Adolescência. A questão?Adolescência é um conceito relativamente novo. Assim como o surgimento da Psicanálise. Ambas surgem no final do século 19.
Já o conceito de infância é bem anterior.Data do século 17, 16...Independente da chamada faixa etária, adolescência tem suas singularidades. Não somente relativas às formações psíquicas mas também às formações primárias, bióticas. Um aspecto importante nessa fase de maturação do organismo são os efeitos endocrinológicos, hormonais. Logo, afetações psíquicas possíveis também.
A questão cronológica indicada, através da expressão 'faixa etária', é bastante relativa, sobretudo psiquicamente, a partir do ponto em que percebemos posturas adolescentes em pessoas com 40anos de idade, por exemplo. Será que ele vai procurar , para tratamento físico-clinico, um pediatra ou um geriatra? Deixemos em aberto.
O filme , série, causou frisson. Sobretudo nos pais ou tutores de adolescentes. Aquele/a adolescente raiz.
E as pessoas - já me ensinaram que há muita gente numa Pessoa- estão corretas quando se preocupam. Afinal, quem tem aquilo, pessoas têm, tem medo. Sabedoria para todos: sabedoria popular.
O diretor/ator é muito bom. Os outros atores, atrizes também. Filmado num plano só. Sombrio, inglês.
Violência em escola, junto com corrupção, pedofilia, negligência e quetais, não são ' privilégios ' londrinos. E existe faz muiiiito tempo. Dentro de algumas famílias idem. Não vamos fingir que não. E em todas as camadas sociais. Desde a família tosca mais humilde, média ou a tosquice dos habitantes de certos palácios.
Aquela obra de arte é um processo descritivo. Ela não significa ou justifica nada. Não estabelece simetria de causa e efeito porque sabiamente sabe que não há essa relação. Além de não saber exatamente do que se trata. Essa é a angústia. E a lembrança de que é coisa de gente. Os chamados filhos de um deus.Naquela ficção fixada.
O garoto não receber a menor consideração por parte de um pai tosco, uma família tosca, mediante o seu desempenho ruim enquanto 'jogador de futebol' , nas peladas com os ' muy amigos' pode fazer uma marca. É um fato relevante numa cultura que inventou o futebol, por exemplo. Contudo, isso não estabelece ou viabiliza um assassinato adiante, necessariamente. Reatividade diante de uma rejeição amorosa pode ser violenta. Para um lado ou para o outro.
Mas nessa dinâmica toda, quais as razões da não conversa naquela família ou naquela escola?
O que se passava? Pelo quê você está interessado? Como é isso? Como funciona? O que está aporrinhando? Onde bate o tesão?
Existem distâncias geracionais, neuroses pessoais ,que inviabilizam, muitas vezes, qualquer conversa. Ainda mais sobre tesões e intimidades. Se o sintoma for religioso então, pode haver um trava pesada. Quase Tudo...Não é pecado?
Essas questões resolvem? Nunca se sabe de antemão. E o final também não. Só depois. Olha o velho Freud aí.
Não há garantia. Quem garante garantia, em termos psíquicos, é da ordem do charlatanismo assassino.