O bêbado turista e o não equilibrista.
Cidadão- eu retorna à casa e no meio do caminho não havia uma pedra , mas sim um bêbado.
Voltava de um mergulho, depois de um inverno delicioso, e encontro essa Pessoa bêbada e desnuda da cintura para cima. Preferi, confesso, não olhar para baixo. Ele apontou na minha direção e falou algo como ' E aí professor'? Nunca fui professor.
- Não sou professor. - respondi.
Ele ficou um pouco mais perturbado e um tanto indignado. Percebi. Todo cuidado com certos ébrios será pouco.
Armado com um desses celulares enormes e exibidíssimos , mostrou o nome da rua que desejava alcançar. Ele estava em Ipanema e a rua, cujo nome reconheci, fica em Copacabana.
'Eu sou de fora...' - perdeu um certo tempo com essa obviedade.
Comuniquei que caminharia uns 14 quarteirões até lá. Ele ficou desanimado.
'Calma. Vá em frente. Pegue o calçadão da praia para o lado esquerdo. Ainda sabe o que é à esquerda e à direita, não é?'- ponto.
Balancou a cabeça positivamente.
Não sei o final dessa odisséia.
Lembro de ter visto aquele corpo daquele rapaz bem branco, corrente de ouro grossa ao redor do pescoço, caminhada trôpega no estilo siri bêbado ( aquele para o ladinho) se distanciar.
Ele tinha bebido algumas caipirinhas na praia. Mas em qual praia?
Já fui jovem, já fui temerário, já fiquei de pileque , já fiz merda à beça. Mas na terra estrangeira, ainda mais pelos lados de qualquer capital populosa desse país e de outros tantos, sempre tive régua e compasso.
No Rio, vende-se caipirinha feita de etanol com corantes como se fosse algo bom.É crime. Deveria ser. Se o GPS não colabora, procure um barraqueiro oficial na praia ou um quiosque legal. Existem. Garanto. Enjoy.
Carlucho Silva Dantas
23 de agosto às 12:41
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