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terça-feira, 10 de julho de 2012

From Rio to Woody .Sir..Allen.

Woody Allen decidiu fazer das capitais europeias cenário novo para seus filmes.A crise financeira que atingiu o mundo em 2008 fez com que os custos da produção cinematográfica subissem aos céus. Além do mais,Woody preza por produções caprichadas,ótimo elenco e é democrata-estadunidense na pátria em que o cinema tem republicano enquanto chefe supremo.
Uma das coisas que mais gosto nele é que ele se põe na reta.Como dizemos aqui - e me perdoem pelo mau jeito- coloca o rabo próprio na reta. Ninguém,sobretudo o que ele acha que é ele mesmo, escapa da sua lente atenta,sarcástica,lúdica,sensível.
Presta honrarias aos países que o acolhem, para em seguida puxar-lhes o tapetinho. Critica os saudosistas e os convida a  uma viagem no tempo.Obviamente,ilusória.Já que tratamos do tempo.Demonstra vasta cultura ,mas não é feito de pedra ou cimento,visto que prossegue e joga pedra no que já foi apreciado.É um vai e vem de considerações sobre o que considera importante e desprezível.
Homenageia a atriz bela jovem tesuda e até talentosa, e em seguida mostra toda a sua ignorância  que fora recalcada.Ela vira coisa feia.Coisa horrenda.
O machão ,o galã,o diretor galinha-boçal,o esquerdista-revolucinário ingênuo,o patrimonialista direitista  também não são esquecidos.E a música? Sempre há ótima música para Woody Allen.Ele a prefere do que cerimônias formais,infantilóides de premiações e aplausos que mais parecem autômatos....Randômico Oscar. Prefere a companhia do seu saxofone e seus amigos "new yorkers". Não foi à toa que a única vez que soube de presença sua na cerimônia de discursos patéticos ,foi há tempos.Mas precisamente no ano seguinte aos ataques de' September Eleven 2001'. Estava ali para saudar sua pátria.Nova Iorque - hojendía infestada de Brazucas- é seu país dentro de um outro gigantesco,chamado Estados Unidos da América do Norte.Um californiano ou um ser do haver oriundo do Texas são iguais a um alienígena para Allen. Roma ou Paris estão mais próximas de alguns dos seus tesões.
'To Rome with Love' é uma declaração de amor à sensibilidade auditiva de quem a tem "woodianamente".
Ele captou o espírito italiano tal e qual os grande da Cinecittà. Descortina Roma e arredores feito ária mais bela.E a coloca no banho,molhado,pelado,ousado,bravo! E manda Freud devolver-lhe uma grana mediante a burrice interpretativa abusiva de um ouvido pouco atento.
Nesse último filme - penúltimo pois já já haverá mais e mais- o exibicionismo boçal,cafona que afeta o mundo apresenta-se feito o cantante debaixo do chuveiro.Só que o cantante sabe cantá-la.E coloca -assim como Woody- o seu traseiro na reta.Molhadinho....
Há de se saber cantar na chuva do chuveiro,na chuva do riacho,num temporal medonho sem se queimar para sempre.Talento para poucos.Mas não é impossível.

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