condena quem? Como fazer com isso daí?
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Quantos foram pegos , pelas águas fétidas da Baía Guanabara ? Quantos , dentre esses pegos, foram reeleitos?
Não nos esqueçamos que aqui, no País Tropical, os direitos sociais vieram antes dos direitos políticos que por sua vez vieram antes dos direitos Civis. Movimento inteiramente contrário ao que se fez no chamado mundo civilizado ocidental se considerarmos os ensinamentos de Montaigne. Um clássico.
E os direitos sociais foram designados em mandatos di...tatoriais. Vide o Presidente Militar, Dutra, e o velhinho , Getúlio Vargas. Por exemplo.
Um poder executivo hiper poderoso, messiânico ( alguns já carregam até no nome essa "função"), gerando um legislativo enfraquecido e, por conseguinte, corrupto. Alguns eleitos para o executivo sempre subestimaram ou até tiranizaram o Parlamento com o seu fechamento e uma sonoplastia do tipo "cala essa boca ou te arrebento".
Tiranizam ou desdenham da sociedade civil e militar. Mesmo estando desse suposto lado.
Com as devidas bênçãos e sanções de um judicialismo que quase sempre se coloca enquanto " O vitimizado". Quem socorre ou condena quem? Como fazer com isso daí?
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quinta-feira, 18 de outubro de 2018
Digressão . Não é algo para cão.
Digressão. Coisa que um cão não precisa fazer.
Deve ser duro para quem acredita nas transcendências requisitadas , pós falecimento, supor que Nelson Rodrigues, Millôr, Oswald de Andrade, Paulo Francis, Anísio Teixeira, Gilberto Freire, Vinícius de Moraes ( fugindo pelas nuvens dos deliciosos assédios de Hilda Hilst. Naqueles tempos incorretos ainda se podia ), Augusto dos Anjos e o Boal (também Augusto) não estejam colocando em sinuca de bico esses criadores supe...r invisíveis. Super discretos..Super heróis. Isso só para citar essa turma. Tem muito mais.
Já imaginaram as equivocações do Sr. Sócrates ou ainda: a escuta refinada do Sr. SIGMUND ou do Sr.Lacan? Isso é que é uma disputa por poder para valer!
Não é de hoje que acho que ao ser inventado por múltiplas aglomerações, explosões, distorções, emaranhados de formações e outras incógnitas, alguma coisa teve o DEDO ou varinha de condão presos naquele botãozinho poliglota ou protolinguístico escrito " play " . E então.. Deu nisso aí. Tem que mudar isso daí? Expressão da moda.
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Deve ser duro para quem acredita nas transcendências requisitadas , pós falecimento, supor que Nelson Rodrigues, Millôr, Oswald de Andrade, Paulo Francis, Anísio Teixeira, Gilberto Freire, Vinícius de Moraes ( fugindo pelas nuvens dos deliciosos assédios de Hilda Hilst. Naqueles tempos incorretos ainda se podia ), Augusto dos Anjos e o Boal (também Augusto) não estejam colocando em sinuca de bico esses criadores supe...r invisíveis. Super discretos..Super heróis. Isso só para citar essa turma. Tem muito mais.
Já imaginaram as equivocações do Sr. Sócrates ou ainda: a escuta refinada do Sr. SIGMUND ou do Sr.Lacan? Isso é que é uma disputa por poder para valer!
Não é de hoje que acho que ao ser inventado por múltiplas aglomerações, explosões, distorções, emaranhados de formações e outras incógnitas, alguma coisa teve o DEDO ou varinha de condão presos naquele botãozinho poliglota ou protolinguístico escrito " play " . E então.. Deu nisso aí. Tem que mudar isso daí? Expressão da moda.
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Que saudades do Barão!
O fabuloso Barão de Itararé faz muita falta nesse momento estúpido da realidade política nacional. Ele talvez se espantasse e procuraria indagar quantas prefeituras ( talvez milhares) são comandadas pelo MDB? E quais são as orientações políticas que dali provém? Isso muda tudo, desde o início até o futuro. A campanha - sórdida faz meses- descambou para o jargão ' ele vai soltar o homem de Curitiba'.
Mas o Barão, curioso voraz, indagaria: ' E o outro ? Vai manter solto aquele outro rapaz? Aquele Vampiro?'
Barão, Barão. 🤔 Barão e seus eufemismos. Rapaz?
Mas o Barão, curioso voraz, indagaria: ' E o outro ? Vai manter solto aquele outro rapaz? Aquele Vampiro?'
Barão, Barão. 🤔 Barão e seus eufemismos. Rapaz?
quarta-feira, 10 de outubro de 2018
Eleições Brasil.
Se pesquisas manipulam, podemos manipular pesquisas.
Primeiro turno resolveu.
Quem manipula quem? Ou o quê?
Primeiro turno resolveu.
Quem manipula quem? Ou o quê?
Cousos
Tudo Normal. E que não nos Venham com catequeses.
Ideais não existem. São sustentadas por doces e estúpidas ilusões. Reconhecer erros ? Quantos de nós reconhecem? Para além do espelho côncavo/ convexo que trapaceia se não tivermos olhar atento.
Democracia é uma doença mais do que necessária. E ela exibe o que está por aí. E é Muita COISA. Por isso, Coisos x Coisas. Toda neura é infantil. Somos crianças. Não conseguimos ultrapassar a família , por exemplo. E tem uma turma que vem por aí.. ..Aliás, sempre esteve.
Ideais não existem. São sustentadas por doces e estúpidas ilusões. Reconhecer erros ? Quantos de nós reconhecem? Para além do espelho côncavo/ convexo que trapaceia se não tivermos olhar atento.
Democracia é uma doença mais do que necessária. E ela exibe o que está por aí. E é Muita COISA. Por isso, Coisos x Coisas. Toda neura é infantil. Somos crianças. Não conseguimos ultrapassar a família , por exemplo. E tem uma turma que vem por aí.. ..Aliás, sempre esteve.
Demo-cracia.
Democracia é algo muito difícil. A bem da verdade é impossível em última instância. Em termos macropolíticos vai muito além de você adorar o calor de 40 graus e eu não. Você quer o sol o tempo todo comandando a bancada? Eu já protocolei um pouco de chuva. Um pouco de brisa. Difícil , né? E os sectários e intransigentes querem acordos. Agora , né? Oportunismo Sempre houve e haverá. Enquanto gente houver.
sábado, 29 de setembro de 2018
Sobre o nosso Flamengo.. Esquizo? Pstu? JP.Morgan?
O time do Flamengo - na verdade , o clube- vive um surto de confusão de estilos. Primeiro, uma gestão que conseguiu reverter uma situação financeira, administrativa, e que se encontrava à beira da falência total é mais do que louvável. Foi fundamental. O problema é que essa mesma gestão salvacionista se meteu de mais com aquilo que não conhece: o futebol. E o futebol é , e sempre será, a cereja mais desejada e visada da instituição mais do que centenária. Rivalidades internas, vaidade, muita grana envolvida, e agora, poderes políticos partidários. O cara se deslumbrou com os holofotes. E isso porque se considera muito tímido, persona fora desse jogo.. O jogo é você também e não lhe escapou.
O Flamengo tem 8 ou 9 ex presidentes vivos e atuantes. E diante desse crescimento financeiro considerável- o patrimônio também cresceu e o anterior está muito bem cuidado. Aliás, os responsáveis por isso são competentes e sérios ( até esse momento; atravessando inclusive outras gestões) -, abutres, e não urubus, abrem as asas e os bicos ficam sedentos. Sobretudo, após a falência do país e do Estado do Rio.
Curiosamente , uma turma que é ligada ao mercado financeiro gerou um time que adora cair para o lado esquerdo do campo. Tem um monte de canhotos na equipe. Lado direito, só com dois dos atletas menos habilidosos do time.Seria o ' recém falecido treinador' um membro disfarçado do PSTU? Do Partido da Causa Operária? Partido tem HERANÇA anglo-saxônica.. Antes mesmo da Revolução Francesa.
O presidente , amicíssimo da turma que só enxerga a grana como única riqueza possível, candidata-se pelo partido da 'hiper naturalista e religiosa', Marina Silva. Esquizofrenia?
O técnico, recém chegado de volta, contratado açodadamente está processando o clube para receber - sem merecimento- onze milhões de reais! A atual gestão vai empurrar para a próxima gestão - caso o candidato da 'Bandeira' não vença as eleições para presidência do clube , no fim do ano-, esse problemaço que lhe foi oferecido, há 5 anos atrás, por um desastre chamado 'Patrícia Amorim 'administration' . Vingança. Contra quem? Contra o clube que diz gostar, torcer, dedicar-se.
Estupidezes têm muitas cores para além do vermelho e negro.
O Flamengo tem 8 ou 9 ex presidentes vivos e atuantes. E diante desse crescimento financeiro considerável- o patrimônio também cresceu e o anterior está muito bem cuidado. Aliás, os responsáveis por isso são competentes e sérios ( até esse momento; atravessando inclusive outras gestões) -, abutres, e não urubus, abrem as asas e os bicos ficam sedentos. Sobretudo, após a falência do país e do Estado do Rio.
Curiosamente , uma turma que é ligada ao mercado financeiro gerou um time que adora cair para o lado esquerdo do campo. Tem um monte de canhotos na equipe. Lado direito, só com dois dos atletas menos habilidosos do time.Seria o ' recém falecido treinador' um membro disfarçado do PSTU? Do Partido da Causa Operária? Partido tem HERANÇA anglo-saxônica.. Antes mesmo da Revolução Francesa.
O presidente , amicíssimo da turma que só enxerga a grana como única riqueza possível, candidata-se pelo partido da 'hiper naturalista e religiosa', Marina Silva. Esquizofrenia?
O técnico, recém chegado de volta, contratado açodadamente está processando o clube para receber - sem merecimento- onze milhões de reais! A atual gestão vai empurrar para a próxima gestão - caso o candidato da 'Bandeira' não vença as eleições para presidência do clube , no fim do ano-, esse problemaço que lhe foi oferecido, há 5 anos atrás, por um desastre chamado 'Patrícia Amorim 'administration' . Vingança. Contra quem? Contra o clube que diz gostar, torcer, dedicar-se.
Estupidezes têm muitas cores para além do vermelho e negro.
segunda-feira, 17 de setembro de 2018
Assessoras ou suplentes?
Suplentes ou assessoras?
Um político importante chega de viagem, desembarca, no carnaval do Ceará. Um acidente terrível de trânsito vitimando amigos muito próximos do político e cujo motorista era parente ainda mais próximo, tinha acontecido. Ele chega vistoso no seu terno empolado , passa pela piscina- cobertura do hotel- cumprimenta o meu saudoso pai - meu pai conhecia e tinha carinho pelo seu principal adversário político, no seu estado. No dia seguinte, um dos jornais da capital trazia, lá no cabeçalho escondido de uma página, notícias sobre o acidente fatal: houve dois mortos e muitas versões. Casal jovem. O hotel com 50 por cento de ocupação PARECIA não se importar, desconsiderar o acontecido.
Eis que à noite, ele retorna . Mudou o terno, mas não a empáfia. Atravessa o salão principal e pega o elevador. O anel de casamento brilha no clarão da noite. Dez minutos depois, duas senhoritas surgem muito animadas e fogosas. Passam pela recepção onde os funcionários as ignoram propositadamente.Prestígio?
Agora , o personagem é o elevador. Chega e parte. Aquelas duas moças penetram o elevador sem cerimônia. E ele faz aquele barulho típico, nativo- aquele som de elevador quando chega ou quando parte-, e ainda por cima indica o andar alcançado.Prestativo? O mesmo andar em que esse político- e que é conhecido no país inteiro- desceu, há pouco .
No salão do hotel, onde esses personagens transitaram sem cerimônia ou pudor, bebíamos um 'drink'- papi e eu - chamado 'bisbilhoteiros pela Pátria'- quando o moço do bar, atento, cearense da gema, avisa: ' São assessoras.'
- Sim. Mas... num Domingo, à noite, de Carnaval?- indaguei republicanamente.
-O 'home' é trabalhador..E além do que na sua terra também tem... ( Vejam o puxa saco oficial atrás da gorjeta gorda ).
- Só que na minha terra se chama.. SUPLENTE. - informei.
Meu pai sorriu... experiente. Aquele sorriso é o que me fez escrever sobre isso. Faz 18 anos, que esse 'golpe' contra assessoras e/ou suplentes ocorreu.
PS: a inspiração também ocorreu mediante um encontro duplo com um dog alemão. Que vem a ser aquele cachorrão que mais se parece com um cavalo. E o porquê da inspiração? O acidente foi creditado a um cavalo, desavisado, na pista. Na estrada por onde se desgovernou o carro. Nunca se soube desse cadáver cavalo. Depois, virou um potro. O tal 'atropelado'. Aquele cavalinho menorzinho. Por fim, um dog alemão que depois se metamorfoseou num poodle.. Não havia lei seca naquela época. Muito menos nos 'carnavais'..
Eis que à noite, ele retorna . Mudou o terno, mas não a empáfia. Atravessa o salão principal e pega o elevador. O anel de casamento brilha no clarão da noite. Dez minutos depois, duas senhoritas surgem muito animadas e fogosas. Passam pela recepção onde os funcionários as ignoram propositadamente.Prestígio?
Agora , o personagem é o elevador. Chega e parte. Aquelas duas moças penetram o elevador sem cerimônia. E ele faz aquele barulho típico, nativo- aquele som de elevador quando chega ou quando parte-, e ainda por cima indica o andar alcançado.Prestativo? O mesmo andar em que esse político- e que é conhecido no país inteiro- desceu, há pouco .
No salão do hotel, onde esses personagens transitaram sem cerimônia ou pudor, bebíamos um 'drink'- papi e eu - chamado 'bisbilhoteiros pela Pátria'- quando o moço do bar, atento, cearense da gema, avisa: ' São assessoras.'
- Sim. Mas... num Domingo, à noite, de Carnaval?- indaguei republicanamente.
-O 'home' é trabalhador..E além do que na sua terra também tem... ( Vejam o puxa saco oficial atrás da gorjeta gorda ).
- Só que na minha terra se chama.. SUPLENTE. - informei.
Meu pai sorriu... experiente. Aquele sorriso é o que me fez escrever sobre isso. Faz 18 anos, que esse 'golpe' contra assessoras e/ou suplentes ocorreu.
PS: a inspiração também ocorreu mediante um encontro duplo com um dog alemão. Que vem a ser aquele cachorrão que mais se parece com um cavalo. E o porquê da inspiração? O acidente foi creditado a um cavalo, desavisado, na pista. Na estrada por onde se desgovernou o carro. Nunca se soube desse cadáver cavalo. Depois, virou um potro. O tal 'atropelado'. Aquele cavalinho menorzinho. Por fim, um dog alemão que depois se metamorfoseou num poodle.. Não havia lei seca naquela época. Muito menos nos 'carnavais'..
sexta-feira, 14 de setembro de 2018
Cuidado com a gula eleitoreira.
Eleições ; COMIDAS?
Comida de campanha e durante a campanha pode ser indigesta. Na campanha de 2002 à presidência, o tucano candidato,Serra, depois de cometer um erro crasso - pois caiu na armadilha do PFL que por sua vez 'caiu' na do PMDB. Hoje, MDB. Implicou e denunciou a filha de um ex presidente e seu respectivo marido sobre uma grana num esquecido escritório. Ou teria sido uma esquecida grana- bufunfa alta- num conhecido escritório?
A televisão, os jornais, os bordéis.. Enfim, todo mundo comentou e apresentou provas. A candidatura da filha do 'rei' ( minúsculas sempre) naufragou. O tucano começou a alçar vôo e como todo mundo, deslumbrou-se. A gente quando acredita demais , dá nisso.
Um dia, deslocou-se para a capitania hereditária recortada por lençóis belíssimos e fez um suador suador. Leia-se: corpo a corpo. Estacionou sua magreza diante de um desses locais em que se vende de tudo. Até para comer. Ofereceram-lhe então um 'quitute'. Pimenta pura, gordura no céu. Quem conhece o personagem sabe que tem tendências hipocondríacas e muitas manias.. Feito a gente. Provou do pecado e o olho direito quase saltou para fora, caindo no papel vagabundo que lhe prestava socorro momentâneo .Mas não perdeu a pose de candidato em busca de voto.'Saboroso'- comentou suando frio. 'Sabores do Brasil'- emendou um assessor puxa saco que - segundo dizem- não foi nomeado nem para vigia do tucanato, nos mandatos que a 'vítima' obteve depois, em eleições paulistanas/paulistas.
Chegando à noite, no hotel, para os íntimos, discursa um desabafo semelhante ao que o filho de Bolsonaro fez, 2018, quando entrou no hospital, JF ( faltaria o K?) onde o pai estava sendo operado, após tentativa de assassinato: ' Agora é guerra'.
Os quitutes eram partidários e bastante passionais. Já os fotógrafos 'espontâneos' não conseguiram obter a foto que desejavam.
quarta-feira, 12 de setembro de 2018
Sem Censura.
Quando o programa Sem Censura estreou em 1985, TV Educativa, abertura política (que alguns desejam trancar de novo. Por quê?) reinaugurava-se o bate papo coletivo e,obviamente, censurado. Não há como não existir censura. Alguma pessoa sem ego por aí? Câmbio.
Gilse Campos, Lucia Leme - essa tocou o barco no auge-, Leda Nagle.. Eram as apresentadoras. Cabia de quase um tudo. Liberais, socialistas, idiotas, autônomos, jogadores, televisivos, psicanalistas.. Ah! Também tinha isso dando pinta por lá. Era ótimo. Um dia, um ex secretário de transporte de Brizola, um desses que beijavam a mão ( até hoje) de baratas e outros insetos, estranhou-se com o, ainda vivo, jornalista, Helio Fernandes. Irmão do Millôr. Isso é título de nobreza, senhoras e senhores. Tribuna da Imprensa. Seu jornal.
Quase saíram na porrada, ao vivo. O motivo: uma dessas tolices políticas que presenciamos na vida eterna.
Lucia Leme, apresentadora, nesse dia, virou a cadeira e disse para um outro convidado ( no começo a mesa era arredondada) : 'Por favor, segurem esses dois brigões. Tenho muito programa para fazer ainda. Que saco..' kkkkkkk.
Reminiscências. Todo dia morre alguma coisa que gosto muito. 'Que saco'!
Gilse Campos, Lucia Leme - essa tocou o barco no auge-, Leda Nagle.. Eram as apresentadoras. Cabia de quase um tudo. Liberais, socialistas, idiotas, autônomos, jogadores, televisivos, psicanalistas.. Ah! Também tinha isso dando pinta por lá. Era ótimo. Um dia, um ex secretário de transporte de Brizola, um desses que beijavam a mão ( até hoje) de baratas e outros insetos, estranhou-se com o, ainda vivo, jornalista, Helio Fernandes. Irmão do Millôr. Isso é título de nobreza, senhoras e senhores. Tribuna da Imprensa. Seu jornal.
Quase saíram na porrada, ao vivo. O motivo: uma dessas tolices políticas que presenciamos na vida eterna.
Lucia Leme, apresentadora, nesse dia, virou a cadeira e disse para um outro convidado ( no começo a mesa era arredondada) : 'Por favor, segurem esses dois brigões. Tenho muito programa para fazer ainda. Que saco..' kkkkkkk.
Reminiscências. Todo dia morre alguma coisa que gosto muito. 'Que saco'!
segunda-feira, 10 de setembro de 2018
Antônio
José Hugo Celidônio faleceu. Ontem, jantando no muito bom, Primitivo, Copacabana, Antônio, o principal dono e ex- Le Bec Fin, Enotria, D'Amici - de onde rompeu sociedade há pouquíssimo tempo, conta histórias deliciosas. Outras não tanto. Quase meio século de gastronomia de qualidade no Rio. Preso numa cadeira de rodas, as duas pernas amputadas, sobrevive heroicamente. E mantém o humor e a cortesia. Fez o seu principal gerente, aprendiz do Walmir, a lenda do Bec Fin, a me fazer um crepe suzette. Disse-lhe então que conhecia bem do riscado. Minha mãe adorava e sabia fazê-lo. Maravilhoso. Com um vinho do porto branco portuga da gema, a acompanhar. Vida longa ao mais carioca dos cerenses. E o Ciro? Impublicável. Mas , vota nele com fervor.
Viena e Marias minhas.
A melhor cidade do mundo para se viver, segundo uma pesquisa, é Viena. Dentre outras, nessa lista, você têm várias cidades australianas e outras canadenses. São melhores para quem? É uma quase piada. O Rio aparece em 88º e seu alterego, SP,em 93º. Entendeu, Geraldo? Tudo mentira. Mas Viena é uma realidade excepcional. Já gostava através das falas das agora-sempre saudosas, Minha Mãe e de minha Adriana Ítalo - a pessoa mais inteligente que conheci , depois de MD.MAGNO. Foi Adr...
Ver maissegunda-feira, 3 de setembro de 2018
Cumprimento negado, sacanagem por vir?
Nunca negue um cumprimento a um dos muitos porteiros que acompanham seus passos. Por uma razão simples: ele pode se lembrar de algumas privacidades, preferências, gostos. E aí..
Houve um momento que trocávamos um olá, bom dia, dane-se..De repente, cessou.
A esposa dele costurava, reparava peças de roupa. Fomos clientes. Faz muitos anos. O prédio em que trabalham é um dos mais antigos da rua, do bairro. Austero, bonito e apostando na boa forma e no não sedentarismo, dispensou os elevadores. Não existem. Mas são só 3 andares. Ufa!
Se quiseres estacionar o seu gravítico veículo, por exemplo, também não conseguirás. CARROS não são bem vindos ali. Não vai manchar as minhas paredes quase centenárias, nem tampouco os belos corrimões que garantem uma certa segurança aos moradores e visitantes. Parece ser esse o recado, proveniente daquele concreto.
Eis que hoje, dia bonito e triste por causa da morte de mais um pedaço da história da cidade, do Estado, do país, ele estava a postos no seu lugar de trabalho. Uniforme arrumado, sapatos engraxados, penteava o cabelo utilizando um daqueles pentes antigos. Tão antigo que pode se pensar que fora fabricado ali mesmo.
Cabisbaixo, taciturno, amolado, o rosto que traz consigo alguns olhares, aqueles e outros gostos, desgostos , ergueram-se da face e cruzaram o meio do quarteirão enquanto se retorna para casa. Que fica, tão somente, há dois prédios de distância. Importante relembrar: se o humor e o condicional iludido e quase mítico , Se, não colaborar, não SE viabilizar, essa distância é infinita
Mecanicamente, a mão esquerda se levantou. E se recusava a retornar à posição inicial. Do outro lado, emerge um sorriso. O sorriso também acena, faz uma cena. Sorri. Aqui também se fez sorriso.
Chegando próximo do tal edifício que é vizinho do tal edifício inflexível, rígido , escuta-se a voz:
- E o seu Flamengo, hein? Perdeu para o meu Ceará.
Nunca soube que ele torcia para o Ceará. Nunca me interessei em saber sobre esse seu tesão particular. Creio que nesse momento é que houve um dane-se! E esclareço que não existe o MEU Flamengo. Isso inclusive pode resultar em morte matada. São milhões de amalucados. Há de se ter cautela quando abordamos paixões. Elas se enganam quase sempre.
Por certo, a memória visual do rapaz está intacta. E a intimidade é certamente , mesmo que passados tantos anos, uma bela merda. Ou como sentenciou um prezado amigo, artista talentoso das pinturas; 'É feito o casamento. Uma linda esperança que se desfaz com a experiência'. kkkkkkk. ( nunca usei tantas letras banidas oficialmente do alfabeto como agora).
Ficaremos, pois, mais uma década sem saudações ou cumprimentos recíprocos. Até lá, nossos olhares permaneceram suspensos e suspeitosos. Sob cuidadosa suspeição.
quarta-feira, 22 de agosto de 2018
Maquilagens e mães.
Segunda consulta nesse ano. Tão somente se passaram quatro meses.
O consultório fica numa clínica de olhos no bairro. Frequenta-se o espaço há uns 15 anos. Achamos que sim. Difícil precisar.
Uma das situações que sempre causaram um pequeno desconforto é a vizinhança que divide os horários disponíveis para consulta. Uma turma mais impaciente, mais comprometida.
Do mesmo modo que no consultório de urologia , frequentado há uns 12 anos, por razões histéricas e preventivas, percebe-se que se está mais jovem, muitas vezes, bem mais jovem do que os novos 'amiguinhos ' ou clientes. Alguns, num estado deplorável. Sem exageros. Quem mandou se prevenir? Exageros à parte, tivestes um avô materno vitimado por um câncer de próstata. Morrera aos 76 anos. E o sofrimento foi grande. Naquela época, quimioterapia era mais destrutiva para o organismo do que hoje. A lembrança do meu avô favorito- pois com o vô paterno tive pouca convivência- remete aos agrados, referências importantes e exemplaridade. Homem culto, empresário e jornalista por profissão.Livreiro ( dono de uma livraria inclusive) por tesão maior. Educadíssimo, conservador. Não fez nenhum esforço- ao contrário-para que as duas filhas mulheres almejassem trabalho. Preferia que fizessem bom matrimônio e adquirissem filhos para criá-los bem. Assim como fez com sua esposa e filhos. E assim, filhas obedientes, amorosas, resignadas com o papel que o período lhes conferia, também o fizeram.
Minha foto está imortalizada acima da sua cadeira de balanço , numa das salas daquela bela e aconchegante casa, em Natal, RN. Está porque está aqui e agora nessas linhas. Esteve, por lá, por muitos anos. Eu sorria, meio banguela, cabelo liso e farto ( quanta saudade!) na única praça que chamo de minha e que resgatei nos últimos dois anos. E fiz questão de fazê-lo. É uma espécie de luta pessoal contra a destruição da cidade após bombardeio, pós olimpíadas. Pós Cabral, enganador, não descobridor. Quase a destruíram com o utilíssimo e bem feito jovem e juvenil, metrô .
A imagem poderia ajudar num teste neurológico ou numa ressonância magnética funcional. Já feitos num ano que, metade dele, perdeu-se.
Mas a lembrança ou reminiscência perseveram com cuidados e até competência. De volta ao lugar de consulta oftalmológica... ' E não é que já se viu aquele rosto e aquele jeito sem jeito, da última vez'.- Indaguei às pessoas que aqui por dentro habitam.
Era ele. Aquela bermuda disforme com aquele sapato de rico e aquela cara escondida por um óculos escuros com armação dourada. E por esses lados, eu estava fantasiado com os meus óculos escuros. Porém, com aros também escuros. Tal como na primeira ocasião, iniciava um discurso grosseiro, permeado de palavrões. Totalmente inadequado para o local e platéia presentes.
Na primeira vez, estava com a mamãezinha. Ele deve estar próximo dos 60 anos. Se não estiver, está próximo do fim. Porque qualquer década a menos, dedurada por delação ou não, na sua carteira de identidade, o condena. Como saber? Só porque se imagina e se registra. Lá e aqui.
Quando a mamãe do 'rapaz' se afastou para ser examinada, o 'mancebo' agarrou o telefone celular e começou a esbravejar. Estava então munido com os mesmos óculos escuros. Uma bronca atrás da outra no infeliz do outro lado do telefone móvel ( apreciava bastante a expressão do outro lado da linha. Hoje, superada) e a sala de espera fingindo que assistia ao jornal sanguinolento que apresenta fatos ocorridos na cidade sitiada. E ele resmungava e balançava a cabeça. Parecia que não concordava com nada do que lhe era dito. A mãe acaba de retornar do pré-exame onde se mede a pressão dos olhos, etc. Vinha balbuciando o nome do rabugento que imediatamente lhe adverte para ficar calada mediante um gesto brusco com a mão desocupada. Um grosseirão típico. Foi então que passei a confabular coisas.
Imaginei que o grosseirão estivesse morando com a senhora sua mãe e que essa ficara viúva faz pouco tempo. O pai, um senhor aposentado e com ganhos financeiros bem razoáveis, morreu de desgosto, já que o único filho ( o indiscreto falador em salas de espera) o roubara. Sabem como é.
O cidadão sacou que o pai tinha uma boa grana aplicada e outros dois imóveis alugados em ponto nobre da cidade e decidiu lhe propor uma sociedade, no mínimo estranha. Consegue na truculência a assinatura e procuração que precisa e desanda com seus quereres perversos. Pai morto, filho ainda pobre.
Nesse dia de ontem, foi diferente. Ele falava mais baixo e vestia-se pior. A senhora viúva, mãezinha dele, sai cabisbaixa do atendimento. Não diz nada. Ele tampouco.
Do lado contrário do balcão recepção, percebo movimentos mais discretos e suaves por parte do 'casal'. Ela está sozinha. Está há muito tempo, desejo crer. Ele nasceu assim. Algum golpe não funcionou mais. Como deve estar a vida na casa daquela senhora que por anos lhe impunha alguma repressão, muitas vezes, necessária? Será que ele leva prostitutas para dentro de casa? Conheci uma autoridade policial que transava com senhoritas que buscam independência financeira breve, na varanda do apartamento, avenida movimentadíssima da Copacabana de sempre, andar alto, e a pobre da mãe - moravam juntos mãe e filho também- dormindo no quarto ao lado. Qual seria o tesão? No caso desse último taradinho, a mãe vinha até a sala e lhe perguntava algo. Algumas vezes foi um gemido que se propôs a responder. Mãe resiliente, retornava para o lugar de onde não deveria ter saído. Seu apelido nas conversas de boteco sem papas na língua e freio de mão era -quanta maldade com a senhora vossa mãe-, Mrs. Magoo. Lembram do personagem e sua quase cegueira? Pois não é que arrumou uma namorada!?
Dentro da sala do pré exame estão, agora, os meus olhos. Falando mais francamente, estavam. Pois agora já foi ontem. Quando iniciou o procedimento, a senhorita que comanda o espetáculo o interrompe. Levanta-se e pede para que eu afaste o queixo do aparelho. Cuidadosa, passa um pano com álcool no lugar para em seguida secá-lo:
'Muita maquilagem.- Disse.
Mas de quem?- perguntei intrigado.
'Nunca se sabe. Mas acho que era um pouco dele também.- Emendou sem piscar.'
Nada de ponto de vista cansado com essa turma.
O 'casal' segue feliz e tentando enxergar.
O consultório fica numa clínica de olhos no bairro. Frequenta-se o espaço há uns 15 anos. Achamos que sim. Difícil precisar.
Uma das situações que sempre causaram um pequeno desconforto é a vizinhança que divide os horários disponíveis para consulta. Uma turma mais impaciente, mais comprometida.
Do mesmo modo que no consultório de urologia , frequentado há uns 12 anos, por razões histéricas e preventivas, percebe-se que se está mais jovem, muitas vezes, bem mais jovem do que os novos 'amiguinhos ' ou clientes. Alguns, num estado deplorável. Sem exageros. Quem mandou se prevenir? Exageros à parte, tivestes um avô materno vitimado por um câncer de próstata. Morrera aos 76 anos. E o sofrimento foi grande. Naquela época, quimioterapia era mais destrutiva para o organismo do que hoje. A lembrança do meu avô favorito- pois com o vô paterno tive pouca convivência- remete aos agrados, referências importantes e exemplaridade. Homem culto, empresário e jornalista por profissão.Livreiro ( dono de uma livraria inclusive) por tesão maior. Educadíssimo, conservador. Não fez nenhum esforço- ao contrário-para que as duas filhas mulheres almejassem trabalho. Preferia que fizessem bom matrimônio e adquirissem filhos para criá-los bem. Assim como fez com sua esposa e filhos. E assim, filhas obedientes, amorosas, resignadas com o papel que o período lhes conferia, também o fizeram.
Minha foto está imortalizada acima da sua cadeira de balanço , numa das salas daquela bela e aconchegante casa, em Natal, RN. Está porque está aqui e agora nessas linhas. Esteve, por lá, por muitos anos. Eu sorria, meio banguela, cabelo liso e farto ( quanta saudade!) na única praça que chamo de minha e que resgatei nos últimos dois anos. E fiz questão de fazê-lo. É uma espécie de luta pessoal contra a destruição da cidade após bombardeio, pós olimpíadas. Pós Cabral, enganador, não descobridor. Quase a destruíram com o utilíssimo e bem feito jovem e juvenil, metrô .
A imagem poderia ajudar num teste neurológico ou numa ressonância magnética funcional. Já feitos num ano que, metade dele, perdeu-se.
Mas a lembrança ou reminiscência perseveram com cuidados e até competência. De volta ao lugar de consulta oftalmológica... ' E não é que já se viu aquele rosto e aquele jeito sem jeito, da última vez'.- Indaguei às pessoas que aqui por dentro habitam.
Era ele. Aquela bermuda disforme com aquele sapato de rico e aquela cara escondida por um óculos escuros com armação dourada. E por esses lados, eu estava fantasiado com os meus óculos escuros. Porém, com aros também escuros. Tal como na primeira ocasião, iniciava um discurso grosseiro, permeado de palavrões. Totalmente inadequado para o local e platéia presentes.
Na primeira vez, estava com a mamãezinha. Ele deve estar próximo dos 60 anos. Se não estiver, está próximo do fim. Porque qualquer década a menos, dedurada por delação ou não, na sua carteira de identidade, o condena. Como saber? Só porque se imagina e se registra. Lá e aqui.
Quando a mamãe do 'rapaz' se afastou para ser examinada, o 'mancebo' agarrou o telefone celular e começou a esbravejar. Estava então munido com os mesmos óculos escuros. Uma bronca atrás da outra no infeliz do outro lado do telefone móvel ( apreciava bastante a expressão do outro lado da linha. Hoje, superada) e a sala de espera fingindo que assistia ao jornal sanguinolento que apresenta fatos ocorridos na cidade sitiada. E ele resmungava e balançava a cabeça. Parecia que não concordava com nada do que lhe era dito. A mãe acaba de retornar do pré-exame onde se mede a pressão dos olhos, etc. Vinha balbuciando o nome do rabugento que imediatamente lhe adverte para ficar calada mediante um gesto brusco com a mão desocupada. Um grosseirão típico. Foi então que passei a confabular coisas.
Imaginei que o grosseirão estivesse morando com a senhora sua mãe e que essa ficara viúva faz pouco tempo. O pai, um senhor aposentado e com ganhos financeiros bem razoáveis, morreu de desgosto, já que o único filho ( o indiscreto falador em salas de espera) o roubara. Sabem como é.
O cidadão sacou que o pai tinha uma boa grana aplicada e outros dois imóveis alugados em ponto nobre da cidade e decidiu lhe propor uma sociedade, no mínimo estranha. Consegue na truculência a assinatura e procuração que precisa e desanda com seus quereres perversos. Pai morto, filho ainda pobre.
Nesse dia de ontem, foi diferente. Ele falava mais baixo e vestia-se pior. A senhora viúva, mãezinha dele, sai cabisbaixa do atendimento. Não diz nada. Ele tampouco.
Do lado contrário do balcão recepção, percebo movimentos mais discretos e suaves por parte do 'casal'. Ela está sozinha. Está há muito tempo, desejo crer. Ele nasceu assim. Algum golpe não funcionou mais. Como deve estar a vida na casa daquela senhora que por anos lhe impunha alguma repressão, muitas vezes, necessária? Será que ele leva prostitutas para dentro de casa? Conheci uma autoridade policial que transava com senhoritas que buscam independência financeira breve, na varanda do apartamento, avenida movimentadíssima da Copacabana de sempre, andar alto, e a pobre da mãe - moravam juntos mãe e filho também- dormindo no quarto ao lado. Qual seria o tesão? No caso desse último taradinho, a mãe vinha até a sala e lhe perguntava algo. Algumas vezes foi um gemido que se propôs a responder. Mãe resiliente, retornava para o lugar de onde não deveria ter saído. Seu apelido nas conversas de boteco sem papas na língua e freio de mão era -quanta maldade com a senhora vossa mãe-, Mrs. Magoo. Lembram do personagem e sua quase cegueira? Pois não é que arrumou uma namorada!?
Dentro da sala do pré exame estão, agora, os meus olhos. Falando mais francamente, estavam. Pois agora já foi ontem. Quando iniciou o procedimento, a senhorita que comanda o espetáculo o interrompe. Levanta-se e pede para que eu afaste o queixo do aparelho. Cuidadosa, passa um pano com álcool no lugar para em seguida secá-lo:
'Muita maquilagem.- Disse.
Mas de quem?- perguntei intrigado.
'Nunca se sabe. Mas acho que era um pouco dele também.- Emendou sem piscar.'
Nada de ponto de vista cansado com essa turma.
O 'casal' segue feliz e tentando enxergar.
sexta-feira, 29 de junho de 2018
Resiliência
Resiliência é termo da moda. Algo raro, caro. O que vemos é muita reatividade. Ainda que tentemos, não retornaremos ao estágio anterior. Certas formações conseguem. Não é para gente. A física, por certo, TAGARELA SOBRE OUTROS organismos. Quando diz: Resiliência.
Torça, lixe-se. Que se dane.
Quatro anos pode ter sido um prazo razoavelmente curto ou longo dependendo de cada olhar. Eu utilizo o razoavelmente porque sou viciado em alguns advérbios. Quase compulsivo.
Quatro anos entre a última copa mundial de peladas Fifa e essa. Na última Copa, talvez tenha sido a pior das minhas todas para quem as acompanhava desde 1970/74. Afinal, a derrubada de um edifício ao lado do nosso e as manifestações contra os governos vigentes- e que valiam no máximo 20 centavos- dividiam atenções. O desconforto presente -e que dois anos e meio mais tarde revelaria, e que já desconfiávamos, alterou os humores. O final do torneio nada mais foi do que uma metáfora da situação do país e da cidade ex-maravilha. Uma guerra de reatividades e agressões. Uma derrota acachapante. Um amadorismo sem fim. Um hospício, enfim.
E agora, diante de jovens com duas décadas, três décadas de vida , vira-se uma espécie de atração 'Google' falante. Relembra-se daquele gol e aquela festa em que a memória visual é a única testemunha. Alguns olhares e um ruidoso silêncio cumpliciam que você. felizmente, envelheceu. Até para contar as histórias.
Celebre sem culpa. Reclame e xingue confortavelmente. O quê muda pra valer no país se o futebol canarinho ganhar ou perder? Nada. Você aprecia os esporte em questão? Então não há problema. Se não gostas, ao menos o ponto facultativo ajuda. Enquanto profissional liberal sempre temos que mudar e adaptar a agenda para não ficarmos rolando e caindo feito o abominável "herói" que tem pinta de ser muito hiperativo. Fora o deslumbramento e o cinismo.
O quê de profícuo, dali, pode se extrair é a conta bancária. Precoce e duradoura. Aliás, pode - segundo sentença dada pelo mestre- adquirir até amor verdadeiro. Se duvidas, pergunte a uma certa primeira dama. Além da grana, porque é inteligente para além da formosura, o poder está em jogo. Ah! Os podres 'Phoderes'. Temos até, no oficial, um paralelo partido que se proclama, PODEMOS. Para nós, PHODEMOS. 'Yes, we can....' We can, what?'
Essa competição esportiva global trouxe de retorno uma formação recalcada, esquecida, mas que aporrinha, que é uma dose de resgate. Mas qual? Do futebol - esporte primeiro- que humilhado foi na maldita Copa de 2014? Do país, que desmoronou nos últimos anos? E o Estado - de onde prometeu, jurou, que jamais se afastaria e que agora parece lhe oferecer o cartão vermelho?
A grana sempre está em jogo. Até nos festejos de final de ano. Anuais e com os mesmos personagens, faz muiiiiito tempo. Enfeitava-se a rua de exageros, seduzindo-nos para adquir os presentinhos 'amorosos'. Uma crença na troca. E existe outro vínculo em que não existam trocas? Sim. Mas esse não se quer pagar a conta. Ele custa caro, mas não é impossível. Governo qualquer tira sua saborosa casquinha- independente do recheio- com o populismo e seus movimentos. Sua festa, seu circo. Seu porre. Uma lágrima que corre. Também conta. Apresenta-se uniformizada. Cantará seu hino, sua melodia e depois virá um outro. Revirará? Quem sobreviver, que o diga.
Quatro anos entre a última copa mundial de peladas Fifa e essa. Na última Copa, talvez tenha sido a pior das minhas todas para quem as acompanhava desde 1970/74. Afinal, a derrubada de um edifício ao lado do nosso e as manifestações contra os governos vigentes- e que valiam no máximo 20 centavos- dividiam atenções. O desconforto presente -e que dois anos e meio mais tarde revelaria, e que já desconfiávamos, alterou os humores. O final do torneio nada mais foi do que uma metáfora da situação do país e da cidade ex-maravilha. Uma guerra de reatividades e agressões. Uma derrota acachapante. Um amadorismo sem fim. Um hospício, enfim.
E agora, diante de jovens com duas décadas, três décadas de vida , vira-se uma espécie de atração 'Google' falante. Relembra-se daquele gol e aquela festa em que a memória visual é a única testemunha. Alguns olhares e um ruidoso silêncio cumpliciam que você. felizmente, envelheceu. Até para contar as histórias.
Celebre sem culpa. Reclame e xingue confortavelmente. O quê muda pra valer no país se o futebol canarinho ganhar ou perder? Nada. Você aprecia os esporte em questão? Então não há problema. Se não gostas, ao menos o ponto facultativo ajuda. Enquanto profissional liberal sempre temos que mudar e adaptar a agenda para não ficarmos rolando e caindo feito o abominável "herói" que tem pinta de ser muito hiperativo. Fora o deslumbramento e o cinismo.
O quê de profícuo, dali, pode se extrair é a conta bancária. Precoce e duradoura. Aliás, pode - segundo sentença dada pelo mestre- adquirir até amor verdadeiro. Se duvidas, pergunte a uma certa primeira dama. Além da grana, porque é inteligente para além da formosura, o poder está em jogo. Ah! Os podres 'Phoderes'. Temos até, no oficial, um paralelo partido que se proclama, PODEMOS. Para nós, PHODEMOS. 'Yes, we can....' We can, what?'
Essa competição esportiva global trouxe de retorno uma formação recalcada, esquecida, mas que aporrinha, que é uma dose de resgate. Mas qual? Do futebol - esporte primeiro- que humilhado foi na maldita Copa de 2014? Do país, que desmoronou nos últimos anos? E o Estado - de onde prometeu, jurou, que jamais se afastaria e que agora parece lhe oferecer o cartão vermelho?
A grana sempre está em jogo. Até nos festejos de final de ano. Anuais e com os mesmos personagens, faz muiiiiito tempo. Enfeitava-se a rua de exageros, seduzindo-nos para adquir os presentinhos 'amorosos'. Uma crença na troca. E existe outro vínculo em que não existam trocas? Sim. Mas esse não se quer pagar a conta. Ele custa caro, mas não é impossível. Governo qualquer tira sua saborosa casquinha- independente do recheio- com o populismo e seus movimentos. Sua festa, seu circo. Seu porre. Uma lágrima que corre. Também conta. Apresenta-se uniformizada. Cantará seu hino, sua melodia e depois virá um outro. Revirará? Quem sobreviver, que o diga.
terça-feira, 5 de junho de 2018
Personagens e quereres no palco onde bola rola.
Vai chegando a hora e a turba se agita. Vindos de todos os cantos da cidade, de outros lugares e de um outro planeta. Sim , outro planeta. O cidadão e sua barba longa e ruiva- mais parecia uma cerveja 'bock' - comandava uma curiosa coreografia entre os seus amigos não menos estrangeiros. Tentei desvendar aquele sotaque , mas o barulho ao redor impedia.
Aterrizar são e ,iludidamente, a salvo e a cerca de alguns metros da arena para o combate, hojendía, é ato de heroísmo. No último embate decisivo, mês de Dezembro que morreu junto com 2017, houve arruaça, quebradeira, gás de pimenta, gás lacrimogêneo , pancadaria e derrota. Uma ofensa ao esporte coletivo número um do país. Nada parecido com os dribles e artimanhas da mistura Pelé/Mané. A maioria envolvida no conflito, no meu modo de jogar pelada, nunca viu um bom jogo de bola por aqui. Quando essa abstinência se torna incontrolável, delírios, sudoreses, palpitações e mal estar entrando em campo, recorrem aos campeonatos europeus de primeira linha. É por lá que os meninos talentosos do Brasil, quase sempre oriundos de segmentos sociais mais humildes ou muito pobres, 'exilaram-se', Cada vez mais jovens. Empresários, no caso do futebol, uma espécie de tumor metastático corroendo, inflacionando o mercado e levando à banca rota as instituições que formam os atletas. Seriam pedófilos? Mercenários? Não. São empresários a serviço da estranja. E o 'Brazil' adora um gringo. Sobretudo, europeus, estadunidenses..
O antigo ex-maior estádio do mundo metamorfoseou-se numa espécie de campo de golfe para aquela turma deslumbrada e seus adereços na cabeça: uns guardanapos superfaturados que levaram o Estado do Rio à ruína. Quem o frequentou desde os tempos da sua soberania, sente a amputação.
Agora, existem mil e um setores com letras e orientações geográficas detalhadas. Isso tudo disponível para uma população que ainda sofre com analfabetismo resistente, resiliente. Sem contar os valores a serem cobrados pelos ingressos. Felizmente, para sobrevivência de alguns mandatários do esporte bretão, reduziram os valores para viabilizar o acesso ao' novo estádio de golfe', visto que tratamos de uma atividade desportiva, outrora, popular. A mais popular do país continente.
Maracanã cheio. Tarde chuvosa. Fria até. Gente feliz. Incrível, mas ainda existe. Após uma semana pela qual batatas, tomates, alfaces e outros derivados alimentícios precisaram de escolta armada para chegar ao destino onde serão posteriormente devorados, os humores estão em alta. Liderança e expectativa para triunfos maiores.
Os estrangeiros se divertem feito crianças. É só terminar o inverno no hemisfério mais ao norte que as crianças de todas as idades de lá se regozijam com qualquer troço. Creio até que escutei alguns adjetivos tais como: 'exotic';'amazing'.
Primeiro tempo sob suspeição. No final da etapa mortal, restando tão somente 10 minutos para o fim da batalha, o tento alentador. O gol da redenção. O único possível naquela tarde/noite de outono/inverno.
-'Onde está o Cristo? Onde está o morro famoso. A sua residência sob a Guanabara'?- Alguns conclamavam.
Os jogadores de hoje olham para cima quando alcançam o objetivo máximo que é derrotar, matar o adversário. Nesse jogo, o herói do gol triunfante, após marcá-lo, fez um coração com as mãos e o ofereceu ao povo. Vai embora, em Julho, jogar na estranja. Bem jovem, ainda. Império do Amor!
Fim de jogo, fim de festa. Três novos amigos. Um deles- conheci dentro do metrô- e tinha corrido duas maratonas em 24 horas apenas. Uma de 21 e outra com 42 kms por desbravar. Continuava bem vivo. Falava sem cansaço. Seria humano? E estava disposto- não para mais uma extravagância dessas- mas para retornar a sua cidade, no norte, no interior do estado, e que segundo ele, tornou-se uma cidade fantasma. Chamada, Macaé. Mais um gol contra da turma do guardanapo e suas perversidades administrativas.
Os outros dois eram pai e filho. O que me fez rememorar o porquê de ainda me dedicar a esse 'hobby'. Foi através do velho pai que me encantei pela arte do futebolista. E naqueles tempos, havia arte de primeiríssima por aqui. Seria um luto possível pelo pai morto?
Antes de partir, o aperto de mão com o parceiro que estava sentado- o único civilizado naquela multidão-, mais atrás, e que com fones de ouvido me confessa: 'Venho sem uniforme do clube ou qualquer outro adereço pois sou supersticioso. Quando me fantasiava feito palhaço, assim como você está, o time jogava muito mal'. ??????????. Essa foi a minha primeira questão para ele, ou seja, interrogações criptografadas, depois da colocação que acabara de fazer. A segunda foi essa abaixo:
- E o que escutas através dos fones de ouvido?- perguntei-lhe.
- A Marcha Triunfal. Da ópera Aida, de Verdi. Bem popular. Na Itália.
Maracanã. Palco para múltiplos quereres e seus personagens.
Aterrizar são e ,iludidamente, a salvo e a cerca de alguns metros da arena para o combate, hojendía, é ato de heroísmo. No último embate decisivo, mês de Dezembro que morreu junto com 2017, houve arruaça, quebradeira, gás de pimenta, gás lacrimogêneo , pancadaria e derrota. Uma ofensa ao esporte coletivo número um do país. Nada parecido com os dribles e artimanhas da mistura Pelé/Mané. A maioria envolvida no conflito, no meu modo de jogar pelada, nunca viu um bom jogo de bola por aqui. Quando essa abstinência se torna incontrolável, delírios, sudoreses, palpitações e mal estar entrando em campo, recorrem aos campeonatos europeus de primeira linha. É por lá que os meninos talentosos do Brasil, quase sempre oriundos de segmentos sociais mais humildes ou muito pobres, 'exilaram-se', Cada vez mais jovens. Empresários, no caso do futebol, uma espécie de tumor metastático corroendo, inflacionando o mercado e levando à banca rota as instituições que formam os atletas. Seriam pedófilos? Mercenários? Não. São empresários a serviço da estranja. E o 'Brazil' adora um gringo. Sobretudo, europeus, estadunidenses..
O antigo ex-maior estádio do mundo metamorfoseou-se numa espécie de campo de golfe para aquela turma deslumbrada e seus adereços na cabeça: uns guardanapos superfaturados que levaram o Estado do Rio à ruína. Quem o frequentou desde os tempos da sua soberania, sente a amputação.
Agora, existem mil e um setores com letras e orientações geográficas detalhadas. Isso tudo disponível para uma população que ainda sofre com analfabetismo resistente, resiliente. Sem contar os valores a serem cobrados pelos ingressos. Felizmente, para sobrevivência de alguns mandatários do esporte bretão, reduziram os valores para viabilizar o acesso ao' novo estádio de golfe', visto que tratamos de uma atividade desportiva, outrora, popular. A mais popular do país continente.
Maracanã cheio. Tarde chuvosa. Fria até. Gente feliz. Incrível, mas ainda existe. Após uma semana pela qual batatas, tomates, alfaces e outros derivados alimentícios precisaram de escolta armada para chegar ao destino onde serão posteriormente devorados, os humores estão em alta. Liderança e expectativa para triunfos maiores.
Os estrangeiros se divertem feito crianças. É só terminar o inverno no hemisfério mais ao norte que as crianças de todas as idades de lá se regozijam com qualquer troço. Creio até que escutei alguns adjetivos tais como: 'exotic';'amazing'.
Primeiro tempo sob suspeição. No final da etapa mortal, restando tão somente 10 minutos para o fim da batalha, o tento alentador. O gol da redenção. O único possível naquela tarde/noite de outono/inverno.
-'Onde está o Cristo? Onde está o morro famoso. A sua residência sob a Guanabara'?- Alguns conclamavam.
Os jogadores de hoje olham para cima quando alcançam o objetivo máximo que é derrotar, matar o adversário. Nesse jogo, o herói do gol triunfante, após marcá-lo, fez um coração com as mãos e o ofereceu ao povo. Vai embora, em Julho, jogar na estranja. Bem jovem, ainda. Império do Amor!
Fim de jogo, fim de festa. Três novos amigos. Um deles- conheci dentro do metrô- e tinha corrido duas maratonas em 24 horas apenas. Uma de 21 e outra com 42 kms por desbravar. Continuava bem vivo. Falava sem cansaço. Seria humano? E estava disposto- não para mais uma extravagância dessas- mas para retornar a sua cidade, no norte, no interior do estado, e que segundo ele, tornou-se uma cidade fantasma. Chamada, Macaé. Mais um gol contra da turma do guardanapo e suas perversidades administrativas.
Os outros dois eram pai e filho. O que me fez rememorar o porquê de ainda me dedicar a esse 'hobby'. Foi através do velho pai que me encantei pela arte do futebolista. E naqueles tempos, havia arte de primeiríssima por aqui. Seria um luto possível pelo pai morto?
Antes de partir, o aperto de mão com o parceiro que estava sentado- o único civilizado naquela multidão-, mais atrás, e que com fones de ouvido me confessa: 'Venho sem uniforme do clube ou qualquer outro adereço pois sou supersticioso. Quando me fantasiava feito palhaço, assim como você está, o time jogava muito mal'. ??????????. Essa foi a minha primeira questão para ele, ou seja, interrogações criptografadas, depois da colocação que acabara de fazer. A segunda foi essa abaixo:
- E o que escutas através dos fones de ouvido?- perguntei-lhe.
- A Marcha Triunfal. Da ópera Aida, de Verdi. Bem popular. Na Itália.
Maracanã. Palco para múltiplos quereres e seus personagens.
quinta-feira, 24 de maio de 2018
Sucupira Somos nós
Era uma vez Sucupira. Economia ainda muito fechada, Odoricos, ( e há quem defenda que se feche ainda mais) e não se flexibiliza a política de preços, Zeca Diabo! Não se abre concorrência, ao menos, para o refino do combustível fóssil, Ó Cajazeiras irmãs! Até o abominável Ribamar, quando supunha ser a Grande Sucupira uma extensão pretensa do seu Maranhão, tentou criar ( Marimbondos ou Marimbundas?) uma linha ferroviária, imaginada com o nome de Norte Sul! O que diria um Herdeiro de JK e que recebeu abonados dividendos de montadoras AUTOMOTIVAS para que sacralizadoS fossem o veículo gravítico e único, chamado desde Henry Ford, AUTOMÓVEL E SEUS DERIVADOS. Como é fácil criar uma celeuma nacional. Vai um saco de batatas hiper faturado?
A nova Dilma, um pouco mais elegante e cínica, volta a intervir na política de preços do Monopólio que faz brotar ouro negro.
Ó, Sucupira!! Aqui me tens de refém! Até quando?
terça-feira, 15 de maio de 2018
Quando a Síria se reapresenta.Tão próxima. Novamente.
Um Cidadão, parente do bebê vitimado por uma bala sem rumo ( bala sem rumo?), diz que nunca pensou muito na violência do Rio e que outros tantos também não o fazem. Violência que o atinja de frente. Para bom entendedor. Não se preocupava muito com isso, etc e tal. Que essa desgraça não acontece com a gente, etc e mais etc e outros tais. Vejam a denegação. A gente faz o tempo todo isso. Viu, mas recusa. Recalca-se. Manter fora de qualquer lucidez ou ciência. Consciência. E o 'porquê' desse malfadado mecanismo mental? Porque dói. Porque corrói.
O fato de não querer que ocorra, não garante isenção, salvação. Eu quero a gravidade suspensa, hoje! Não consigo, já que não temos esses poderes. Ainda.
Lembram daquele ditado, no tempo das mamãezinhas? As homenageadas do idílico mês de Maio: 'O pior cegueta é o que não quer ver'. Pois...
E esses Outros tantos - ou quantos- quem são? Inclua-me fora dessa lista. Há muito tempo. Desperta- a- dor?
Bom dia! Ó, Sonâmbulo! Acorde. Já está muito tarde. Até para um outro vocativo. Embora- gosto das adversativas- perdoe-me por esse jeito.
Lugar seguro? É duro.Duríssimo. Mas é isso.Contudo, e sobretudo, minha solidariedade a você e toda a fortuna possível - sorte mesmo- a essa criança.
Fiquei pasmado ao vê-la naquela maca de ambulância, em frente da instituição parente, próxima da minha gente.
Estamos juntos. Na mesmíssima guerra.
O fato de não querer que ocorra, não garante isenção, salvação. Eu quero a gravidade suspensa, hoje! Não consigo, já que não temos esses poderes. Ainda.
Lembram daquele ditado, no tempo das mamãezinhas? As homenageadas do idílico mês de Maio: 'O pior cegueta é o que não quer ver'. Pois...
E esses Outros tantos - ou quantos- quem são? Inclua-me fora dessa lista. Há muito tempo. Desperta- a- dor?
Bom dia! Ó, Sonâmbulo! Acorde. Já está muito tarde. Até para um outro vocativo. Embora- gosto das adversativas- perdoe-me por esse jeito.
Lugar seguro? É duro.Duríssimo. Mas é isso.Contudo, e sobretudo, minha solidariedade a você e toda a fortuna possível - sorte mesmo- a essa criança.
Fiquei pasmado ao vê-la naquela maca de ambulância, em frente da instituição parente, próxima da minha gente.
Estamos juntos. Na mesmíssima guerra.
sábado, 5 de maio de 2018
Digressão sobre vinho, comida e abusos.
Digressão sobre vinho, comida e abusos.
Não costumo postar alguma coisa que critique certo empreendimento, sobretudo, nesses momentos de falência geral. Mas o quê justifica um restaurante que se pretende contemporâneo e só com produtos nacionais cobra por vinhos nativos uma fábula? O mais barato custa na faixa de cem pratas. A maior parte ultrapassava essa cifra e chegava a 150, 230, 300😮. ???? . Então você acha: Não devem vender muito. Adega pequena e para alguns afortunados, exibidos ou estrangeiro sem noção. A adega, ao contrário, é bem grande. Sem noção, visto que em qualquer país europeu produtor de vinho, você pagar 80 ou 100 euros num exemplar , quem o estiver servindo abrirá um sorriso contido, mas largo. A não ser que a carta , ou melhor, os proprietários estejam de sacanagem. Existem vinhos excelentes por 20 euros e já provei Bordeaux metido à besta - e na própria região- por 80 euros e estava uma bela caca..💩. Um vinho de guarda frouxo.
Num restaurante sério, e sabendo da variação climática severa que por lá ocorre, você tem direito à prova. Principalmente, quando escolhe um vinho mais caro. Eles são sérios! Vinho nesses lugares não é sinal de 'status' ou iguaria para deslumbrados. É costume, hábito milenar.
Eis então que surge- dificuldade de harmonizar o sub-latino, o sub-brasileiro ou o subsub-estadunidense e passam a dar notas aos vinhos..Esse vem da terra do Trump. Robert 'Caneta'. Começaram a produzir bons vinhos na Califórnia -graças a uma tecnologia de ponta e admirável- e por conseguinte se acham os donos dos vinhedos e paladares do mundo. O critério sobre as notas dadas por Robert 'Caneta' muitas vezes se parece com aquelas mesmas avaliações que surgem uma vez ao ano nas apurações de escolas de samba. Mas podem se aquetar: já temos no mercado os novos ricos subsubchineses. Já compraram algumas propriedades na França. E os franceses já estão tendo que readquirir algumas dessas. Prejuízo. Óbvio. Apesar de milenar, o chino é iniciante nessa área. Definitivamente, não é o mesmo que comer insetos. Além do que, ora ora, esse troço de vinho é coisa da burguesia! Não? Por aqui. Pois na França 'Revolucionária' ( aquela mentira) , trabalhadores foram mortos por não colocar nas suas modestas vendas se o vinho vendido era branco ou tinto. Não explicitava sobre o produto - na porta do estabelecimento e pronto! 'Seu Contra- Revolucionário a serviço do mal'. Já para Guilhotina.
O primeiro vinho que provei na vida- adolescente com os debutantes 15 anos- foi numa festa junina. Não era aquele quentão suspeito, mas uma pequenina taça de um Cabernet Franc que o organizador, um religioso do colégio Marista / DF, nos ofereceu. Foram os Maristas que primeiro cultivaram essa uva nobre - que acrescentada ao Sauvignon Blac - nos dá a filha adorada, o Cabernet Sauvignon . A uva não vingou no Sul por causa do clima e da sua fragilidade para certo solo. A produção era pequena e não compensava os custos. Por quê? Porque aqui o hábito é pequeno. Depois disso, fui um pouco treinado por um tio paulistano que tinha ótimos hábitos gastronômicos, operísticos e musicais.
As importações por causa da desvalorização da nossa moeda aguerrida apesar dos Lulas, FHCs, Dilmas e TEMERs jogam os custos lá para o alto, ao lado da chuva de meteoros.
Fora os impostos que cada estado cobra por essas exportações e que aqui no Rio são ainda mais estrelares. Concorrência cervejeira no clima tropical.
AH! O restaurante em questão não é novato. Já tem seis aninhos. O dono ou chefe ( quanta saudade dos tempos - olha o malfazejo saudosismo - em que existiam os cozinheiros de forno e fogão sem afetação) é homônimo da Rua Conde de Irajá, em Botafogo. Ótimas entradas e só. Além do vinho - caro e tão somente pretensioso - , um picadinho de carne e certos badulaques não valem 76 pratas.
Em tempos de garimpos delirantes televisivos, não havia nenhuma pérola ou ouro a ser revelado por ali. A casa, antiga e muito bem decorada, é linda
Num restaurante sério, e sabendo da variação climática severa que por lá ocorre, você tem direito à prova. Principalmente, quando escolhe um vinho mais caro. Eles são sérios! Vinho nesses lugares não é sinal de 'status' ou iguaria para deslumbrados. É costume, hábito milenar.
Eis então que surge- dificuldade de harmonizar o sub-latino, o sub-brasileiro ou o subsub-estadunidense e passam a dar notas aos vinhos..Esse vem da terra do Trump. Robert 'Caneta'. Começaram a produzir bons vinhos na Califórnia -graças a uma tecnologia de ponta e admirável- e por conseguinte se acham os donos dos vinhedos e paladares do mundo. O critério sobre as notas dadas por Robert 'Caneta' muitas vezes se parece com aquelas mesmas avaliações que surgem uma vez ao ano nas apurações de escolas de samba. Mas podem se aquetar: já temos no mercado os novos ricos subsubchineses. Já compraram algumas propriedades na França. E os franceses já estão tendo que readquirir algumas dessas. Prejuízo. Óbvio. Apesar de milenar, o chino é iniciante nessa área. Definitivamente, não é o mesmo que comer insetos. Além do que, ora ora, esse troço de vinho é coisa da burguesia! Não? Por aqui. Pois na França 'Revolucionária' ( aquela mentira) , trabalhadores foram mortos por não colocar nas suas modestas vendas se o vinho vendido era branco ou tinto. Não explicitava sobre o produto - na porta do estabelecimento e pronto! 'Seu Contra- Revolucionário a serviço do mal'. Já para Guilhotina.
O primeiro vinho que provei na vida- adolescente com os debutantes 15 anos- foi numa festa junina. Não era aquele quentão suspeito, mas uma pequenina taça de um Cabernet Franc que o organizador, um religioso do colégio Marista / DF, nos ofereceu. Foram os Maristas que primeiro cultivaram essa uva nobre - que acrescentada ao Sauvignon Blac - nos dá a filha adorada, o Cabernet Sauvignon . A uva não vingou no Sul por causa do clima e da sua fragilidade para certo solo. A produção era pequena e não compensava os custos. Por quê? Porque aqui o hábito é pequeno. Depois disso, fui um pouco treinado por um tio paulistano que tinha ótimos hábitos gastronômicos, operísticos e musicais.
As importações por causa da desvalorização da nossa moeda aguerrida apesar dos Lulas, FHCs, Dilmas e TEMERs jogam os custos lá para o alto, ao lado da chuva de meteoros.
Fora os impostos que cada estado cobra por essas exportações e que aqui no Rio são ainda mais estrelares. Concorrência cervejeira no clima tropical.
AH! O restaurante em questão não é novato. Já tem seis aninhos. O dono ou chefe ( quanta saudade dos tempos - olha o malfazejo saudosismo - em que existiam os cozinheiros de forno e fogão sem afetação) é homônimo da Rua Conde de Irajá, em Botafogo. Ótimas entradas e só. Além do vinho - caro e tão somente pretensioso - , um picadinho de carne e certos badulaques não valem 76 pratas.
Em tempos de garimpos delirantes televisivos, não havia nenhuma pérola ou ouro a ser revelado por ali. A casa, antiga e muito bem decorada, é linda
Saudades....
Joaquim Ferreira dos Santos, jornalista, escritor, no mesmo jornal global relembra, saudosista,um comércio, suas lojas, nossos hábitos na cidade e que morreram. O texto é muito bonito.
Lacan repetia que não sofria de saudosismo. É fato. Saudosista não produz novidades, novas cores, novos hábitos, reviravoltas, furacões.
Agora, Joaquim: A Amazon tem alma... E como tem. Ela não tem culpa pelo fato de a 'Impecável Maré Mansa'- uma loja quase 'milenar' - dizem até que veio com o Estácio, de Sá- ter acabado. E outras tantas.
Hoje, sofro menos de saudosismo. Apenas o suficiente para manter aquela 'saudade que se gosta de manter. ' Só assim sinto você bem perto de mim, outra vez'. Sentencia o Rei Roberto Carlos. 👑
Lacan repetia que não sofria de saudosismo. É fato. Saudosista não produz novidades, novas cores, novos hábitos, reviravoltas, furacões.
Agora, Joaquim: A Amazon tem alma... E como tem. Ela não tem culpa pelo fato de a 'Impecável Maré Mansa'- uma loja quase 'milenar' - dizem até que veio com o Estácio, de Sá- ter acabado. E outras tantas.
Hoje, sofro menos de saudosismo. Apenas o suficiente para manter aquela 'saudade que se gosta de manter. ' Só assim sinto você bem perto de mim, outra vez'. Sentencia o Rei Roberto Carlos. 👑
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