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quarta-feira, 25 de junho de 2014

O mazombo atacou outra vez.

La hinchada argentina é incomparável. E querem uma final com eles. Boleiro de verdade não quer. Recordo João Saldanha em sua última copa quando respondia ao narrador Paulo Stein , hoje na Sport TV e ainda tricolor, avisado por ele que faríamos a primeira partida eliminatória contra a Argentina. Eram as oitavas de final da Copa de 1990, no gramado em forma de bota. Itália, seu pouso. Saldanha, O valentão, dizia: ' Não temos como evitar essa desgraça'? Profético. Morreu antes. Seu coração lhe poupou o sacrifício de mais uma agonia lazaronica, lazarenta.
O país confundia o técnico Sebastião Lazaroni- cria do meu falido clube- e o jogador Dunga como sendo protagonistas do confisco da grana- roubaram até a poupança dos velhinhos- ocorrido alguns meses antes de Copa pelo governo Collor. Fez uma primeira fase, canarinhos, só com vitórias. A vizinha perdeu de cara para Camarões. Diego, para os íntimos e Maradona para nosotros, estava lá. Foram sacaneados. Algumas semanas depois, eliminavam a Itália em Roma. Diego- tornei-me íntimo agora- jogou no ventilador que o Sul da Itália- ele criou uma esquadra que não havia chamada Nápoles- era discriminada pelo Centro- Norte do País da bota. Fez seu gol de placa. Criou uma confusão dos diabos na Itália. São catimbeiros como ninguém. Chegaram à decisão. Perderam, mas deixaram o resto de sangue das Malvinas naquele Coliseu romano.
Portanto, se a desgraça não puder ser evitada que ao menos a humilhação nas arquibancadas- que acontecerá- seja mitigada. Mudar um pouco o abominável e mentiroso refrão ( como diz o poeta e amigo Marcelo Henrique Marques de Souza " esse souvenir de estações travestido de patriotismo") , "Com muito orgulho...e certo horror", por algo mais maneirista, ou seja, mais brazuca, mais Rodriguiano, Magniniano, Caetânico e Roseado de Guimarães com seus Machados nos pés. Um Jobim Brasileiro.
Duvido que A Fifa se meta com eles. Transformar a Caixa de Bombons mais famosa e mais ensurdecedora, por exemplo, num conglomerado de Arteplex para deslumbrados subservientes em vislumbre de meio HD. Cadê que barraram a hinchada! Barraram a nossa. Vuvuzela neles.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Pegadinhas do futebol.

Um jogo entre Japão e Grécia foi feito para derrubar os locutores esportivos. Passando a pelota para Osako ou Kagawa, mas o Grego Papastathopoulos ( cético pirrônico) a atrapalhar. Lembro aqui o episódio que o jornalista Washington Rodrigues, Apolinho, do Rio, viveu e compartilhou conosco.
Jogavam Brasil e Áustria. Um jogo amistoso, ou seja, embromação enfarpelada. No time austríaco havia um jogador cujo nome praticamente só tinha consoantes: Thwschjyrwya ( algo assim). E não é que a figura- que estava no banco de reservas- foi chamado para entrar em campo! Apolinho avisou ao lendário locutor que transmitia o jogo pela Rádio Globo (Waldir Amaral , a quem tive o prazer de escutar suas prosas, ao vivo, no Clube Caiçaras) : "Substituição na Áustria, Waldir".
- Quem vai entrar?- indagou o narrador
-Thwsschynya- xingou Apolinho.
-Quem?-insistiu o dono da voz.
-Sdrtwtplkgfrsdi- tentou novamente- com esse outro algoritmo um pouco mais simples- o rubro-negro jornalista.
Após o terceiro 'QUEM?', Washington, trepidante Apolinho, resolveu a agonia:
- Zé!!! Quem entra no time da Áustria é o ponta-direita ( não existe mais isso no futebol de hoje) ZÉ, Waldir!
Waldir achou ótimo e narrou até o fim aquele jogo entre os ZÉS Cariocas e aquele único Zé que se lambuzava feito menino pelas pontas. E naquela época, o país estava mesmo mais à direita.
Esse Zé específico, conterrâneo de Freud. Quem sabe nascido, há controvérsias, na tropical Salzburg ou na não menos bela Innsbruck.