Admirável mundo novo e sua gente que desafia opressões climáticas,desgastes da célula -preguiçosa para se mover, e que quando se move traz a morte como convidada-e que persiste.
Ali se deslocavam sorrisos cansados.Em cada ruga uma travessia de décadas.Quantos filmes já assistiram? "Ah! A mocinha me lembra a Audrey Hepburn"- disse uma dessas pessoas.Eles resistem ao Home Theater doméstico bravamente.
Nada substitui aquela pipoca deliciosa e aquele maldito barulho de saco de pipoca.
A sala torna-se breu e imagina-se o ruído do rolo projetor.Nada.O rolo está de acústica nova.Virou modernidade da tecnologia.
Começa o filme e a gente passa a fazer parte daquela história ,daquele delírio.E a gente sabe.E a gente gosta.E a gente faz questão de se iludir por umas 2 horas.O que é bem melhor do que a ilusão diária de décadas.
E eu que conheci Audrey e suas maravilhas penso saber logo o fim da história.Contudo, o cara que dirige o tal filme é bom condutor.E os atores não sabem.Eles,simplesmente, fazem.
Acabou,luz acesa.Silêncio.Cada platéia,um personagem."Será que ela morreu no fim"?
A mesma senhora,rejuvenecida depois de mais uma travessia,indaga.
Pouco importa.Semana que vem a gente inventa outro.Cada um que invente o seu.
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