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sexta-feira, 25 de abril de 2014

Dir-se-ia que o carro levantou voo em vão.

Dir-se-ia ( olha a mesóclise que tanto irritava Hilda Hilst) que no reino de Rousseff vive um país singular de cinismo contemporâneo. Façamos um grande negócio. Cheguei a sonhá-lo . Comprar por centavo de milhão e revender por bilhão. Segundo um ex-diretor - agora desempregado- o negócio teria sido Real-Men-Te ( Olha o Chacrinha dando pinta) ruim se a refinaria tivesse explodido. Bebo uma cerveja belga para curar a ressaca do chocolate de mesma nacionalidade.
O moço que confessou que torturava mesmo, na comissão da verdade ( filósofos adoram proclamar verdades que não sabem muito bem onde se escondem), apareceu asfixiado com a própria truculência. Colecionava armas. Devia ser paranoia. Método para se sobreviver ao trânsito, à Pollyannas...
Felipão - um Felipe avantajado amigo do Pé Grande ( Pezão) - anunciará com um outdoor bem posto atrás dele e repleto de anúncios empresariais que a camisa da seleção de canarinhos terá a coloração amarela. E se chamará Brasil. Mais anúncios para discorrer sobre a etiologia do seu nome ou sobre o do Pezão. Uma outra entrevista e a psicóloga da seleção ( eu avisei que poderia piorar) bostejando sobre os efeitos emocionais sobre os milionários mancebos do mundo da bola. Uma Universidade patrocina o encontro. Uma bela entrevista onde não se diz coisa alguma. E mais anúncios.
Miro Teixeira parece que se candidata ao Governo do Estado do Rio esse ano. Ao menos tem compostura, educação, apesar de um excessivo fetiche de brizolismos. Mas cada um tem o seu. E que se respeite. Ele saiu do PDT ( ainda há? ) e não adentrou ao meu pequenino PQP. Aliás, o personagem deputado de uma série de humor da Rede Globo ( Pé na Cova) porta um broche com as cores idênticas às do partido do ex-governador. Chama-se PDL. Ficou uma espécie de T de ponta cabeça. Teriam certos governos estado de ponta cabeça, parte do tempo?
Nos anos 80, um filme nacional, cujo nome não lembro, mas que tinha na direção alguém da casa do Jardim Botânico ( ou seria o produtor?), uma cena reaparece. Os bancos na praia do Arpoador apareceram - pós pôr do sol e sem plateia- pichados com as siglas do PDT. A guerra era explícita à época.
Haveria então uma filmagem ali , naquele local. Na véspera, os hoje manifestantes, picharam os bancos todos. O quê fez o diretor? Mudou a cena e jogou um carro, se o Alzheimer não me prega peça, um automóvel Brasília (VW) branco na direção de um dos bancos pichados com as siglas do partido do mandatário caudilho. A história me foi confirmadas há pouco tempo ( suspeitei paranoicamente desse fato durante alguns cem anos solitários) através de um ex-deputado do partido do ex-governador que só pensava em ter a presidência da Res-pública na mesinha de cabeceira. Guerra que se segue.
Gabriel Garcia Márquez era tão esquerdista , e sua solidão centenária marcou minhas leituras, que o melhor crítico literário para ele - em torno da sua obra - foi o uruguaio, Eduardo Galeano. Veias abertas...
Vou torcer para Holanda na Copa. Tenho até camisa retrô alaranjada. Se fosse amarela com tucano de bico aberto, seria daquele outro partido.
Não me levarei a mal e tão a sério. Afinal, suspeita-se que ninguém sai vivo dessa vida. Bom fim de semana. OBS: O quê não disse é que havia um spray de tinta perto da minha saudosa lembrança.

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