Marcadores

sexta-feira, 29 de junho de 2018

Torça, lixe-se. Que se dane.

Quatro anos pode ter sido um prazo razoavelmente curto ou longo dependendo de cada olhar. Eu utilizo o razoavelmente porque sou viciado em alguns advérbios. Quase compulsivo. 
Quatro anos entre a última copa mundial de peladas Fifa e essa. Na última Copa, talvez tenha sido a pior das minhas todas para quem as acompanhava desde 1970/74. Afinal, a derrubada de um edifício ao lado do nosso e as manifestações contra os governos vigentes- e que valiam no máximo 20 centavos- dividiam atenções. O desconforto presente -e que dois anos e meio mais tarde revelaria, e que já desconfiávamos, alterou os humores. O final do torneio nada mais foi do que uma metáfora da situação do país e da cidade ex-maravilha. Uma guerra de reatividades e agressões. Uma derrota acachapante. Um amadorismo sem fim. Um hospício, enfim.
 E agora, diante de jovens com duas décadas, três décadas de vida , vira-se uma espécie de atração 'Google' falante. Relembra-se daquele gol e aquela festa em que a memória visual é a única testemunha.  Alguns olhares e um ruidoso silêncio cumpliciam que você. felizmente, envelheceu. Até para contar as histórias. 
Celebre sem culpa. Reclame e xingue confortavelmente. O quê muda pra valer no país se o futebol canarinho ganhar ou perder? Nada. Você aprecia os esporte em questão? Então não há problema. Se não gostas, ao menos o ponto facultativo ajuda. Enquanto profissional liberal sempre temos que mudar e adaptar a agenda para não ficarmos rolando e caindo feito o abominável "herói" que tem pinta de ser muito hiperativo. Fora o deslumbramento e o cinismo. 
O quê de profícuo, dali, pode se extrair é a conta bancária. Precoce e duradoura.  Aliás, pode - segundo sentença dada pelo mestre- adquirir até amor verdadeiro. Se duvidas, pergunte a uma certa primeira dama. Além da grana, porque é inteligente  para além da formosura, o poder está em jogo. Ah! Os podres 'Phoderes'. Temos até, no oficial, um paralelo partido que se proclama, PODEMOS. Para nós, PHODEMOS. 'Yes, we can....' We can, what?' 
Essa competição esportiva global trouxe de retorno uma formação recalcada, esquecida, mas que aporrinha, que é uma dose de resgate. Mas qual? Do futebol - esporte primeiro- que humilhado foi na maldita Copa de 2014? Do país, que desmoronou nos últimos anos? E o Estado - de onde prometeu, jurou, que jamais se afastaria e que agora parece lhe oferecer o cartão vermelho? 
A grana sempre está em jogo. Até nos festejos de final de ano. Anuais e com os mesmos personagens, faz muiiiiito tempo. Enfeitava-se a rua de exageros, seduzindo-nos para adquir os presentinhos 'amorosos'. Uma crença na troca. E existe outro vínculo em que não existam trocas? Sim. Mas esse não se quer pagar a conta. Ele custa caro, mas não é impossível. Governo qualquer tira sua saborosa casquinha- independente do recheio- com o populismo e seus movimentos.  Sua festa, seu circo. Seu porre. Uma lágrima que corre. Também conta. Apresenta-se uniformizada. Cantará seu hino, sua melodia e depois virá um outro. Revirará? Quem sobreviver, que o diga. 



Nenhum comentário: