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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Polilas de outrora.

Não se fazem mais bailarinos Polilas como antigamente. Lembram dele? Já falecido, dizia ter visto o ainda sobrevivente General Newton 'Gentileza' Cruz - ex-chefe do SNI e de quem tenho lágrimas feitas de recordações pelo gás lacrimogêneo que jogou na nossa cara mais uns adoráveis pastores alemães não desdentados por causa de uma simples briga entre meninos metidos a valentes - numa Copa do Mundo em 1982, num lugar em que passei alguns momentos quando morei em Brasília- , na cena do crime do jornalista ( acho que ele estava na revista Cruzeiro) Baumgarten. As afirmações e descrições que Polila, também chamado de Jiló, fez da cena do crime, das roupas, do gestual e outros quesitos do samba enredo quase enquadraram o General. O seu advogado de defesa- o mesmo que defendera a atriz Dorinha Durval- disse que fora o caso mais difícil de reverter em sua carreira até então. Só conseguiu com o auxílio de profissionais da área de saúde mental. O tal Polila era completamente paranoico. E numa boa parana as maluquices são muito bem articuladas, sistematizadas, perseguidas - parecidas com as nossas- só que mais competentes. Tem que saber escutar para não ficar tão parecido.
Digamos que Polila voltou à cena do crime, no centro do Rio. E vai dizer assim: 'Estou certo que não foi o cinegrafista Santiago que cometeu o crime, até porque ele estava de costas". Mas também- como alerta a minha prezada colega , Patrícia Netto, NÃO CAIO NESSA. E não nos esqueçamos que Baumgarten trocara de lado e passara a chantagear a quem serviu por um bom tempo. Tudo isso no início dos anos 80, reflexo dos 70s. Althusser- filósofo também falecido , francês da Argélia, e que não foi visto por Jiló estrangulando a sua amada Hélène- estava certo ao dizer que o futuro dura muito tempo.
Lamento informar que a campanha eleitoral já começou. Do pior jeito. E o pleito- ou seria PEIDO?- só rola em Outubro. E a máquina oficial e a oposição sofrendo dos labirintos. Daqueles que deixam todos tontos.

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