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domingo, 3 de janeiro de 2021

TVS E SERIGAS. 70 ANOS, AGORA.

 Tvs e Seringas.

SETENTA ANOS , AGORA.
Quando o paraibano Assis Chateaubriand iniciou a construção da infra estrutura para inaugurar a televisão no Brasil, 1950, voltou dos EUA com toda a estrutura montada menos o que poderia exibir a conquista inédita: os aparelhos de TV, hoje tão sofisticados, que transmitem o que numa emissora de TV se produz.
Chateaubriand era um pragmático e foi uma espécie de herói, a invenção do MASP exemplifica bem isso, mas quando se deu conta da mancada, mexeu mundos e fundos - dizem que recorreu até à contrabandistas paraguaios; o que não encontra unanimidade em quem viveu à época ou pesquisou sobre o tema- e trouxe os essenciais aparelhos iniciando assim a tão propagada e aguardada transmissão televisiva. Gastou uma grana. O resultado bem sabemos.
A importância que algumas produções artísticas e jornalísticas geraram , a quantidade de empregos desenvolvidos e também problemas mediante adoções ideológicas de posições políticas questionáveis compõem algumas das tantas resultantes que a maravilhosa invencionice nos trouxe.
Qual a analogia que se pretende aqui?
Depois de 70 anos, vivemos uma situação pandêmica em que já temos vacinas, no plural, mas podemos ter sérios problemas de execução por causa de uma logística confusa ou inexistente. Fora as declarações deletérias e delirantes provenientes da turma que tem saudades de uma certa idade média.
A logística em si já é bastante complicada por causa, óbvio, do tamanho da nossa população e do país. Mas o Brasil tem tradição em campanhas vacinais bem sucedidas, há décadas.
Não haver seringa em número suficiente é muito pior do que os aparelhos de TV faltosos, a princípio, na era do paraibano, cidadão do mundo, desbravador, gênio temperamental que transformou o modo de funcionar da nossa gente, Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello.