UM PEQUENO LUCRO DO SEU PREJUÍZO. SERÁ QUE TOPAM?
Brasileiro gosta de uma fila. Permanece ali por algumas horas se necessário for ou não. Indaga-se à gerente- tão maquiada naquela manhã preguiçosa que mais parecia chegar da balada- a quantas andam a nossa falência e o lucro indestrutível daquele banco: o maior banco privado e populista do país. E a primeira letra do seu nome é a letra B...de banqueiro ( para não se esquecer quem comanda o jogo); mas também B de....Babacas ( ...os clientes que acreditam, que se submetem sempre, porque o jogo é assim). Segundo a senhorita, por lá há 20 anos, nunca se concedeu tanto empréstimo quanto nesse período atual. E empréstimos com valores baixos e, por certo, juros bem altos. Novos milhões de clientes endividados, por um longo período. Dinheiro de plástico na moda, menos papel moeda em agência, nos cofres. Farra com a especulação das aplicações dos Outros. Aqueles, nós mesmos, cuja inicial do nome ou adjeto já fora mencionado. Se bem que escrevi com Outro maiúsculo. Talvez uma homenagem àquela cadeia de significantes sem fim. O inconsciente é de fato capitalista.
Prestimosa, após uma série de punhaladas, a senhorita-festa providenciou uma senha enquanto eu assinava uns papéis. Despedi-me com um semi-palavrão e diante do número, da tal senha, confabulei: ' Dois mil e dois. Curioso que uma tela, nessa sala repleta de brasileiros e filas, indica o número 5004 e a outra , mais modesta ou em atraso, 147. Onde fica o 2002?"
Poderia dizer que foi o número da sorte, pois é correspondente ao ano em que conheci Dona Mônica. Será? Dia dos Motéis lotados a chegar, quero dizer 12 de Junho, e ...Não havia esse número! Eu tinha um número- em casa de banqueiro codinome coisa ruim- sem existência local. Conspirei: ' Vou tentar lhes propor alguma porcentagem de lucro sobre o total do seu prejuízo. Se assim conseguir, corro para o Nobel da boa malandragem'! Ou seria alguma taxa com juros levitando embutida no atraso em ser atendido para me livrar daquele teatro vagabundo? Prejuízo de grana-tempo. Desperdício de 45 minutos. E sem Gol.
Se existe alguma profissão em que aquele anjo-gato, o boa gente do Lúcifer, está engajado, creiam-me; começa com a letra B.
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Brasileiro gosta de uma fila. Permanece ali por algumas horas se necessário for ou não. Indaga-se à gerente- tão maquiada naquela manhã preguiçosa que mais parecia chegar da balada- a quantas andam a nossa falência e o lucro indestrutível daquele banco: o maior banco privado e populista do país. E a primeira letra do seu nome é a letra B...de banqueiro ( para não se esquecer quem comanda o jogo); mas também B de....Babacas ( ...os clientes que acreditam, que se submetem sempre, porque o jogo é assim). Segundo a senhorita, por lá há 20 anos, nunca se concedeu tanto empréstimo quanto nesse período atual. E empréstimos com valores baixos e, por certo, juros bem altos. Novos milhões de clientes endividados, por um longo período. Dinheiro de plástico na moda, menos papel moeda em agência, nos cofres. Farra com a especulação das aplicações dos Outros. Aqueles, nós mesmos, cuja inicial do nome ou adjeto já fora mencionado. Se bem que escrevi com Outro maiúsculo. Talvez uma homenagem àquela cadeia de significantes sem fim. O inconsciente é de fato capitalista.
Prestimosa, após uma série de punhaladas, a senhorita-festa providenciou uma senha enquanto eu assinava uns papéis. Despedi-me com um semi-palavrão e diante do número, da tal senha, confabulei: ' Dois mil e dois. Curioso que uma tela, nessa sala repleta de brasileiros e filas, indica o número 5004 e a outra , mais modesta ou em atraso, 147. Onde fica o 2002?"
Poderia dizer que foi o número da sorte, pois é correspondente ao ano em que conheci Dona Mônica. Será? Dia dos Motéis lotados a chegar, quero dizer 12 de Junho, e ...Não havia esse número! Eu tinha um número- em casa de banqueiro codinome coisa ruim- sem existência local. Conspirei: ' Vou tentar lhes propor alguma porcentagem de lucro sobre o total do seu prejuízo. Se assim conseguir, corro para o Nobel da boa malandragem'! Ou seria alguma taxa com juros levitando embutida no atraso em ser atendido para me livrar daquele teatro vagabundo? Prejuízo de grana-tempo. Desperdício de 45 minutos. E sem Gol.
Se existe alguma profissão em que aquele anjo-gato, o boa gente do Lúcifer, está engajado, creiam-me; começa com a letra B.
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