O dicionário de Antônio Houaiss nos auxilia com a definição de oportunismo:' habilidade em tirar partido de fatos ou circunstâncias para obtenção de algo;tendência ,prática ou política de tirar proveito ou acomodar-se a oportunidades, circunstâncias ou fatos....bons momentos para realizar uma jogada,habilidade em buscar ocasiões, etc.'
Portanto, dependendo da situação podemos avaliar que aquele tal ato oportunista foi bacana ou não.Bacana ou não para quem?Sempre será assim.São as tais circunstâncias que delimitarão o que vale ou não.É um grande embate de forças, decidido politicamente ou através de um nocaute.Que também pode ser questionado o tal nocaute, afinal há o golpe baixo que não é permitido.Ao burlar as regras combinadas podemos ter ou não problema.E se o burlar as regras - tão comum nas altas e baixas instâncias- for a formação interessante,oportuna do momento? Logo, o golpe baixo passa a ser glorificado.O golpe baixo tem a razão!
A decisão será sempre convencionada por interesses políticos,ou seja, acerto na distribuição dos poderes aqui e agora.E muitas vezes o melhor, o mais profícuo , o mais consistente não leva, não vence. A história-não muito digna- da tal humanidade nos exemplifica demasiadamente. Vejamos por exemplo Jesus!Não, amigo, eu não o vi,mas há gente que garante que já conversou, já jantou com o tal rapaz.E não me refiro ao Jesus da Madonna , aquela que canta e dança,mas o que foi assassinado aos 33 anos de idade. Parece que se deu mal aquele que é seguido por milhões até hoje. Se a turma que o matou- muitos dos seus estavam entre os assassinos- pudesse antever o que estaria por vir, talvez o fim da história fosse outro. Joana D'arc,Copérnico, Galileu Galilei,Giordano Bruno, Alan Touring, entre tantos outros que tinham tudo certo na hora errada.Logo, não tinham tudo certo ou quem sabe não faz a hora?
Estamos enfiados no reino das aleatoriedades que é regido por um sistema cuja ordenação é caótica ,ou seja, imprevisível em última instãncia.E MD.Magno ,por exemplo, já definiu a psicanálise como uma ciência do Caos.
Podemos quando muito acompanhar os movimentos, enquanto indelével fluxo de formações,sem pré-conceitos,opiniões demasiadas,valores, etc. CASO contrário caímos naquela história de que o que é bacana ou verdade para os meus tesões, os meus desejos,ou seja, os meus tão prezados sintomas ,tornam-se bacanas, verdadeiros -na verdade,devem se tornar- bacanas tal qualmente ,verdades ,portanto, para todos.E já houve Filosofia-da melhor qualidade - que transformou isso numa obrigatoriedade ,numa concepção ética!
O sujeito faz um troço que uma turma acha errado,sem ética,oportunista,mas a turma dele não acha não.Acha que ele tem razão e aqueles outros devem morrer: na cruz,na fogueira,de boca calada, decapitado,etc.
Porém, não há como não haver perversão a fim de arrumar a casa.Imaginem o sinal de trãnsito sempre esverdeado?Contando com a nossa boa educação,generosidade, etc? As leis são convencionadas sempre
Doutor Nietzsche alertava para a idéia de um Deus morto ao vislumbrar uma situação sem saída, aporética,sinuca de bico, onde os envolvidos têm que decidir sem que haja uma instância superior a eles.Não há algo que lhes transcenda, algo além deles.Estão enfiados na mais pura imanência.
Lembro-me de uma colega, chegada aos estudos mais aprofundados da filosofia, que chamara a atenção que o jogo sem o árbitro, sem aquela formação heterogênea ao resto dos participantes e que decidiria o que é bacana ,ou melhor, válido ou não, é um momento exemplar do Deus morto Nietzschiano.
Assim sendo o oportunismo oportunista de Luís Carlos Barreto e family ao produzir ,restando menos de um ano para as eleições presidenciais,um filme sobre a história do atual Presidente Lula,recheada de sentimentalismo, também é valido.Por que não seria? Ele declarou,o produtor:"Quero ganhar dinheiro"!Qual é o problema nisso?Ele também merece...Deve ser filho de Jesus também.Tio da Madonna?Quem deve arbitrar essa história?Ou deixamos que a consciência- e o que seria isso,consciência?- do povo brasileiro decida?Há suprema corte?Isso seria censura?E que tal a libertinagem enquanto candidatura?Por que não uma pornógrafa mandatária?Perguntas...
Todavia,a questão que me acossa é somente a seguinte: em outros países , a legislação eleitoreira permitiria esse lançamento,sobretudo levando-se em conta o fato de que muitos que contribuíram economicamente para essa produção cinematográfica existir,não tiveram suas identidades reveladas....ainda?
O filme sobre o Sr.Watergate,President Nixon, republicano brilhante e corrupto que achava que se fosse possível para um Presidente passar por cima das decisões da Suprema Corte ,isso seria válido, e isso lhe custou o mandato,com a sua renúncia no início dos anos 70,só foi lançado em 2008,após as eleições que consagraram Obama Hussein presidente do EUA!E olhem que Mr. Nixon já havia morrido fazia 14 anos. Se bem que por lá as eleições são bem confusas.
Eles tem de fato um regime republicano.Um país também continental onde as federações tem certa autonomia em relação à Federação.Creio que Mr.Nixon nas tantas conversas que teve com os 'libertários democratas' Mao Tsé Tung e Nikita Khrushchov,uma espécie de czar cínico do comunismo soviético à época, encantaram Richard Nixon.
Oportunista pra valer era o Romário.Paradinho,muito habilidoso,eficiente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário