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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Rapidinhas num táxi.

O carro amarelo exibe a sua fumaça escura pela redondeza Guanabara. Aliás, Guanabara ficara para trás após golpe sórdido de milico ignorante que quis, num certo dia 31 do mês em que nasci, imperador absoluto se tornar. Onde estavas?
Há tempos atrás, alguns carros pretos, os temíveis veículos oficiais, traziam senhores taciturnos com seus ternos estranhos. Os carros da cor preta eram raros no país, idos dos anos 70/80, porque podiam ser confundidos com os tais oficiais. Compunham desse modo uma formalidade pretensiosa, o tal tipo palaciano, na sua pretensa limusine. Diziam-se autoridades, de autoria falsa, naquela cidade em que todo mundo, apenas por estar ali, acha-se tão importante. "Com quem pensas que está falando"?- "arroganteia" o pretenso egrégio cidadão. Afirmou categórico, a voz sem hesitações, sobre o verbo 'arrogantear' e que sequer existe na norma culta. Mas existe no mundo. E o mundo era só ele. Não se trata pois de um egoísta, importante virtude, mas sim de um egocêntrico incurável. Suas preferências, seus tesões, pretendem governar o mundo. Não só o que supõe seu, mas o daqueles que ele supõe serem outros. Isso faz grande confusão entre mundos iguais.
Os outros até então eram feitos de assombrações. Igual a um  filme de terror que esconde a melancolia que nos aguarda lá na frente. Tanto para vivos quanto para assombrados. Os outros, aqui entre todos, são parentes. Feitos da mesma matéria, de uma mesma pulsão. 
O cidadão que conduz  aquela fumaça de um automóvel balança caminhos à beira do oceano. Dobrou à esquerda, depois à direita. Arrumou o corpanzil e se lançou rumo ao destino que lhe fora indicado: uma zona central. Seu brinquedo de metal está cansado, velho. E quase todo velho é triste. Conduz nos ombros uma eternidade de manobras.
Sua suspensão começa a ranger quando inicia qualquer novo movimento. Corpanzil para lá e para cá. E recomeça a dança. "Seu rolamento está gasto"- uma voz quebra o silêncio da tal corrida. Ele finge não ouvir. Não quer mais escutar, pois está bastante cansado para obviedades. Por isso não ouve. Afinal, obviedades existem para não serem escutadas.
Bem próximo ao local da despedida, um outro semelhante dá-lhe uma bronca. Solta aquele xingamento-buzina de advertência. É um grito rouco, irritado. Todavia, perfeitamente audível mesmo com as intimidades, as tais janelas, fechadas. Tanto que os faróis, olhos de vidro que enxergam ao longe o que a escuridão guarda só para ela ( seria a escuridão um egocentrismo mal visto?), arregalam perplexidades uns para os outros. Resmungam combustões, gases, e claro, mais e mais fumaça. Contudo, perplexos! Já que ninguém quer reconhecer que se pode errar. Até porque não se faz outra coisa no vai e vem desses quadris de ferro, de lata. Oxidações? 
No interior daquele carro da cor da prata, modelo ultrapassado mas eficaz, e que resmungara primeiro, esconde-se uma senhora. Irritada, triste, e no comando da máquina. Tem os cabelos claros e o seu farol está baixo. Aonde iria? Onde estavas quando sonhávamos que a cidade Guanabara não havia envelhecido tanto? Apesar desse oceano camaleão, já que oscila por entre cores, e que  refresca o dorso nu, feito de pedra, cimento, vastos matagais e gente. E essa gente toda, inclusive suas águas Guanabaras, sacralizam suas curvas e a proclamam de cidade. Sob a benção do anjo-mau, aquele menino serelepe crivado de flechas e amódio, conhecido Sebastião: cidade tesão.
Ponto final. Ficarás onde?Logo ali, seu moço. Numa distância incalculável, mas que há. Feito de arrogâncias e seus " arroganteios ".

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O futebol e um pai. Uma noite de pelada.

Noite gelada com a garoa paulistana e o Ataliba, ponta direita do Juventus, clube de cepa italiana do também italiano bairro do Bexiga, na capital do Estado soberano, entrará em campo. O Juventus é chamado pelos seus destemidos admiradores ( hoje  seriam seguidores?), e cujo sado-masoquismo é exemplar, de 'O Moleque Travesso'. Tudo por causa das travessuras que costuma aprontar para os adversários mais poderosos, ricos, tradicionais e, curiosamente, populares. Isso mesmo. No país da fartura, os times que costumam triunfar são os mais populares. Os times que conquistam os títulos são os que seduzem a maior parte da platéia. E essa titulação torna-se um caminho sem volta. Conquistou, recebeu o diploma, no caso o troféu, está conquistado. Portanto, as equipes mais modestas, menos poderosas, costumam ser desprezadas. E tem gente que ainda crê na fidedignidade de um voto de pobreza, por exemplo. Mas qual ? De que pobreza falamos? No futebol, não funciona muito. Agora mesmo um mancebo, que arrancara as amígdalas infectadas, fugiu para exibir seus dotes de boleiro bom de bola na estranja. Declarou que desde muito pequenino sonhara em jogar no time mais famoso da Catalunha - que vem a ser aquela região européia e que também tem os seus sonhos, no caso específico, uma separação litigiosa do resto do que chamam de Espanha-, ao invés de sustentar o onírico tesão em jogar no próprio time brasileiro que o fez atleta de alto nível e pelo qual conquistou títulos internacionais e à seleção canarinho chegou. Esse clube paulista, bronzeado pelo porto famoso,  faz-se aristocrático, visto que abrigou um rei e  uma corte inteira. Tendo sido o clube mais vitorioso do futebol nacional e mundial, à época. Acontece também que naquele período não havia internet, facebooks, satélites poderosos, enfim, essa disponibilidade para se  conectar com o resto do mundo todo, formando uma rede global imensurável. Esse mundo que se avizinhou um bocadinho mais. Em compensação, havia futebol de alto nível. Uma distância enorme para o nível das peladas hojendía. Contudo, e com tudo isso, mas apesar disso, o jovem não se fez cooptar pela trajetória da instituição centenária. Preferiu se mandar.
E essa distância também se apresenta no tal ritmo com que a bola rola na cadência do artista que a empurra para frente, para o lado, até mesmo para trás. E há de se ter cuidado já que existe a tática do fogo amigo: o gol contra. O futebol parece acelerar no compasso dos bits e q-bits quânticos. E as pernas desajeitadas não acertam o passo. Os mais hábeis sobrevivem e faturam.  Futebol mais cadenciado é coisa artesanal, advertem especialistas. A correria é que dá o ritmo do desacerto e do descompasso. Feito cotidiano de cidade grande. Reparem no vai e vem - não dos quadris abençoados das mulheres- mas no trânsito debilóide das ruas e que evidencia o nível de falta de civilidade daquelas pernas mecânicas e seus robôs falantes. 
Que não se pense que esses algoritmos teclados, digitados aqui e agora, sejam ressentimentos saudosistas nem tampouco aquele papo de que foi melhor assim ou do outro jeito, naquele tempo lá para trás É tão somente uma falação de quem para frente, vez e sempre, espanta-se ao enxergar que para lá existe aquele jogador, aquela jogada à beira do abismo avizinhando-se. Gingando feito Mané e suas habilidosas pernas tortas sem a menor cerimônia. Invasão sem reversão. E é quase impossível não se afetar pela abominável saudade. O andamento do jogo tem essa conotação meio trágica, isto é, não é possível começar do zero. Não há não inscrição ou tábula rasa no nosso jogo humano. Não dá para afirmar que a pelada que já começara - e começou faz muito tempo- não começou, não houve. Passar o filme ao contrário, fingindo que a cena mais triste não fora triste assim. Pode-se apagar ( esquecer na lembrança), mas a sua havência enquanto cena , fato triste, será impossível de apagar supondo que não houve então. O quê? Um fato chamado triste. Seria injusto?!Vociferou alguém contra o árbitro do jogo. Queremos justiça! Mas qual? E o árbitro está de preto ou tem uma auréola encantada a lhe enfeitar a existência? Teria carnaval? No reino do Rei Pelé havia folia de sobra.
Será que o expectador na sua tentativa juvenil, pois iludida, em mudar o resultado do que não tem mais jeito de ser jogado, esqueceu das possíveis estratégias traçadas? Da regra do jogo?. Aquele acabou. Agora, partiremos para outros possíveis.
Quando naquela noite gelada da capital paulistana, meu pai e eu, contemplávamos Ataliba e seus comparsas atacarem uma Ponte Preta , num Pacaembu Machadista, o que se via? Estávamos abrigados pelas capas plásticas e pelo calor que os torcedores do time do Rei (Eram  ao menos dez mil torcedores vindos da baixada santista), a desejar o pior para o moleque travesso, cepa italiana, Ataliba a comandar sua guarda pretoriana. Nesse finalzinho dos anos 70, governo de João Valentão Figueiredo ( 'Eu prendo, arrebento') , os campeonatos de peladas no Brasil implicavam com as imposições gregorianas e o seu tempo, o seu calendário opressivo. O Paulistão de 1978, por exemplo, terminou no meio do ano de 1979! E assim adiante. Nesse torneio, O Santos F.C precisava que o moleque travesso não cometesse diabruras contra a Ponte campinense. A Ponte não tinha mais chances no campeonato e o Juventus poderia adiar o sonho do ainda não nascido, Neymar JR, em conquistar um troféu importante, após a era Pelé. Ataliba e sua correria e destreza poderiam ser empecilhos determinantes. A torcida juventina cabia nas tribunas sociais. O resto era preto e branco com ares de aristocracia em busca do trono fugidio. Conseguiram. A Ponte desportiva venceu e Ataliba chorou a lágrima sem volta. Mas não se deu tão mal assim. Foi contratado pelos Gaviões e sua Fidelidade, no ano seguinte, e por lá ganhou prestígio, dinheiro e titulações em forma de troféus. Fez parte da nobre geração do rei da dialética e seus calcanhares desconcertantes de um outro grego célebre, O Aquiles, e que platonicamente defendia democracias contra o tal João, cada vez menos valentão: O Dr. Sócrates.
Apito final. O resultado agrada aos dez mil abnegados torcedores que não se importaram com a garoa persistente e a temperatura que despenca nesse  pré-início de inverno. E o inverno era frio nessa época, pasmem. Orientava melhor a carcaça e suas vicissitudes. Mesmo que  Sampa conserve o hábito secular de transitar por diversas temperaturas e variados climas ao longo de um mesmo dia, durante o inverno havia frio.
Gazeta esportiva nas mãos, fim de jogo, carrocinha com lanche na esquina à espreita, rádio de pilha e os comentários sobre um outro jogo a tagarelar pelas ondas do tal aparelho radiofônico.  Mas seria realmente um outro jogo na fala dos doutos comentaristas? Claro, que sim. Afinal, cada jogo, um jogo. Nelson Rodrigues já defendia a causa até para se preservar das críticas  sobre a sua notória miopia. João, esse sim valentão, Saldanha , preservava-se por sua vez dos torpedos que lhe eram endereçados  mediante a sua fama de mitômano. Eram dois jogos nas tardes de Domingo do Maracanã. Aqui já entramos na ponte aérea da licença poética chamada digressão. Logo, havia o teatro de Nelson e a guerra do João Valentão.  
Um pergunta, antes da prorrogação e dos pênaltis para o jogo que virá , ecoa pelas marquises da alma.Quem sabe um singelo esclarecimento tático? O porquê  dessa rememoração esportiva tão específica, tão nítida, na retina das lembranças?
Talvez para evocar, reviver, um tipo de pai, quase herói, e que se banhara em águas de garoa gélida tendo ao seu lado o filho que torcia candidamente: por ele.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

O Inverno, os ursos. Idades médias?

O final do livro de Daniel Bezerra e Carlos Orsi, intitulado 'Pura Picaretagem', Ed Leya, 2013, termina com uma bela citação do escritor e jornalista, Carlos Orsi: ' A compreensão filosófica do lugar do homem no universo enquanto um animal feito de poeira de estrelas, irmão das árvores, dos sapos e das bactérias, habitando a periferia de uma galáxia igual a bilhões de outras , tentando, como uma criança que cata conchas na praia e pondera o mar, entender a imensidão'.
Esse livro apresenta algumas das principais teorias em torno da Física, da Matemática, enfim, do que se pretende dizer - pra valer- sobre a mecânica quântica. O que há de sério, consistente, brilhante e as picaretagens ( que passeiam por todos os cantos do saber), e que os dois autores chamam de misticismo quântico. Outros apelidos também se presentificam tais como: cura quântica, ativismo quântico, trepada quântica...Essa é por minha conta de abuso. A ressalva é que nessa transa as resultantes tornar-se-ão somente nuvens e poeiras. Daqui a pouco, por suposto, haverá a manifestação quântica. Um vazio cheio de energia, feito vácuo, onde elétrons-manifestantes poderão ocupar dois lugares ao mesmo tempo. Inventarão a posição exata de um elétron mascarado, repleto de disposição. E viva a nossa insignificância quântica de macaco tagarela!
A frase mencionada e que encerra esse livro afeta os nossos sentidos e a história infantil dos que habitam as cidades banhadas pelo oceano, por exemplo. No nosso caso, o Atlântico. Nesse caso, as crianças ribeirinhas das megalópoles sem rumo contavam conchas sob castelos de areia a construir. E o oceano, numa generosidade ímpar, a partilhar cumplicidades. Não prolongava suas ondas, cuja extensão e velocidade são imponderáveis, para além da preservação do palácio que nascia. E eles seriam construídos, mas também seriam derrubados, pois nem mesmo a onda que arrebenta na areia mais próxima delibera sobre o seu destino de onda a morrer na areia! Existem as tais probabilidades. E somente elas: possibilidades. Quantas possibilidades seriam? Impossível saber. E quando se sabe é num depois que já não é mais o que havia começado e sabido. O futuro é somente uma possibilidade presente. E só se sabe sobre o que sabemos, ou seja, sobre aquilo que se fica sabendo. Frase apontada no livro citado. E como diz o pensador e psicanalista brasileiro , MD.Magno: ' Tudo que há é da ordem do conhecimento. Não há mistério algum. O que há é ignorância'. Não devemos confundir as duas coisas.
 Resta saber qual?  Do que se trata, em que nível, como se constitui....Isso é que é produção de saber, conhecimento. Considerar até não dar mais. E então falamos feito tagarelas macacos. E o falar pode ser uma canção, um som, um grito, uma dança, um silêncio alto. 'Grita baixo'! Alguém pediu ao desafinado com o coração a sair pela boca. E quem não tem o coração à boca feito elétron desvairado, seja saramandista ou bolebolense? E qual a criança que não foi cineasta por um único dia na areia com as ondas incontáveis, banhando as tais conchas, sua imensidão diante de  um único ano que já ficara para trás? E a onda se esborrachando contente, espumando alegrias! Um único e isolado ano tão somente.  Um sonho de permanência. Um filme. O passado presente.
Faz certo tempo ( mas que tempo é esse afinal?) que um ano a menos era demasiado para quem tinha tão poucas rotações e translações a oferecer, a construir mais um castelo que cairá em seguida. Tão logo a extensão do comprimento das ondas e suas frequências instáveis e pouco mapeáveis oscilarem um tanto a mais. As ondas então sofreriam da bipolaridade estrutural  humana, segundo algum místico quântico. Aquele tipo que transou quanticamente, utilizando acessórios subatômicos, produzindo orgasmos absolutos, tomados por poeiras, milhões de estrelas, meninas e meninos feito nuvens! Uau! Quanta energia! Quanta tolice! E ela , a tolice, seja macro ou micro, faz muito sucesso. Quase um 'Hit Parade' quântico.
A bipolaridade faz parte da nossa estrutura psíquica. O que pode caracterizar algo, que xingaremos de doença, diz respeito também às intensidades, a uma certa frequência em que essas afecções psíquicas se apresentam, configuram-se. Quantum , quantidade.Se oscila demais, feito onda desvairada, haverá estragos. Mudar de posição, desconfigurar o que sempre esteve configurado, saltar de um sintoma para outro, desrecalcar com prudência o que permanece escondido ou em potência, mas forçando passagem  e expressando-se por via dos próprios sintomas, exige mestria, análise. Não confundir com os ursos polares, já que essas formações paquidérmicas costumam ser lentas, gélidas, ferozes, mesmo quando sorriem (e sorrir é uma arte). Furiosos, sim! Apesar e por causa daquela beleza toda. Um vandalismo de beleza. Além do mais, esses ultra-polares mantém aquele cochilo tradicional ( uma 'siesta' hispânica que atingiu os pólos) e que perdura por meses, um mandato inteiro, sobretudo, durante o período invernal, sem contas a prestar. Um quantum mínimo de parana . Um quantum máximo de cinismo. Abandono de emprego? Daquela formação tão fofa e vestida de branco? Indumentária simples, passos bem marcados, diligentemente estudados. Caçador astuto.
O trabalho só recomeçará quando o frio intenso cessar. Temos a nossa preguiça sagrada. Aí é só comer, beber, dormir, rezar.... Fazer voto de pobreza. Quem sabe até habitar um palácio de césares com toda aquela riqueza de procedência suspeita? Bem mais consistente, na sua pujança para menos, do que os palácios de areia, de nossa infância que nunca cessa. Menos afortunado, entretanto, por sua postura tirânica. Negada, mas preservada há milênios. Diríamos que faz parte do seu etograma originário. Esses tais ursos que habitam diversos pólos. São como deuses para outros animais. Chamar-se-iam de carismáticos! O que é muito mal definido. Talvez algum místico quântico consiga defini-lo melhor. Aquela energia, aquela crença que é capaz de mover uma montanha ali outra acolá. Jamais se viu, mas eles garantem que há. E se garantem é porque há! Feito um delírio qualquer, afinal, foi dito. E tantos acreditam. Por quê? Porque querem. Cada um com o seu cada um, visto que seria profícuo- para iniciar conversa- relembrar que existem delírios e delírios. Uma teoria dita científica também é delirante. Resta saber como? Se tem pegas de realidade, consistência de argumentos, inteligibilidade, essas coisas da tresloucada razão.
Se não há a possibilidade de se apresentar aquilo que é nomeado, barbaramente, enquanto verdade, exatidão, precisão, façamos então do erro, do equívoco, da barbárie já dita, um  instrumento de validação para qualquer conhecimento? Para qualquer saber? Tomar ciência sobre os fatos - ofício do prestigiado cientista- há de seguir por essa via?
Os momentos presentes -  de volta a um passado tão distante e que não se apaga, juntando-se à promessa de um futuro que é só um devir feito de poeiras e estrelas e conchas- balançam os castelos erguidos nas areias dos sonhos dos meninos. Quem sabe não vira cinema? Dois elétrons brilhando, ao mesmo tempo, na escuridão do cinema 3D. E aqueles óculos.....Por enquanto, um saco. Ao menos, óculos. Secundariza um bocado a nossa exaurida cegueira.