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sexta-feira, 19 de julho de 2019

O que pensa o deputado 'Froda' sobre surf?


Não cabe ao excelentíssimo capitão-presidente decidir sobre a produção cultural no país. Ele não tem condições políticas nem tampouco intelectuais para isso.
Quer bancar o novo F. Collor que destruiu a Embrafilme, em 1990, e pagou uma conta muito alta junto à classe artística? Thereza Rachel e o esposo dela, o ex-ministro da cultura à época- ambos falecidos- que o digam. Somente as memórias falarão. Agora, os fuzis ( tátátátatátátarátatá) dirigem-se para Ancine.
O filme 'Bruna Surfistinha' foi um sucesso de público ( você pode gostar ou não; achá-lo uma porcaria; tanto faz) , e toca num ponto delicado para o moralismo classe média- cristã ( Saudades de Nelson Rodrigues, seu melhor analista).
História verídica. O que deixa a turma - os reacionários de sempre, apavorados ( e eu tenho os meus momentos de marcha ré também) - com aquela praticagem que não os incomoda tanto quando a realizam junto às filhas dos outros. Preferencialmente se for adversário político, clubístico, acadêmico - está repleto disso- ou ainda, daquele parente por quem sempre acalentou certo AMÓDIO explícito.
Recentemente, tivemos o COAF palaciano de Tóffoli ( antigo aliado do PT ) e que faz, agora, vista cega ao milhão e meio com motorista amigo de família, assim como milhão saindo de pizzaria;somos uma nação com farras de gastronomias!
Por isso os hambúrgueres e suas 'frituras'. Quem será o próximo?
Um filme de terror- daqueles tipo Z- ainda não terminou. Quem autorizou, por exemplo, o fuzilamento da vereadora Marielle Franco e do seu motorista? Um ano e meio de tempo corrido.
Não há fome no país- o jornalista estrangeiro está em choque- e tampouco para trabalhar numa embaixada tão importante, estratégica, faz-se necessário o mínimo de credenciamento, expertise ou compostura. Eu, por exemplo, sei algumas palavras em Guarani. Querem ver? 'whisky'.
O pior do EUA instalou-se com tudo. E toda imitação tende a ser ainda pior.
Permaneço com essa indagação de cinéfilo incauto:
O que pensar da produção artística que trouxe popularidade vulgar ( não sou contra , muito pelo contrário, mas acho o filme da Surfistinha uma história infantil diante do 'ator parlamentar') a uma das novas lideranças mais ativas ( não sei se houve ato passivo na contra-cena) no parlamento federal ( ele é filiado ao mesmo partido palaciano do aqui-agora), o indefectível, Sr. Alexandre Frota? O que pensa a Cadillac? A 'embaixatriz' Gretchen quer a palavra? Também atuantes.
Faça um bom arroz com feijão - delícias saudáveis e afetuosas da nossa gente- para depois então checar se tens condições favoráveis para se arvorar na direção de algo um pouco mais requintado. Lamentável.🤮

quinta-feira, 11 de julho de 2019

O Nelson, Rodrigues, e o VAR. Sempre a des-razão.🤓🤔


Nelson Rodrigues já criticava o vídeo tape, o replay. Dizia que esse artifício padecia de uma certa burrice.
Imagino o Nelson diante do novo jogador, um décimo terceiro, visto que o décimo segundo é o torcedor, chamado de VAR. Na verdade, o VAR envolve outros jogadores-operadores.
O VAR, esse apetrecho novo que vem atormentando a vida dos boleiros/as, nasceu por acidente? Não. O VAR nasceu pela evolução tecnológica do nosso olhar.
O nosso olhar ou a nossa cegueira surge quando aparelhos eletrônicos, câmeras de alta definição, imagens tridimensionais, bisbilhoteiros, alcaguetes disfarçados de torcedores ou jornalistas ( muitas vezes , eles se confundem) passam a vigiar e interferir na jogada do craque ou do perna de pau. Até leitura labial do que dizem os atletas em campo já foi feita. O cidadão atleta tem que murmurar com a mãos cobrindo-lhes a boca. Caso contrário, o VAR e os dedo-duros vão te pegar. Detesto dedo-duro.
E após o encerramento das peladas, os profissionais da comunicação esportiva repetem, exaustivamente, através das suas resenhas e jornadas exportivas, um linchamento público daqueles olhos não tão tecnológicos, ou sejam: os antigos árbitros e suas constituições bióticas feitas de miopias, glaucomas, astigmatismos. E que antigamente, esses seres falíveis, vestiam-se só de preto. E usavam shortinho.. da mesma cor. Hoje, eles são multicoloridos.
Esses 'pobres diabos' que têm suas mamãezinhas expostas por anos ( agora, o ataque é direto a eles ) também não contam com pernas biônicas potentes e capazes de acompanhar a rapidez dos lances no decorrer das partidas de futebol.
Corre-se como nunca nos campos de jogo ( Parecem velocistas enrustidos: atletas e árbitros ), mas a habilidade foi ficando em segundo plano na maior parte dos embates.
A não ser a figura dos bandeirinhas, ainda falando sobre as autoridades em campo, e que permanecem 'estatuados' à beira do gramado. Dizem que esses- também nomeados auxiliares -estão mais introvertidos que os demais por causa desses tais pontos eletrônicos, biônicos. Porém, continuam errando como sempre.
O VAR é esse novo componente, bastante ativo e polivalente, do jogo de bola.
Mudou o jogo, portanto. Podemos gostar ou não. Podemos nos lixar para ele também.
O jogo agora é bem outro e as regras sempre foram claras para quem as conhece. O que não quer dizer que sejam os mesmos a decidir sobre essas mesmas tais regras.
Esse jogo o Rodrigues não conheceu. Por certo, esbravejaria; diria uns impropérios no asfalto. Jamais um beijo; jamais seria engraçadinha: a piada impropério.
Contudo e apesar de tudo, talvez, ele concordasse com o que um amigo meu costuma dizer: ' O que foi marcado é o fato acontecido. E ponto'.
O mundo é um lance cheio de ilusões. Por isso que o VAR é chato. E talvez também um asno. Ponto: Nelson continua com alguma des- razão.