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terça-feira, 18 de abril de 2017

Onde mesmo?

Saio. Guarda chuva aberto . Ela prometeu que vinha e veio . Anunciada, fez mistério . Caiu com duvidosa timidez. Era o início. Depois, chegou para valer. E as ruas estão tristes. 
A poça d´água mais próxima não faz mistério sobre o perigo que ela pode nos ocasionar. Sozinho. Absolutamente só. O mundo lhe parece distante. O ano parece que não passa. Por que as horas e seus minutos com os seus segundos não podem simplesmente estacionar, congelar? Eles são fictícios ou não? Esse tempo que não cessa de passar? 
Chega-se na esquina. As pernas mecânicas com seus motores e buzinas passam apressadas. Temerosos em não ultrapassar a próxima poça que acumula obstáculos. As nuvens são belas. Estão baixas. Encobrem o cristo. Contornam as montanhas. Ai está...
Ele se aproxima. Nada discreto. Amarelo reluzente. Há uma igreja mais à frente. O cidadão pouco diz. O caminho é indicado. Ele parece não falar. Emite um som gutural. É grandão, desajeitado. Não conhece o lugar onde está. Corajoso? Ele ou eu? Pista escorregadia... Vida de perigos. Deve ser a crise. E a oportunidade? Onde baila?  O cara está ali. Deixando-se conduzir pela necessidade. Pelo Tesão da sobrevivência. Seria mesmo? Será que ele sabe o que quer? Um bronco. Mas o broncos podem ser felizes. E os arrogantes? 'Aquilo ali é um estádio'?- perguntou. Sim e não. Respondi. É o Jóquei Clube. Lugar em que os cavalinhos pulam, correm, apanham. 'AH'....ou outro 'mugido' semelhante. E ali, caro senhor desorientado, logo, mais feliz, é a Lagoa. Lugar onde os peixes , antigamente, nadavam. .. Mostrou os dentes. Um sorriso?  O senhor pode pegar aquela rua principal para retornar a salvo. Alertei. 'Eu sei- num tom irritado-, conheço Copacabana.  ???????????????????
Não é por nada não, mas estávamos em Ipanema.  Boa noite. 

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